A Forja: O Poder da Transformação (The Forge)

9/28/2024 08:28:00 PM |

Costumo dizer que o cinema religioso cresceu de uma forma tão bem organizada que a cada dia chegam mais exemplares nas telonas e nos streamings, ao ponto que já tem produtoras especializadas andando no mesmo ritmo que os grandes estúdios de Hollywood, mas o mais bacana que tenho visto nos últimos exemplares que conferi é que eles tem parado com o fator do ambiente de culto, não focando apenas em uma ou outra religião ou igreja, e trazendo Deus para mais perto das pessoas seja numa empresa, numa casa ou numa reunião de amigos, o que acaba chamando bastante a atenção. E outro ponto interessante são os motes e lições que acabam passando na tela, de forma que aqui em "A Forja: O Poder da Transformação" vemos bem as palavras de um homem mudando a vida de um garoto para que esse aprenda a liderar e se tornar um homem de palavra através de sua fé e devoção, trazendo para si respeito e imponência. Ou seja, é um filme bonito de ver, mostrando para a juventude que podem atingir objetivos grandes seguindo boas doutrinas e tendo foco, aprendendo a lidar com respeito aos seus pares e claro perdoar acreditando em algo maior, que claro tem muitos defeitos, e o principal é o lado exagerado de tudo, mas que acaba valendo pela entrega na tela, e que felizmente dessa vez a distribuidora mandou alguns horários legendados, pois tinha visto o trailer dublado e já tinha tido quase um ataque com a forma que ficou.

A história se passa um ano após terminar o ensino médio, onde Isaiah Wright, um jovem de 19 anos viciado em basquete e videogames, está perdido e sem direção. Desafiante para sua mãe solteira, Cynthia, e desmotivado, ele recebe um ultimato: encontrar um rumo ou deixar a casa. Com o apoio das orações de Cynthia e da devota Dona Clara, e a oportunidade de trabalhar na Moore Fitness, Isaiah é guiado por um mentor surpreendente que o desafia a refletir sobre seu futuro. À medida que enfrenta seu passado e aprende a abrir mão de seu egoísmo, Isaiah começa a entender que Deus pode ter um propósito maior para sua vida.

Já tinha elogiado bastante o trabalho do diretor Alex Kendrick em seu longa anterior, "Mais Que Vencedores", e hoje posso dizer que ele junto de seu irmão na produção tem melhorado cada vez mais esse estilo de cinema, que claro tem toda uma ideologia religiosa, tem toda uma forma de tentar moldar o público, e que também tem seu público-alvo, afinal eles até esperam que outros curiosos vá conferir suas tramas através de indicações de amigos religiosos, mas em suma suas obras são para pessoas religiosas se enxergarem na tela através de formas e pessoas, e aqui ele trabalhou de uma forma bem cheia de nuances o buscar jovens para a religião, o formar lideranças e dar oportunidade para que garotos saiam dos vícios de jogos para crescerem profissionalmente e também evolutivamente, de maneira que o resultado acaba chamando atenção nesse sentido. Claro que alguns atos são forçados, e dificilmente irão tirar todo esse estilo de louvar, de orar, de clamar em suas tramas, mas como disse no começo, ao menos têm diminuído bastante o fator forçar a ida para igrejas, afinal como eles mesmos pregam Deus está em todo lugar, então ele irá te ouvir em qualquer lugar, basta você estar aberto para isso, e aqui a sacada foi usar "discípulos" para propagar a palavra e transformar pessoas, o que acabou ficando interessante pelos diálogos e boas colocações na tela.

Quanto das atuações, novamente vou dizer que fiquei extremamente feliz que a distribuidora trouxe algumas sessões legendadas para a cidade, pois antes todos os filmes religiosos só chegavam aqui dublados pelos mesmos dubladores de sempre, as mesmas vozes estranhas e que muitas das vezes mudavam até o sentido da história. Dito isso, o jovem Aspen Kennedy forçou um pouco a mudança de postura de seu Isaiah, mas trabalhou bem suas emoções e trejeitos para que fosse convincente no que estava fazendo, e assim não desapontou dentro da proposta do filme. Já Cameron Arnett mostrou bem o poder da palavra em uma atuação tão calma e tão cheia de imposição com seu Joshua que acabou transmitindo na tela mais do que apenas uma liderança, mas sim toda uma conexão de vida marcante e chamativa para o personagem, e isso é uma grande entrega cênica. Quanto aos demais, vale claro citar Priscilla C. Shirer que está em todos os filmes dos diretores, e aqui como a mãe do protagonista ficou meio que eufórica demais com seus trejeitos, e acabou sendo bacana a entrega do jovem Justin Sterner como o engenheiro Cody que controla todos os robôs da fábrica.

Visualmente o longa trabalhou um pouco da casa do garoto, mostrando um quarto completamente bagunçado que depois acaba ficando mais arrumado com as responsabilidades que assume, vemos alguns atos rápidos na cozinha da casa, mas a grande parte das cenas ficou na fábrica de produtos esportivos com muitos robôs, mostrando uma tecnologia incrível de despachos de produtos de forma automatizada, e claro em um restaurante com um cômodo reservado para as reuniões dos homens da Forja, aonde fazem suas refeições e conversas, sendo tudo bem simples, mas com uma proposta bacana bem conectada na tela, ou seja, a equipe de arte usou bem as locações para não estourar gastos e foi certeira no que precisava mostrar.

Enfim, ainda prefiro o longa anterior do diretor, mas acabei gostando do que vi na tela, sendo bem bacana o resultado para mostrar que jovens podem tomar grandes rumos em sua vida, principalmente se bem liderados e com propostas sejam elas religiosas ou não, basta ter uma motivação e um bom mentor. Então fica a dica para quem gosta do estilo levar os filhos para que quem sabe futuramente virem grandes líderes (religiosos ou apenas comerciais na vida). E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas hoje ainda vou atacar mais um longa, então abraços e até logo mais.


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