O longa acompanha uma chef ambiciosa que abre seu primeiro restaurante — um negócio da fazenda à mesa em uma propriedade remota — onde ela luta contra o caos da cozinha, um investidor duvidoso, dúvidas esmagadoras sobre si mesma... e o espírito poderoso da antiga dona da propriedade que ameaça sabotá-la a todo momento.
Diria que a direção e o roteiro de Bridget Savage Cole e Danielle Krudy foi bem concisa e direta na tela, ao ponto que não deixaram sobras nem para enrolações, nem para explicações, de modo que ou você pega a ideia bem rapidamente, ou então alguns atos soltos (como por exemplo a história da velha) acaba ficando meio que de lado ao ponto de você aceitar a maldição e falar que tá tudo bem, porém tirando esse detalhe, a trama conseguiu brincar bem na tela com as facetas da loucura de se aprimorar, sair do básico e da criatividade em experimentar plantas, temperos, e tudo mais para uma comida diferenciada, e claro ir além na concepção de um restaurante fora do eixo tradicional. Claro que elas fizeram tudo de uma forma que dava para acelerar um pouco o miolo e dar mais ênfase no final (eu cozinharia o investidor no fim!), mas ainda assim posso falar que as jovens tem um estilo macabro e ao mesmo bem colocado de filmagem, que se seguirem assim e melhorarem o desenvolvimento dos personagens vão bem longe.
Quanto das atuações, Ariana DeBose é aquela artista versátil que qualquer diretor pode contar com ela para diferentes estilos, e aqui posso dizer que a jovem sofreu, se assustou e cozinhou muito para entregar sua chef com personalidade e bons traquejos, de modo que demorou um pouco para se mostrar imponente, mas quando se jogou literalmente no buraco, foi fundo e mostrou quem mandava no longa, só sendo uma pena que acabou logo depois de sua volta, pois merecia uma vingança na tela. E falando em vingança, posso colocar Arian Moyaed muito mais com seu Andres como vilão do que a própria bruxa, pois o cara foi de um mau-caráter do começo ao fim, fazendo trejeitos invejosos e chamativos que agradam por podermos odiar ele, ou seja, fez bem o que precisava fazer. Quanto aos demais Barbie Ferreira tentou ser jeitosa com sua Lucia mas não foi muito além, Amara Karan trabalhou sua crítica gastronômica como a maioria realmente faz, e a bruxa de Imola Gáspár até tentou chamar atenção, mas não deram espaço para que se desenvolvesse, apenas aparecendo para assustar na tela em momentos aleatórios.
Visualmente o filme é daqueles que você fica pensando quem seria o maluco de abrir um restaurante no meio do nada, em uma casa assustadora e abandonada, com coisas estranhas ocorrendo desde o primeiro minuto que a pessoa entra ali, sendo o famoso improvável que só acontece em filmes de terror, pois o primeiro movimento de janelas já estaria a quilômetros dali. Dito isso, tivemos bons ambientes da casa, claro destacando a cozinha e o porão/adega, o quartinho das poções e toda a floresta, mas claro o destaque para quem gosta de assistir bons programas gastronômicos ficou a cargo dos empratamentos bem bonitos e interessantes de ver na tela, mostrando que a equipe de arte foi muito bem assessorada por chefs renomados.
Enfim, é um filme que fui ver sem saber o que esperar e acabei curtindo a ideia toda, de modo que passa bem longe de ser uma obra de arte, mas também passa longe de ser uma bomba, que quem curte o estilo vai gostar do que verá na tela, desde que também assista sem esperar muita coisa, e sendo assim vale a indicação do longa. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas esse fim de semana voltarei com muitas dicas, então abraços e até breve.
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