Hellboy e o Homem Torto (Hellboy: The Crooked Man)

9/07/2024 02:03:00 AM |

Quando vi o trailer do novo filme de "Hellboy e o Homem Torto" pela primeira vez algumas semanas atrás em alguma sessão, fiquei imaginando como seria uma vertente mais séria e puxada para o terror/suspense com o famoso diabão dos quadrinhos, achando que talvez até ficasse interessante já que todos os demais filmes foram mais colocados para o lado cômico, porém com 5 minutos de filme já fiquei irritado com algo que não gosto de ver em lugar algum e já fiquei pensando o quanto poderia piorar, mas tirando a minha fobia seguimos com o filme, afinal depois de uma briga meio que besta desaparece e só volta nos atos finais, mas aí meus amigos, o longa entra num ritmo tão lento, tão sem eira nem beira que confesso para vocês que eu ri muito a hora que acabou o filme e vieram limpar a sala, pois eu jurava que já passava da meia-noite e não era nem dez horas da noite, e aí que fui ver a duração dele de apenas 99 minutos que eu tenho certeza absoluta que eu passei umas 4 horas no mínimo dentro da sala do cinema. Ou seja, é daqueles filmes que você fica se perguntando o motivo de fazerem novamente um reboot de uma saga que já não deu certo das outras vezes, sem explicar praticamente nada na tela de quem é o que ali, com tudo jogado, com personagens sem carisma algum, com câmeras em ângulos que nem o diretor sabe o motivo de querer fazer assim e ainda por cima sem ritmo! 

O longa nos conta que durante a década de 1950, Hellboy se une à Bobbie Jo Song, uma novata agente da B.P.D.P. para uma nova investigação nas Montanhas Apalaches. Lá, descobrem uma remota e assombrada comunidade dominada por bruxas, liderada pelo sinistro demônio local, conhecido como O Homem Torto, que foi enviado de volta à Terra para coletar almas para o diabo. À medida que exploram os mistérios sombrios deste lugar isolado, Hellboy enfrenta segredos enterrados de seu próprio passado, levando-o a uma batalha épica contra forças malignas que ameaçam desencadear o caos sobre o mundo. 

O diretor e roteirista Brian Taylor prometi trazer uma abordagem mais fiel ao tom original dos quadrinhos da Dark Horse Comics, criado por Mike Mignola, levando tudo para algo mais sombrio e intenso, e isso até diria que a trama traz essa pegada mais puxada para o lado mais sobrenatural, porém tinham de ter lhe dito que para um filme ser considerado reboot de algo é necessário explicar de onde o ser proveio, quem são as pessoas, quem é a agência que trabalham para aí sim rolar toda a tensão, pois se mesmo conhecendo um pouco dos outros filmes e dos quadrinhos eu fiquei um bom tempo tentando captar quem eram as pessoas ali, imagino quem for conferir sem saber nada, ou seja, o diretor se perdeu no que desejava colocar na tela, e acabou apenas jogando tudo como se fosse apenas um grande borrão (aliás as cenas no trem se você tiver problemas com tontura vai ficar com dó do câmera) e tudo beleza. Sendo assim, não lembro de já ter visto nenhum outro filme do diretor, mas agora vou ficar de olho para tentar fugir!

Quanto das atuações, um ponto positivo foi colocar um ator completamente diferente dos demais Hellboy que já existiram, e principalmente com alguém não tão conhecido para que se funcionasse o filme virasse "o" personagem, mas infelizmente não deu para Jack Kesy, pois seu Hellboy é morno demais, não tem atitude como protagonista e mesmo que fosse meio investigador como era a proposta da trama, não chamou a responsabilidade para si em nenhum ato, ou seja, fraco demais. E quando um protagonista não pega a trama para si o que acontece? Os secundários dominam! E no caso Jefferson White, embora estranho e morno também de expressividades, conseguiu chamar mais cenas para si com seu Tom Ferrell do que o diabão, sendo um bruxo estranho com uma varinha de osso de gato, que tem uma confiança plena e que talvez pudesse fluir mais com uma direção melhor. Leah McNamara estava solta demais com sua Effie, de modo que a bruxa maluca ri, se pendura, voa, e faz tudo o que fosse errado na tela, tendo um lado meio sensual, mas sem ir muito além. E claro, Adeline Rudolph com sua Bobbie Jo Song tentou chamar atenção, mas não é apresentada nem nada, tendo vontades de ser bruxa, mas sem ser vulgar, e ficando sempre como uma sombra do protagonista, que volto a frisar não era bom, acabou apagada literalmente em uma cena no total escuro aonde só vemos a legenda (eu mataria o diretor com essa ideia!). Ainda tivemos Joseph Marcell com seu Reverendo Watts e Martin Bassindale com seu Homem Torto, mas chamaram atenção apenas visualmente, não tendo nada que impactasse nas expressividades feitas por eles (ou melhor, a pá com a cruz foi algo que o roteirista pensou demais!).

Visualmente algumas cenas até foram bem montadas na tela, mas o orçamento gastou praticamente tudo na cena inicial com o trem descarrilando e com a briga, para depois usar um pouco mais na cena da briga na casa, e um pouquinho na da cobra, mas o restante é tudo no meio da floresta, uma igreja abandonada com um cemitério bem simples, lanças bem comuns e um vermelhão com um cabelo tão artificial que tem boneca na lojinha do 1 real que tem cabelo melhor que o do protagonista, ou seja, a equipe de arte esqueceu de trabalhar e deixou tudo muito falso na tela.

Enfim, raspei a trave de dormir no longa com o ritmo lentíssimo e sem atitudes, e olha que fui numa sessão anterior a que iria, senão tenho certeza que meus olhos não aguentariam, então recomendo que quem quiser com muita vontade de conferir, algo que não recomendo, que vá numa sessão a tarde e bem disposto, pois dessa vez erraram bem feio na tentativa de um reboot desnecessário, já que dava para seguir a linha com qualquer uma das outras vertentes. Então fica a dica para ir em outros filmes, e eu fico por aqui hoje deixando meus abraços com todos e volto amanhã com mais dicas.


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