O longa nos mostra uma mulher em luto que tenta recuperar sua sanidade e encontrar paz no silêncio da floresta. O repouso de Iris, entretanto, torna-se um pesadelo quando, numa trilha, ela esbarra com um homem que a injeta um paralisante. De repente, Iris precisa lutar para sobreviver nas mãos de um serial killer, e tem apenas 20 minutos para fugir antes da injeção fazer efeito.
Um fator engraçado é ver um filme quase que sem movimentos ser dirigido por dois diretores e três roteiristas, algo mais comum de se ver em tramas de ação, de forma que Brian Netto e Adam Schindler souberam usar de elementos simples, e de uma ambientação mais fechada como uma floresta de fundo, dois carros, uma cabana e um barco, ou seja, não precisaram ampliar nada, um roteiro com pouquíssimos diálogos, porém claro, muita expressividade no olhar tanto da protagonista quanto do assassino, mostrando um elo que qualquer mínimo detalhe poderia mudar tudo na tela. Ou seja, com esse fechamento todo, era bem possível criar muito mais tensão, mas ao optar por criar algo mais simples, e até mesmo por vermos logo no começo que a vontade da protagonista era de morrer, os diretores não lhe deram uma gana maior para que o público torcesse para ela, e com isso, o resultado ficou morno, não mostrando uma personalidade mais expressiva.
E falando em expressão, já de cara o filme ficou quase que 100% dependente dos olhares de Kelsey Asbille com sua Iris, de modo que ela usou a famosa linguagem do sim e não com o piscar dos olhos, se segurou bastante para não ter movimentos falsos com os braços e pernas, mas faltou usar do sufocamento expressivo, algo que em filmes de muita correria e tensão funcionam bem (o famoso arfar dos cachorros que muitos falam), e assim sendo não torcemos muito pela sua sobrevivência na tela. Já Finn Wittrock, fez com que seu Andrew (ao menos é o nome do documento que o policial lê, e não o qual ele se apresenta para a protagonista como Richard) inicialmente passou um galanteio bem charmoso, falou muito bem, mas lá para a metade da trama se mostrou completamente sem controle, passando bem um ar meio que psicótico e explosivo, que acabou chamando bem o filme para si. Quanto aos demais, vale um leve destaque para o senhorzinho que Moray Treadwell fez, lutando muito bem com o assassino, enquanto o policial vivido por Daniel Francis não teve nem chance de falar muito com o que acabou acontecendo com ele.
Visualmente como já falei no começo tivemos poucos ambientes cênicos, contando com uma floresta bem bonita, cheia de pedras, uma correnteza bem marcante, muitas cenas dentro dos carros, uma cabana simples do senhorzinho que quase atropelou a jovem com o cortador de grama, um posto e nada mais, tendo como elementos a injeção e as amarras lacres. Ou seja, a equipe de arte foi bem econômica na tela.
Enfim, é um filme simples, que tem uma proposta bem colocada, e que segue bem o manual do estilo, conseguindo funcionar do começo ao fim sem cansar pelo menos, mas que com bem pouco poderia ter ido mais além, então vale a indicação como um passatempo sem esperar muito dele. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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