segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Amazon Prime Video - Canário Negro (Canary Black )

Costumo dizer que se tem um estilo de filme que é difícil vermos qualquer tipo de mudança é o tal de espionagem, pois sempre é alguém tentando destruir o mundo, ou então roubar bilhões em dinheiro extorquindo alguém, ou até mesmo sequestrando algo que vá fazer algum grupo de espiões aparecerem para todos os inimigos, porém essa base sempre consegue entreter, e isso quando bem feito funciona e agrada. Comecei dessa forma o texto do lançamento da Amazon Prime Video, "Canário Negro", pois é basicamente o que nos é apresentado, ou melhor entregue na tela, já que temos pouquíssimas apresentações acontecendo, já botando tudo e todos para correr, lutar, explodir, chantagear e tudo mais, logo nos primeiros minutos, e o resultado consegue prender, vemos claro uma atriz que quando mais nova já botava tudo e todos para o chão, mostrando que ainda tem desenvoltura, e ao final somos surpreendidos com uma pegada possível de ser apenas um início de franquia, ou seja, talvez veremos ainda mais da personagem na tela, o que não será ruim, basta talvez dar uma inovada em algum tipo de situação que certamente todos irão conferir.

No longa vemos que a agente da CIA, Avery Graves (Kate Beckinsale), vive entre a vida e a morte todos os dias, mas uma missão especialmente perigosa a coloca de frente para um impasse: deve seguir as instruções dos terroristas internacionais que raptaram seu marido, roubando informações sigilosas e traindo seu país, ou deixar o amor da sua vida morrer? A espiã recorre, então, a seus contatos do submundo e seu treinamento de ponta para encontrar o material secreto e salvar seu marido. Ao mesmo tempo, deve sobreviver às ameaças dos sequestradores e aos obstáculos de seus superiores da CIA – interpretados por Ben Miles e Ray Stevenson em seu último papel. Nessa corrida contra o tempo, Avery Graves deve agir o quanto antes e confiar em suas habilidades para evitar uma crise global.

Antes de mais nada, está sendo bem engraçado que muitos estão dando play no longa esperando ver algo da Canário Negro dos quadrinhos, e o nome que o diretor Pierre Morel e o roteirista Matthew Kennedy desenvolveram é apenas algo referente ao vírus/programa que os personagens estão em busca, ou seja, vão enganar muitos fãs de HQ. Dito essa sacada bem boa dos idealizadores, Pierre Morel já brincou muito com esse estilo e sabe aonde pode entrar para detalhar sempre mais, e aqui demorou um pouco para que o filme tivesse uma fluidez fora da caixinha e entregasse um algo a mais, de modo que o roteiro de Matthew Kennedy tem personalidade, porém faltou uma segurança maior para os personagens serem mais convincentes, e também uma apresentação mesmo que rápida deles, pois venho dizendo isso já há algum tempo, que se o público não embarcar na onda do personagem, o filme pode até ser imponente, mas não entrega e não faz a famosa "torcida", que aí com um controle na mão como é o caso do streaming, uma breve pausa pode fazer que o longa nem seja terminado.

Quanto das atuações, fazia um bom tempo que não via Kate Beckinsale em "ação" realmente, pois estava acostumado com suas lutas contra vampiros na saudosa saga "Anjos da Noite", depois deu uma esfriada, e já nem imaginava que ela já tinha passado dos 50, ou seja, ainda está bem disposta, claro para que sua dublê brigasse bastante, pulasse, lutasse e se envolvesse em muitas confusões cênicas, além de olhares e imposições bem alocadas, de modo que a personagem tem estilo, e quem sabe vire uma famosa espiã que veremos ainda muito na tela enfrentando possíveis malucos para dizimar o mundo atual. Ray Stevenson gravou o longa, e infelizmente não viu o resultado final, já que morreu no ano passado, mas tendo ainda mais um filme seu em pós-produção ainda o veremos uma última vez na tela, pois aqui seu Hedlund teve olhares bem marcantes, e infelizmente poderia ser até mais marcante como um chefão da CIA, mas não foi muito além, e souberam finalizar bem seu personagem na tela. Goran Kostic ficou naquele famoso meio caminho que se não tem uma boa apresentação acaba sendo jogado, pois não conseguimos entender se ele é pró-EUA ou contra, se é russo ou o que, já que acaba parecendo mais duplo do que um vilão realmente, mas ao menos seu Breznov teve atos finais bem empolgantes com a protagonista. Ainda tivemos Rupert Friend bem cheio de sacadas com seu David, que muda completamente de personalidade nos atos finais, Jaz Hutchins como um Maxfield bem nervoso e querendo vingança a qualquer custo, Ben Miles como um Evans durão, mas que não se impõe, e Romina Tonkovic sendo bem usada com sua Sorina hacker e com dispositivos bem criativos para que a protagonista pudesse usar, mas também tendo algum passado que ninguém nunca saberá.

Visualmente o longa tem uma boa entrega de ambientes, iniciando com uma luta imponente no Japão com um apartamento cheio de escadas e ambientes, muitos tiros e objetos sendo usados na luta, depois temos uma invasão marcante na casa da protagonista, uma reunião no quartel general da CIA com uma sala se camuflando para exibir uma reunião sigilosa, toda uma caçada em prédios com drones e muita computação gráfica, além de um esconderijo embaixo de um restaurante também com muitas coisas quebrando, além de uma perseguição imponente com explosões e batidas, bem ao estilo que estamos acostumados a ver em filmes de espionagem, além de várias reuniões de líderes de países em dois ambientes separados, ou seja, a equipe de arte e de fotografia sofreu, mas entregou um belo trabalho nesse contexto.

Enfim, é um filme que segura o espectador, que tem uma boa entrega na tela, mas que poderia ter ido mais além com poucos detalhes, principalmente com um começo melhor de apresentação, pois ficou parecendo ser a continuação de algo que o público deveria saber o que era, mas que ainda assim servirá como um bom entretenimento no final de semana para quem curte esse estilo, então fica a dica. E é isso meus amigos, eu fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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