A trama gira em torno de três personagens: um homem sem escolha que tenta assumir o controle de sua própria vida; um policial que está alarmado porque sua esposa desapareceu no mar e ao voltar, parece uma pessoa diferente; e uma mulher determinada a encontrar alguém específico, com uma habilidade específica, que esteja destinado a se tornar um líder espiritual prodigioso.
Quanto das atuações, cada ator faz três personagens, um em cada um dos pequenos filmes da trama toda, tendo Emma Stone bem diferente em cada papel, realmente parecendo ser três atrizes diferentes, mas todas com perspectivas intensas e marcantes ao ponto de fazer com que chamem atenção, ou seja suas Rita / Liz / Emily tem traquejos e loucuras na medida para que funcione na tela, sendo a primeira uma mera coadjuvante no ato final, a segunda uma mulher que volta mudada, mas que faz insanidades para o marido, e a terceira alguém desesperada para mostrar seu talento em encontrar uma nova deusa, e assim entrega dinâmicas imponentes e marcantes em cada ato seu. Não sei o motivo, mas um ator que não consigo gostar muito, mesmo sendo bom no que faz é Jesse Plemons, e aqui seus três personagens são tão estranhos quanto o ator, de forma que seus Robert / Daniel / Andrew entregam primeiro um homem que quer parar de ser submisso, mas que acaba fazendo loucuras quando se vê desprezado, o segundo um marido que está surtado e não acredita que é a esposa que voltou depois de desaparecida e passa a pedir coisas loucas para ela, e o terceiro acaba sendo meio que um coadjuvante que acompanha a protagonista na busca pela deusa. Agora quem sempre consegue ser chamativo até em pequenos papéis é Willem Dafoe de forma que seus Raymond / George / Omi acabam entregando muita personalidade cênica, muita vivência e claro muitas loucuras, com o primeiro sendo um empresário estranho que domina as vontades e a vida de várias pessoas, o segundo apenas o sogro do protagonista bem básico, e o terceiro sendo o líder e alpha da seita. Ainda tivemos outros bons atores fazendo papéis marcantes com Margaret Qualley entregando suas Vivian / Martha / Rebecca / Ruth, Hong Chau trabalhando suas Sarah / Sharon / Aka, e Mamoudou Athie bem encaixado com seus Will / Neil / enfermeiro do necrotério, mas sem grandes anseios apenas conectando bons atos para os protagonistas, de modo que apenas Yorgos Stefanakos acaba sendo engraçado e marcante com seu R.M.F. que da nome aos três filmes.
Visualmente cada trama se passa em um lugar diferente, tendo o primeiro filme a base na casa do personagem principal e na mansão do empresário, além de um bar e o escritório, tudo muito bem representado e com os devidos elementos cênicos chamativos; no segundo filme tivemos a casa aonde os protagonistas vivem alguns atos mais tórridos com os amigos, e uma delegacia aonde o protagonista trabalha, mas a maior parte das cenas rolam na cozinha afinal as comidas que serão importantes; e no terceiro filme tivemos algumas cenas em um motel de estrada, numa grande casa aonde acontece a seita com uma piscina imensa com a água pura que usam, e também numa clínica veterinária aonde acontece antes uma cena bem impactante além do fechamento intenso, ou seja, a equipe de arte trabalhou intensamente para compor tudo o que o diretor precisava para três filmes.
Enfim, é um filme bem diferente que quem não for tão acostumado com tramas desse estilo acabará estranhando tudo, mas ainda assim esse é o filme do diretor mais fácil de conferir e entender, valendo a recomendação, porém para os fãs de filmes excêntricos o resultado acaba sendo brilhante e genial, valendo como mais uma grandiosa obra do diretor que provavelmente acabará sendo premiada nos diversos festivais e premiações. Então fica a dica de conferida, e eu fico por aqui agora, mas como apenas um filme triplo de quase três horas não me basta, lá vou eu para mais uma sessão, então abraços e até mais tarde.
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