No longa vemos que um grupo de amigos da faculdade se reúne para celebrar o casamento de um deles na véspera da cerimônia. Uma despedida de solteiro divertida na mansão reclusa de sua mãe era o que Reuben desejava. Mas os planos de uma noite animada mudam quando, de surpresa, um colega distante da turma chamado Forbes surge com uma maleta misteriosa contendo um aparelho capaz de realizar troca de corpos. Ao embarcarem na brincadeira, Cyrus, Shelby, Dennis, Nikki, Brooke, Maya, Forbes e Reuben são confrontados com descobertas intrigantes. Segredos são revelados, desejos reprimidos são confessados e ressentimentos vêm à tona nesse jogo perverso.
O jovem Greg Jardin já fez muitos curtas e videoclipes, porém estreou agora como roteirista e diretor de longas, e ele quis ir muito além com sua trama para um iniciante, ao ponto que seu filme tinha toda a estrutura para dar muito errado, já que mistura de corpos é algo que se o elenco não for minuciosamente instruído se perde ao ponto do diretor nem saber mais qual rumo tomar, e aqui acontece algo muito pior, pois os personagens não mudam de voz e de jeito, mas sim apenas sua mente, algo que você precisa amarrar com tantos detalhes para que o público entre no clima que mesmo nas mãos de um diretor bem experiente poderia ainda dar muito trabalho. Ou seja, faltou uma presença mais segura, e talvez escolher mudanças de timbre de vozes ou algo a mais para que convencesse melhor na tela. Claro que a sacada das cores de mudar sob perspectiva foi algo bem inteligente do roteiro, mas não convence o tanto que precisava, e dessa forma o longa mais confunde do que diverte, embora a sacada final tenha sido brilhante.
Quanto das atuações, diria que focaram demais nos dois personagens mais chatos do grupo que foram James Morosini com seu Cyrus e Brittany O'Grady com sua Shelby, de modo que a discussão do casal até serve para o fechamento e para alguns atos de desenvoltura, mas ambos os atores foram mornos demais em suas cenas, tanto que quando estão em outros corpos tudo flui na tela, e a diversão realmente acontece, mas como o roteiro dependeu muito deles, ficou algo amarrado demais. Devon Terrell trabalhou seu Reuben com tanta empolgação em alguns atos que chega a parecer aqueles filmes de paródia antiga, mas com as mudanças de corpos focou bem em algumas situações e agradou bem com o estilo escolhido. Com o epílogo ficou bem claro o estilo que David Thompson trabalhou seu Forbes, pois num primeiro momento o personagem pareceu meio artificial, mas depois vemos que suas sacadas e trejeitos foram bem marcados para o que a história pedia, e assim acertou bem no que fez. Ainda tivemos outros personagens meio que de enfeite, mas que funcionaram dentro da proposta completa, ao ponto que nem vale entrar muito em detalhes sobre eles.
Visualmente a equipe nem precisaria ter arrumado uma super mansão e vários carrões para aparecer em cena, pois foi apenas gastos de enfeite para embelezar poucos atos, afinal o longa se concentra em algumas salas simples e estranhas, cheias de luzes, espelhos e tudo mais, e claro na maleta com os vários fios e eletrodos, além claro da obra de arte do lado de fora que foi bem importante no final do longa, mas o restante apenas permitiu ficarem passeando para lá e para cá sem precisar.
Enfim, é um filme que teve uma proposta grande demais e se perdeu na bagunça do roteiro, e principalmente na escolha de personagens principais, pois talvez mudando um pouco o foco e a dimensão da bagunça toda, o resultado seria bem melhor, mas ainda assim é divertido de conferir e tem uma boa entrega na tela, que quem não se perder vai acabar gostando do que verá, e sendo assim até vale a indicação. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...