A sinopse nos conta que Naoto Ihara vive feliz com a esposa Miyuki e o filho Haruto. Porém, quando Miyuki morre em um acidente, Naoto fica inconsolável. Haruto, em negação, decide enterrar um dedo da mãe no jardim na esperança de que, rezando todos os dias, ela volte à vida. Um dia, pai e filho são visitados por Hiroko Kurasawa, ex-colega de trabalho de Naoto. Mas o que era para ser uma simples visita a um amigo assolado pelo luto, toma um rumo macabro quando ela testemunha Haruto gritando palavras estranhas no quintal, e uma série de acontecimentos sombrios começam a perturbá-la.
O diretor Hideo Nakata ficou bem conhecido pela saga de filmes "O Chamado", porém lá a pegada densa funciona e chama atenção, causa bons sustos e impacta do começo ao fim pela história, aqui ele quis brincar com idas e vindas tentando justificar o ciúme doentio da mulher, o espírito obsessor ciumento também, e até mesmo o garotinho ciumento, ou seja, a base do filme é o ciúme, só que não aproveitou isso para impactar na tela, de modo que a trama fica parecendo falhar no conceito. Claro que quando o bichão fica meio revoltado nos atos finais poderia ser algo mais marcante, mas quem curte a pegada vai entender o estilo do diretor, e como disse no começo, se entrar na onda do estilo oriental, o resultado até que flui.
Agora algo que não deu muito certo na tela foram as atuações, pois Daiki Shigeoka entrega um Naoto meio indeciso da vida, sem grandes atos para impactar, e até mesmo nos momentos que precisa expressar dor e tristeza pela morte do filho ou da esposa, fez algo morno demais, ou seja, faltou trabalhar melhor na tela. Já Kanna Hashimoto fez uma Hiroko intrometida, bem clássica de uma diretora que é seu papel, fazendo alguns trejeitos meio que duvidosos do que desejava passar na tela, mas ao menos não desapontou tanto, só faltando talvez um pouco mais de presença e explosão para que fluísse melhor na tela. Quanto aos demais, a maioria apenas foi jogado na tela, valendo leves destaques para o garotinho Minato Shogaki e para a mulher morta que ainda assombrou muito na tela que Uika First Summer trabalhou bons trejeitos.
Visualmente faltou mostrar o motivo que o protagonista colocou uns panos na casa, como ele fez tudo aquilo, mas mostraram bem toda a louça abandonada na pia, uma casa inteira bagunçada e um jardim que praticamente virou um cemitério com a cova se levantando. Ainda tivemos o apartamento minúsculo da jovem diretora, uma empresa com vários computadores, e um prédio aonde o exorcista faz seus trabalhos bem decorado, que até dava para ter ido mais além com uma cena tensa, explosiva e cheia de nuances.
Enfim, é um filme que tem um estilo bem colocado dentro da proposta, mas que faltou impactar mais como um bom terror pede, ao ponto que você assiste achando tudo muito estranho, e esse é o problema da maioria dos terrores japoneses, que como disse no começo, ou você entra no clima ou não vai muito além. Mas ainda assim vale como um passatempo simples para quem curte o estilo de terror japonês, e assim acaba sendo a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da SATO Company e da Sinny Assessoria pela cabine de imprensa, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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