Diria que a estreia dos diretores Kevin Donovan e Gottfried Roodt no mundo da animação até que foi bem chamativa, pois trabalhando com um colorido bem lúdico que não cansa o público e uma dinâmica rápida cheia de atos acontecendo, não vemos enrolações na tela, muito pelo contrário, até acabam não desenvolvendo tanto alguns momentos, que se você piscar perdeu, e com isso vemos um trabalho bem moldado que chega quase a parecer um road-movie animado, aonde passando por muitos lugares diferentes contando a cidade dos sonhos com muita riqueza e comidas, um deserto violento e um trem de carga com um perigoso dono, até chegarem num parque de diversões abandonado que também tem seus perigos, vão fazendo com que os dois animais diferentes criem algo em comum para se salvarem e também ajudar os demais. Ou seja, embora tenha o ar bobinho infantil na bagagem, o resultado traz vários motes e reflexões bem encaixadas de parceria, que fará os mais velhos curtirem também a trama dos diretores.
Quanto dos personagens, felizmente a cabine de imprensa veio legendada, e assim sendo conferi o longa com as vozes originais bem caricatas e divertidas, aonde Cory Doran deu um bom tom para o gato Pedro, fazendo dele um destemido e fascinado por fios balançando, também bem astuto no sentido de querer ir além, fora vermos o drama batendo em sua cabeça de estar sendo abandonado novamente como foi quando era um gatinho. Por outro lado vemos a cachorrinha rica Gracie dublada com bons sotaques e intensidades por Claire Alan trabalhando ela como alguém mais explosiva, que mesmo tendo as frescuras de uma cão de raça chique se joga também em tudo para conseguir alcançar os objetivos. Ainda tivemos com muita personalidade na tela a garotinha Sophie que Bianca Alongi botou a voz para jogo gravando duas canções bem trabalhadas, e também a sacada com o garotinho mudo Gavin que usa um celular para se expressar. Agora quem fez as vozes dos personagens secundários é um elenco nada secundário com Bill Nighy fazendo o urubu Conrad; Susan Sarandon, a coelha Shade; Alicia Silverstone, as cobrinhas Sissy e Chrissy; Danny Trejo, o peixe Laurence; e Brooke Shields, a égua Willow, ou seja, o longa foi bem ousado nas vozes para claro vender bem com o marketing.
Visualmente a trama é bem colorida e lúdica, cheia de ambientes bem desenhados e criativos, desde a casa dos bichinhos aonde insistem em correr atrás da bola caindo em todos os cantos possíveis, vemos também um bom processo de encaixotamento de coisas para uma mudança, uma esteira de aeroporto tão complexa e cheia de caminhos que nem se as malas fossem com chips chegariam certas aos seus destinos, um ônibus cheio de mágicos com uma coelha cheia das facetas expressivas, uma suíte luxuosíssima de Vegas com um banquete incrível, um deserto bem trabalhado cheio de perigos com animais e o calor, uma fazenda de criação de cavalos, um trem de carga, e finalizando um parque abandonado com uma perigosa montanha russa cheia de falhas. Ou seja, a equipe de arte teve muito trabalho para criar tudo isso em um único filme, aonde a desenvoltura não fica presa, e cada detalhe chama atenção na tela.
Enfim, é um filme simples, mas muito bem feitinho, aonde imaginava que o resultado até seria mais bobo e ingênuo, mas que no desenvolvimento completo acaba sendo divertido e gostoso de conferir, então deixo a recomendação para os pais levarem os pequeninos para conferir ele nos cinemas a partir do dia 29/08, pois com certeza irão curtir ver a bagunça dos bichinhos na telona. E é isso pessoal, fico por aqui agora agradecendo claro o pessoal da Sinny Comunicação e da Imagem Filmes pela cabine de imprensa, e volto logo mais com outras dicas, então abraços e até breve.
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