A sinopse nos conta que quando Olga descobre em seu sótão o diário inacabado de um assassino, acaba ficando fascinada e apavorada pelos seus segredos obscuros. Conforme ela se aprofunda em seu conteúdo, ela descobre uma conexão misteriosa entre eles, colocando sua vida e a de outros em grave perigo.
O filme até poderia ter ido mais além como falei no começo do texto, porém para isso seria necessário diretores mais experientes, e aqui temos duas estreantes em longa metragens, de forma que Emma Bertrán e Alba Gil até tiveram uma ótima proposta e desenvolvimento na tela, mas faltou aquele algo a mais para derrubar o queixo do espectador, ou seja, se forem seguir essa linha de filmes, no próximo é bem capaz que acertem em cheio com um resultado mais preciso. Claro que dava para elas terem criado interações mais fortes entre os personagens, mas isso também dependeria de como o roteiro foi pensado, pois se precisaram fazer a brincadeira meio que de atividade paranormal para visualizar o futuro, isso é algo que sentiram durante as gravações que não ficaria muito claro para o espectador toda a ideia de apenas ser um diário lido, mas mostraram que tem futuro, então é aguardar o próximo trabalho para ver se melhoraram ou se é o estilo delas mesmo.
Quanto das atuações, Irene Azuela fez uma Olga inicialmente descrente do que estava acontecendo na casa, e meio perdida em relação a tudo, porém da metade para frente virou uma investigadora nata, sabendo detalhes, induzindo tudo, e tentando mudar o futuro com coisas do presente, mas sem ser muito efetiva, e principalmente fazendo tudo o que o diário propunha, ou seja, faltou dosar um pouco de cada coisa para que a personagem ao final desvendasse tudo e chamasse mais atenção, mas como já disse, isso vem do roteiro, e nenhum ator consegue fazer milagre. Mauricio Ochman até trabalhou bem o lado psicólogo de seu Carlos, sendo calmo e preciso nas decisões, e entendendo bem o que estava rolando ali, claro que levando também para alguém melhor analisar (embora a mulher que analisou caligrafia seja praticamente uma vidente de tudo e mais um pouco com todos os detalhes que deu apenas pelo que leu no diário). Já vi outros filmes com a jovem Isabella Arroyo, mas aqui sua Vera foi tão seca de olhares, que nenhum psicólogo daria muito jeito nela, ao ponto que se fosse um filme de terror, facilmente ficaria com medo de ver ela a noite. Ainda tivemos o ex-marido da protagonista e sua atual namorada vividos por Leonardo Ortizgris e Yoshira Escárrega, que soaram falsos demais em seus atos, então poderiam ter até menos cenas aparecendo.
Visualmente a casa da protagonista até foi bem escolhida pelos ambientes decorados de modo simples, porém bem detalhados, tendo o baú como parte principal de tudo, que a hora que aparece sua grande cena poderia ser a chave de tudo, se não tivesse acontecido antes a revelação, e claro os diários de torturas bem escritos e chamativos, além da casa do pai também bem arrumada, e a sala do psicólogo cheia de brinquedos, bem no estilo que funciona realmente. Ou seja, não gastaram muito com o visual do presente, mas colocaram alguns elementos em formatos fantasmas meio que chuviscados de TV que nem engrandeceram nada com a personificação do futuro, ao ponto que dava para ter economizado mais.
Enfim, é um filme simples, que mesmo cheio de pequenos erros, funciona na tela, então quem gosta desse estilo até vai relevar alguns momentos e irá curtir a pegada completa, porém como já falei muitas vezes, dava para ter melhorado demais com pouquíssimos ajustes, então acaba valendo a indicação de conferida. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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