Inspirado no aclamado jogo de tabuleiro The Werewolves of Miller’s Hollow, o filme gira em torno de uma família, que depois de descobrir um misterioso jogo de cartas é enviada de volta no tempo para uma vila medieval onde eles devem se defender de perigosos lobisomens todas as noites.
Diria que o diretor e roteirista François Uzan que ficou muito conhecido por ter adaptado a série "Lupin" para a TV quis mostrar um pouco do ar lúdico medieval através de um jogo simples, e não ligou para que tudo ficasse bobinho demais, mas ainda assim o estilo francês tem uma pegada bem colocada, afinal os poderes que os personagens ganharam ao ir para a Idade Média ficaram bacanas e divertidos dentro da entrega completa, de modo que mesmo tendo muitas falhas técnicas (principalmente nos efeitos e fantasias), o resultado acaba tendo uma pegada interessante de ser vista, que funciona e agrada, mostrando que um estilo meio de RPG, meio de conto de fadas, e claro, usando um pouco de coisas já usadas em outros longas do estilo acabaram sendo bem representadas pelo diretor.
Quanto das atuações, a trama fica bem focada em Franck Dubosc com seu Jérôme que até acaba gostando de seu poder de ler as mentes, mas dava para ter utilizado mais isso com outros personagens sem ser da própria família, e claro o ator ter se jogado mais no personagem, de modo que parecia estar inseguro com a entrega na tela. Jean Reno sempre brinca bem com seus personagens, e aqui seu Gilbert inicialmente no mundo atual trabalhou com um ar apático afinal está doente e esquecendo tudo, enquanto na Idade Média teve o poder da força, cheio de vitalidade e usou muito disso para dar estilo ao personagem. Suzanne Clément não fluiu tanto quanto poderia com sua Marie, de modo que teve algumas boas sacadas com o marido, fez algumas frases que a fez ser considerada uma bruxa, e teve uma boa explosão final, mas ficou muito atrás de todos. Já os mais jovens até se divertiram com a entrega na tela, com o Raphaël Romand tendo mais destaque não pelo que faz aparecendo na tela, mas sim seu Theo se transmutando pelas personalidades dos donos do objeto que pega, então tivemos vários outros atores fazendo o papel, e isso acabou sendo bem bacana, enquanto a jovem Lisa do Couto Teixeira acabou ficando meio escondida com sua invisibilidade e muitas cenas sem voz, enquanto a menorzinha Alizée Caugnies ficou engraçadinha de lobo.
Visualmente a trama ficou bem representada de época, com casas tradicionais da Idade Média, figurinos bem colocados e as tradicionais execuções públicas, além de muitos objetos cênicos bem colocados para que tudo ficasse bem colocado na tela. Diria que a vila ficou bem charmosa também e a essência dentro da casa escolhida, além da casa do inventor ficou bem sacada, porém os efeitos especiais e as roupas dos lobos abusaram um pouco da nossa inteligência, pois ficou extremamente artificial, e com isso muitos irão rir de tristeza com o que verão na tela.
Enfim, é um longa simples de entrega que tinha também uma proposta simples, mas que dava para ter um cuidado melhor na tela para chamar mais atenção, de forma que vale como um passatempo e um filme "de Halloween" que dá para passar para as crianças, mas como tem muitas falhas técnicas, o resultado acaba não empolgando como poderia. E assim sendo, fica a dica apenas para ver um longa francês que saiu bem longe da perfeição, afinal muitos acham que eu defendo demais os filmes do país, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até amanhã com mais dicas.
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