O longa é baseado na história real bizarra de Sheryl Bradshaw e Rodney Alcala. Bradshaw era uma solteira em busca de um pretendente no programa de TV de sucesso dos anos 70, “The Dating Game”, e escolheu o solteiro charmoso nº 3, Rodney Alcala. No entanto, por trás da fachada gentil de Alcala havia um segredo mortal: ele era um serial killer psicopata em meio a mais uma onda de assassinatos.
Claro que por ser um primeiro trabalho na direção, a atriz Anna Kendrick já conseguiu pegar um roteiro que certamente muitos nomes desejavam ter em suas mãos, e isso já mostra um mérito dela para ter seu nome na lista de roteiristas para entregar "seus filhos" para serem desenvolvidos, e Ian McDonald quis dar uma nuance mais feminina para a história de um assassino de mulheres ao escolher ela, ou seja, o filme facilmente poderia cair nas mãos de qualquer outra diretora mais experiente, mas nas mãos de uma estreante precisava ser algo que fosse mais fechado de nuances, para que não precisasse sair floreando pelas diversas facetas que o texto permitia, de mostrar vários outros casos, que intercalados com o programa televisivo que o assassino participou foi visto como muito pouco para uma obra, e assim optaram pelos outros momentos, mas talvez uma desenvoltura linear fosse mais chamativa na tela. Ou seja, vamos ter de esperar outros trabalhos seus aonde talvez apareça só atrás das câmeras, ou em participações menores para ver como ela vai se portar, pois aqui ficou mediana para baixo no que fez como diretora.
Agora falando da atriz Anna Kendrick, diria que sua Sheryl foi bem cheia de traquejos, conseguindo passar uma realidade tanto de atriz que foi a personagem real, sabendo aonde entregar trejeitos indagadores e também de medo, mas que talvez pudesse ser mais presente na tela, o que acabou não acontecendo tanto por precisar dirigir mais, o que foi um erro, pois talvez com o roteiro nas mãos de alguém mais imponente na direção, sua atuação talvez lhe rendesse alguns bons prêmios. O ator costa-riquenho Daniel Zovatto pode até ter alguma semelhança com o verdadeiro Rodney Alcala, mas faltou personalidade para que chamasse para si a responsabilidade do papel, pois até passou frieza para os atos de matança, mas não pareceu empolgado em momento algum com os traquejos que fez, meio que parecendo até estar ali obrigado! Agora quem foi muito bem em cena foram Nicolette Robinson com sua Laura completamente amedrontada e desesperada, e Autumn Best com sua Amy muito calma com tudo, mas que em seus atos finais deu um show de personalidade, de modo que valeria até ter mais tempo de tela.
Visualmente a trama ficou bem montada dentro do programa de TV, mostrando bem os bastidores de programas de auditório, toda a famosa armação de atores e atrizes ali com perguntas prontas para o que os diretores e apresentadores desejavam mostrar na tela, tendo também alguns atos em bares, e muitas das mortes e fotografias com o assassino levando suas vítimas para o meio do deserto próximo a Hollywood, em uma contextualização de época bem trabalhada, que funciona visualmente, mas que dava para ir além.
Enfim, é um filme que tinha um certo potencial para ir mais além na história, mas que teve problemas na execução e na montagem que acabaram não dando a fluidez necessária para que tudo chamasse mais atenção, e analisando algo que não é culpa do filme, mas sim da distribuidora foi de não mandar nenhuma cópia legendada para o interior, pois as vozes são ruins e sem a entonação que marcasse realmente a personalidade dos personagens, ou seja, isso pesou muito também na minha forma de conferir o longa, então minha recomendação para todos é que por ele ter grana da Netflix também envolvida esperem que logo mais deve aparecer no streaming com som e vozes originais, e quem sabe quando ver lá eu melhore um pouco a nota. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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