O longa nos apresenta Roberta, uma mulher que vive a melhor fase da sua vida, até perceber que a trama da nova novela das nove é baseada na sua própria história. No passado, Roberta deixou seu marido Bento e a filha Debora para trás em busca de sua felicidade. Marcada pelo abandono da mãe, Debora expõe sua história para um autor de novelas que está procurando pelo seu novo sucesso.
Diria que o diretor Teodoro Poppovic trabalhou bem a composição cênica para mostrar ao público como é o desenvolvimento de uma novela, e como as coisas que vão acontecendo na vida dos escritores influenciam no que eles acabam colocando em suas histórias, ao ponto que mesmo dando situações conflitivas dentro da trama, o resultado impacta nas pessoas e vice-versa. Ou seja, o diretor mostrou segurança com o que tinha para entregar e brincou com as várias facetas usando a boa personificação das protagonistas, de modo que em determinado momento vemos a novela usando a base da vida real e na outra a vida real tomando os rumos da novela. Claro que dava para alguns momentos serem mais expressivos, mas ainda assim o resultado convence bem.
Quanto das atuações, Karine Teles soube segurar bem o estilo de sua Roberta, fez bons olhares e trejeitos, ao ponto que num primeiro momento nem parece em nada com a Eugênia antiga, mas que ao desenvolver melhor o papel consegue chamar muito para si e amarrar bem o filme. Agora a versão novelesca de Eugênia/Paloma ficou muito bem alocada na tela por Camila Márdila, de modo que vemos um estilo natural da atriz na tela, não forçando olhares nem traquejos, e sabendo desenvolver a sua personalidade na novela até melhor do que dentro do filme, e isso ficou bem bacana de ver ela fazendo praticamente três papeis em cena. Ainda tivemos bons atos de Alice Wegmann como uma Debora em busca de sua mãe, usando seus dons de escrita para botar na mente do roteirista da novela os atos mais marcantes para que tudo fluí fácil com o que faz na tela. Quanto aos demais, foram usados mais como conexões, então não tivemos grandes atos para que cada um chamasse tudo para si, valendo dar um leve destaque para Antonio Pitanga como o escritor Modesto e Laura Pessoa com sua Nara, mas sem grandes chamarizes.
Visualmente a trama é bem cheia de facetas, mostrando algumas casas/apartamentos simples, aonde a protagonista faz trabalhos vocais com atores e cantores, e vemos também todo o lado da novela com várias cenas acontecendo, ou seja, a equipe de arte precisou trabalhar por 3, afinal também tiveram cenas antigas com a verdadeira Eugênia, além disso uma festança no apartamento de uma das atrizes da novela e outra na casa do escritor aonde vemos também toda a escaleta na parede com a formatação da vida dos personagens da novela, ou seja, tudo bem simples, porém muito bem feito.
Enfim, é um filme com uma proposta simples que podia ter dado muito errado, mas que funciona tanto como um bom drama "investigativo", quanto uma sacada novelesca inusitada, aonde há muitas inversões na tela que acaba agradando, desde claro não se espere muito de cada momento. Então fica a dica para quem curte o estilo conferir a partir da próxima quinta 31/10 nos cinemas, principalmente para quem estiver fugindo dos vários filmes de terror que chegarão na data. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo os amigos da Disney e da Bcbiz pela cabine de imprensa, e volto em breve com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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