O longa conta a história real do padre polonês Maximiliano Maria Kolbe e os grandes desafios que ele enfrentou durante a invasão nazista da Polônia na Segunda Guerra Mundial. Kolbe foi punido por fornecer ajuda e proteção aos judeus enviados para o campo de concentração nazista de Auschwitz. Num gesto de sacrifício, ele se ofereceu para trocar de lugar com um pai de família, doando sua vida para salvá-lo. Toda história é contada pelo idoso e solitário Gunter, que recebe a missão de ser mentor do rebelde D.J., um jovem em plena descoberta e questionamentos da vida. Com sabedoria, Gunter ensina ao adolescente verdadeiras lições sobre amor e altruísmo.
Diria que o diretor Donovan Cook ("A Casa do Mickey") foi bem escolhido para trabalhar a história que Bruce Morris ("Hércules", "Pocahontas") depois de anos parado escreveu, pois ambos tendo em seu currículo muitos desenvolvimentos para a Disney já chegaram com uma formatação técnica com muitas cores para prender os pequeninos, e assim a trama teve todo um estilo de animação mais clássico e simples, não recaindo tanto para um trabalho tridimensional cheio de texturas e sombras, mas que acabou tendo uma perspectiva de construção bacana bem interessante. Ou seja, o diretor optou por trabalhar mais o contexto do que enfeitar tudo na tela, e assim a história fluiu bem, e ainda segura o público com uma dinâmica que não chega a cansar. Claro que poderia ter sido algo mais fluido, com alguns chamarizes menos densos para cativar talvez os menorzinhos, mas de certa forma o resultado acaba agradando a todos.
Como animações prefiro ver dublado, optei por essa cópia, e foi bacana ver que a voz do padre Maximiliano Kolbe em momento algum nos remete à Juliano Cazarré, de modo que ele deu uma personalidade forte e bem segura para acompanharmos suas jornadas na tela, e claro conhecermos bem o personagem com tudo o que viveu. Alfredo Martins deu um tom bem de velhinho mesmo de animações para seu Gunter, cheio de traquejos e dinâmicas, mostrando um senhorzinho meio que rabugento, que não pode dirigir mais, mas que vai contar com a ajuda do jovem e também dar bons ensinamentos para ele. E Philippe Maia deu voz ao rapaz DJ, com dinâmicas suaves e bem incorporadas para um jovem que está desacreditado de tudo na vida, mas que com personalidade e uma boa dose de aprendizado conseguirá ir bem além ajudando o senhorzinho e conquistando uma namorada. Ainda tivemos Flávia Sady emprestando sua voz para a Virgem Maria e Renzo Cardoso fazendo o jovem Rajmund.
Embora seja uma animação com um visual meio que diferente, no começo você acaba estranhando um pouco, pois pareceu algo artificial que não cativaria tanto, mas depois conforme acostumamos com o estilo, tudo acaba sendo interessante dentro da proposta, com um visual não tão colorido, mas que passa bem a representação do tempo atual em que a trama se passa, junto de um passado bem colocado na tela para representar a vida do padre, e claro depois ao final toda a conexão bem alocada na tela. Claro que por já terem participado de muitas animações grandes, o diretor talvez pudesse ter trabalhado um pouco mais para que seu filme tivesse um chamariz mais tradicional de animações atuais, mas certamente o orçamento aqui foi mais limitado, e assim apenas foi bem representativo, sem errar ao menos.
Enfim, é um filme simples do estilo, porém bem trabalhado na história, que certamente muitos pais católicos irão levar os filhos aos cinemas, e que foi feito com essa proposta mesmo, mas que como muitos brasileiros ainda não conhecem tanto o santo polonês, talvez esse formato tenha sido a melhor escolha para introduzir ele na nossa cultura, valendo a indicação de conferida. E é isso pessoal, fico por aqui hoje agradecendo o amigo Leo e o pessoal da Kolbe Arte pela cabine de imprensa, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até breve.
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