Transformers - O Início em Imax (Transformers One)

9/21/2024 06:43:00 PM |

Sabemos bem que a franquia Transformers é daquelas com muitos altos e baixos e que alguns amam e outros odeiam ferozmente, mas se teve um capítulo que ela funcionou de forma unanime foi quando tiveram os desenhos animados passando na TV nos anos 80, pois ali tanto as crianças da época (eu me incluo nesses) quanto os adultos viam e gostavam das interações, então o que os estúdios resolveram fazer agora que a franquia anda meio que desgastada com críticas pesadas rondando, vamos voltar ao início de tudo, só que de forma animada! E pronto, conseguiram entregar na tela com a animação "Transformers: O Início" como era a vida dos amigos Orion Pax e D16 antes de virarem grandes inimigos, e claro como era a vida em Cybertron durante um período difícil, fazendo com que a trama tivesse muita desenvoltura cênica, um colorido incrível que mesmo nas cenas mais densas acaba passando uma energia bacana para o público, e que claro deve dar resultado para fazerem mais uns dois ou três filmes animados antes de chegar no ponto que conhecemos dos filmes live-action, afinal dando um leve spoiler, a briga só começa mesmo na última cena, e na cena pós-crédito, então vamos aguardar o que virá pela frente, pois como produtor Michael Bay não é bobo e nunca irá largar sua galinha dos ovos de ouro.

A sinopse é bem simples para não entregar muita coisa, nos falando apenas que o longa conta a história de origem de Optimus Prime e Megatron, os maiores rivais da franquia, mas que um dia foram amigos tão ligados quanto irmãos e que mudaram o destino de Cybertron para sempre.

Após tentar revigorar a franquia "Toy Story", o diretor Josh Cooley caiu nas graças dos produtores de Transformers e foi convidado para dar um novo capítulo para a saga dos robozões alienígenas, e mostrou muita personalidade com o que fez, pois pegou uma história desconhecida do público e levou ela para patamares imponentes cheios de estrutura, aonde cada detalhe acaba contando na tela, desde o trabalho nas minas, a corrida dos carros, até a ida para a superfície e a descoberta dos verdadeiros vilões do planeta, ou seja, tudo muito direto e rápido na tela, sem ter tempo para enrolações ou as famosas dinâmicas alongadas explicativas e cansativas, de modo que o roteiro chegou pronto até as mãos do diretor, mas ele conseguiu não deixar apenas o básico na tela, colocando muitos ambientes com profundidades incríveis, e claro personalidade para que os personagens fossem imponentes e chamativos como conhecemos. Ou seja, se eu fosse os produtores já negociava o salário do cara para algumas continuações, pois deve brilhar assim que estrear oficialmente na próxima quinta.

Como em animações não ligo de ver dublado, afinal não é o ator que está ali, foi bem bacana ver a versão nacional na telona, pois Mauro Horta conseguiu trabalhar seu Orion Pax/Optimus Prime com tanta imponência, criando facetas emocionais bem colocadas para que o grande líder dos Autobots fosse mostrado como um garoto sonhador e cheio de coragem para se meter nas maiores roubadas do planeta para descobrir aonde tinha ido toda a energia vital de seu mundo, ou seja, funcionou muito bem. Claro que deram um bom grave na voz de Rômulo Estrela para que seu D-16/Megatron ficasse marcante, aliás acredito que ficou até melhor do que a versão legendada, afinal Brian Tyree Henry deve ter dado um tom mais cômico para o papel, e aqui ele conseguiu deixar o robozão cinza com traquejos mais densos e marcantes, e claro cheio de dinâmicas durante toda a trama. Agora a melhor escolha da dublagem para o ultratagarela robô B-127/Bumblebee foi Marcus Eni, pois ele conseguiu deixar o robô ainda mais divertido do que já era, roubando a cena em alguns momentos engraçados que divertirão com toda certeza os menorzinhos que forem conferir. Ainda tivemos Camila Queiroz dando boas nuances para Elita-1, mostrando uma robô cheia de dinâmicas e intensidades, não levando desaforo para casa, Alexandre Maguolo bem marcante também com seu Alpha Trion, e claro Klebber Toledo dando todo o ar de vilania e soberania para que seu Sentinel Prime tivesse mais do que uma personalidade na tela.

Visualmente a trama teve uma entrega bem colorida para mostrar uma Cybertron bem tecnológica, mas também com muito trabalho quase escravo nas minas, colocaram trens que vão construindo seus próprios caminhos, muitos robôs de todos os tipos possíveis, desde animais até alguns gigantescos e outros menores voadores, alguns sem poder de transformação, com todos vivendo dentro do núcleo do planeta de muitos níveis, e claro uma superfície quase não explorada ainda, com formações rochosas sendo transformadas no piscar dos olhos, ao ponto de mostrar que a equipe criativa brincou com formatos, estilos e deu um show na tela. Optei por ver o filme na Imax sem ser em 3D, mas se assim já deu para ver muita coisa em movimento com profundidades e dinâmicas bem interessantes, acredito que quem for conferir ele na tecnologia a partir da semana que vem irá sair da sessão com muita vertigem, então depois contem como foi o resultado nos comentários.

Enfim, não tinha dado quase nada para o trailer quando vi, achando que seria apenas mais uma tentativa de voltar na linha temporal da franquia, mas confesso que acabei gostando bem mais da versão animada do que dos últimos trabalhos de live-action, pois o excesso de realismo andou deixando alguns robôs forçados demais, então agora é torcer para que sigam brincando com mais desse Universo da franquia, e vamos ver o que vai rolar nos próximos anos. E claro fica a dica de conferida para quem quiser nesse sábado e domingo com pré-estreias pagas, e a partir da próxima quinta oficialmente estreando em todas as salas dos cinemas. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até lá.


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