O longa narra a jornada de Luigi Ughetto, um homem determinado do norte da Itália no início do século XX. Diante das dificuldades em sua terra natal, Luigi ousa cruzar os Alpes em busca de uma vida melhor na mítica "La Mérica", onde se diz que os dólares crescem nas árvores. Esta é uma história emocionante de família, aventura e coragem frente à emigração.
O diretor e roteirista Alain Ughetto queria inicialmente apenas reviver suas memórias e ir atrás de suas origens, e conversando com mais familiares, buscando nas memórias, fotos e tudo mais viu que tinha um longa potencialmente interessante, mas não bastava contar isso através de narrações e com os poucos materiais que tinha, então como fazer para que ficasse mais bacana: resolveu fazer do jeito mais difícil possível com a famosa animação de massinhas, o stop-motion, mas que é sua habilidade, e acabou desenvolvendo tão bem cada personagem, cada movimento, cada interação, que a história literalmente vai tomando forma na tela, e por vezes quebrando a quarta parede com sua própria mão e voz conversando com os personagens, ou seja, algo brilhante de ver que conta a base da história italiana, mas numa animação tão contagiante e bem feita que todos que tiverem qualquer pontinha italiana na árvore genealógica irá se conectar com as histórias e com os bonequinhos, em algo tão gracioso que não tem como não sair com os olhos brilhando após a sessão.
Contando com as vozes de: Ariane Ascaride, Alain Ughetto, Stefano Paganini e Diego Giuliani, os personagens tomaram formas e formatos bem característicos na tela, sendo bem modelados, mostrando as tradicionais e grandiosas famílias que foram trabalhar nas minas, nas construções de túneis, estradas, barragens, que tentaram ir para a América com muitos sonhos, mas sem grandes retornos, enfrentaram as duas guerras e a gripe espanhola, lutaram contra a Igreja e contra os fascistas, e claro que viram muitas mudanças no mundo, além das diversas corridas de bicicleta do Tour de France, ou seja, a história toda muito bem desenhada com ambientes construídos com muito papelão e algodão, além de outros materiais bem marcantes para dar as formas e formatos, e agradar com cores e presença.
Enfim, poderia falar muito mais do longa, mas vou deixar um pouquinho para a curiosidade, e claro indicar demais a conferida nos cinemas selecionados à partir do dia 12 de setembro, pois valerá cada minuto na frente da tela, agradando tanto adultos quando as crianças, então fica a dica, e eu fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Ao Vento Filmes e Risi Film Brasil por me enviarem o longa para conferir, então abraços e volto amanhã com mais dicas.
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