O longa nos mostra que a jovem Wael, arrisca tudo ao atravessar o perigoso Mar Mediterrâneo com um grupo de refugiados para escapar da devastação da guerra civil em seu país. No entanto, o destino parece brincar com esse grupo quando o motor do barco falha, deixando-os à deriva até serem resgatados por um iate luxuoso ocupado por alguns europeus abastados. O alívio inicial se transforma em terror quando esses supostos salvadores revelam sua verdadeira natureza como caçadores impiedosos. Agora, Wael e seus companheiros de aventura se veem em uma luta desesperada pela sobrevivência em uma ilha que se transforma de refúgio em armadilha mortal.
Diria que o diretor e roteirista Louis Lagayette soube trabalhar bem a história na tela para que seu filme não ficasse frouxo de ideias e ideais, nem ficasse só na correria, de modo que as discussões na mesa junto do diálogo da protagonista quando fala sobre sua vida para outro homem que está fugindo levantaram bandeiras interessantes de se pensar sobre os países em conflito, sobre os ditadores e também executores de muitos países, mas da mesma forma que ele trabalhou esses conceitos amplos, ele também jogou quase que "Um Jogos Vorazes" com os personagens ricos caçando e atirando nos refugiados resgatados, aonde vemos a briga pela sobrevivência bem imponente e cheia de correria. Ou seja, o diretor puxou um pouco de cada coisa e conseguiu criar uma obra interessante, aonde a pegada funciona e agrada.
Quanto das atuações, a protagonista Lily Banda segurou o filme com seus olhares secos e imponentes, fazendo com que sua Wael (aliás nem lembro de ter ouvido falar o nome dela em momento algum do longa!) fosse imponente, cheia de bons traquejos e que claro ao contar sua história mostrou o motivo de saber manusear as armas e conseguir tudo o que faz na trama, ou seja, não foi apenas um personagem jogado na tela, mas sem precisar exagerar nos flashbacks conseguiu dominar bem o ambiente e chamar atenção. O mais engraçado de ver Alec Newman em uma produção é que seus trejeitos são tão iguais sempre que você olha e tem quase a certeza de já ter visto ele em algum outro filme, mas sim, ele já fez muitos filmes em sua carreira, e aqui seu Vlad tem um estilão meio sarcástico com uma pegada de confiança, mas jogou bem duro em suas cenas, sabendo atacar com estilo. Dentre os demais, vale leves destaques Argyris Gaganis com seu Benito desesperado quando se vê caído com a protagonista pronta para lhe matar, e Raj Bajaj que surta completamente quando tem seus dedos cortados querendo pegar de qualquer forma quem fez isso com ele.
Visualmente a trama trabalhou bem uma mansão bem luxuosa numa ilha, um jantar imponente com uma mesa recheada de discussões políticas, e uma floresta ampla aonde os caçadores e caçados correm para muitos lados, e claro tendo baixas de ambos os lados, com armas de todos os estilos desde facões, passando por armas de flechas e claro metralhadoras, isso tudo claro depois dos refugiados passarem por uma grandiosa tempestade num barquinho bem mequetrefe, ou seja, a equipe soube desenvolver bem tudo o que tinha para brincar com muito sangue e intensidade na tela.
Enfim, é um filme que não sabia nem o que esperar dele, afinal vi o trailer só uma vez em uma sessão, e como já tivemos vários outros longas com o mesmo nome e temática, tudo poderia acontecer, porém surpreendeu bem por ser direto e eficiente, aonde quem for esperando matanças vai curtir, quem for esperando diálogos politizados vai curtir, e que quem quiser apenas uma boa trama de ação também vai gostar do que será entregue na tela, então acaba valendo a indicação para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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