A sinopse praticamente conta a história completa do longa de um vendedor de eletrônicos divorciado que é injustamente acusado de homicídio. Era apenas uma demanda simples num dia de trabalho normal: entregar e instalar uma TV. O desastrado e azarado Conny, porém, acaba condenado a 18 anos de prisão por estar no lugar errado na hora errada. Longe da filha Julia, o vendedor precisa sobreviver ao cárcere dia após dia, até que conhece os criminosos Norinder e Musse, que o confundem com um piloto e colaboram com um plano de fuga para ele. Nessa comédia de erros, Conny precisa provar sua inocência, enfrentar conspirações mirabolantes, lidar com a saudade da filha e as obrigações de pai e, ainda, acidentalmente se apaixonar pela única policial que pode ajudá-lo a sair dessa enrascada.
Por incrível que pareça, o longa é uma refilmagem de outro filme sueco mesmo de 1988, ou seja, daquela época que nem sabíamos que a Suécia fazia filmes, porém o diretor e roteirista Jon Holmberg conseguiu trabalhar de forma tão dinâmica que sua trama acabou parecendo algo original e atual, trabalhando com drogas, tecnologias e claro com o que mais anda na moda de quem era o verdadeiro assassino que não vou dar spoiler (mas quem leu meus últimos textos saberá rapidamente). Ou seja, como não vi o longa original, aqui esse passará a ser a versão que conheço, e posso dizer que souberam brincar bem com toda a situação caótica do protagonista, sendo daqueles que quando acham que vão conseguir se livrar de algo, a coisa piora um pouco mais, mas ainda assim ficaria simples demais se não tivessem encontrado um ator carismático e bem disposto a se entregar por completo, e assim o resultado acabou ficando bem mais na mãos de Filip Berg do que do próprio diretor, e o acerto funcionou demais.
E já que comecei a falar do protagonista, no longa usaram muito dele ouvindo a canção "Hooked On a Felling" que ficamos acostumados a acompanhar com o filme dos "Guardiões da Galáxia", e facilmente daria para colocar Filip Berg no grupo de heróis, pois ele tem estilo, tem um jeitão meio bobo, mas que agrada na entrega que faz, e cheio de bons traquejos conseguiu pegar o longa e chamar de seu, afinal não se deixa abater fácil e se joga do começo ao fim, ou seja, foi tão bem que fará com que seu Conny seja lembrado mais vezes quando ver outro filme com ele. A jovem Amy Deasismont trabalhou muito bem também sua Diana, fazendo uma personagem atrapalhada demais, mas que mostrou boas dinâmicas e soube segurar bem seus atos na tela, mas pesquisando sobre ela fiquei bem mais interessado em um filme que fez em 2015 que tentarei arrumar aonde ver. Ainda tivemos bons atos com Eva Melander entregando uma Helena completamente desesperada, tentando a todo custo com as situações mais malucas possíveis para incriminar o protagonista, trabalhando bem sua entrega na tela, e ainda vale citar os outros presos com destaque para Joakim Sällquist com seu Musse bem malucão.
Visualmente a trama teve bons atos em uma loja de eletrônicos tanto na área de venda no começo como no depósito depois nos atos finais, tivemos o início do longa com uma operação de prisão com drogas gigantesca e bem intensa, a casa aonde acontece o homicídio que o jovem estava na hora errada, alguns momentos numa prisão até que bem requintada no país, alguns atos em um hospital e todo o desfecho bem trabalhado em um hotel passando desde os quartos, terraço e área de manutenção, aonde com boas sacadas conseguiram dimensionar todo o filme, mostrando que a equipe de arte trabalhou intensamente.
Enfim, hoje pensei em até não assistir nenhum filme por estar bastante cansado, mas a entrega do longa foi tão bem encaixada que era exatamente o que precisava conferir, funcionando bastante do começo ao fim com algo dinâmico e totalmente funcional dentro da proposta que com toda certeza vale a indicação, então deem o play para se divertir bastante com algo que até tem umas falhas, mas que não atrapalhou em nada o resultado na tela. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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