sábado, 26 de outubro de 2024

Venom: A Última Rodada em Imax 3D (Venom: The Last Dance)

Desde que falaram que o terceiro filme do simbionte não seria bem uma continuação direta que ligaria tudo como deixou intencionado no final do segundo já dei uma brochada com tudo o que poderia esperar, e depois de ver alguns trailers meio que forçados demais fui conferir hoje "Venom - A Última Rodada" apenas esperando como dariam um final decente para mais um dos personagens da famosa briga Sony x Marvel, que quem perde é o público e os fãs por não terem a possibilidade de ver personagens imponentes ficarem ainda maiores nas mãos da companhia de filmes de heróis. Ou seja, não diria que é um filme ruim, pois tem a mesma base que os outros dois filmes, tendo um pouco de história para ser desenvolvida até começar toda a pancadaria e ação sem limites, que diverte quem gostou dos outros, mas que dava para ter ido mais além com um vilão realmente mais imponente, e claro com mais piadas como vimos nos outros filmes, pois aqui o personagem acabou ficando mais centrado, o que não fez tanto sentido.

O longa nos mostra que Eddie Brock e Venom estão em uma frenética fuga. Caçados por forças tanto do seu planeta natal quanto da Terra, a dupla se encontra em um aperto crescente, com a rede se fechando rapidamente ao seu redor. À medida que a pressão aumenta, Eddie e Venom são forçados a tomar uma decisão devastadora que marcará o fim de sua última dança juntos.

Já disse isso diversas vezes, porém sempre é muito válido, pois em continuações de personagens não se muda diretor, pois a chance de que tudo o que você já viu e conhece mudar para algo sem muita base é total, e mais do que isso, não se estreia na função de diretor em um longa de ação, ainda mais baseado em algo que os fãs já conhecem aos montes. E infelizmente aqui acontece as duas coisas, pois Kelly Marcel foi roteirista dos três filmes, mas como ninguém quis assumir a bronca de fechar a saga da Sony, eis que resolveu estrear na função de comandante do navio para se afundasse não abandonaria o barco, e assim sendo a trama ficou faltando um algo a mais para explodir como deveria, com tantas cenas que já haviam aparecido nos trailers que só quem realmente for muito fã do personagem vai acabar gostando do que a diretora fez.

Quanto das atuações, Tom Hardy entregou um Eddie Brock cansado demais, parecendo estar embriagado desde as primeiras cenas no bar até os penúltimos momentos antes da cena final, mas ainda assim usando bastante o simbionte para lutar e tentar grandes defesas, ao ponto que não entregou muita personalidade para o humano, mas sendo funcional ao menos. Chiwetel Ejiofor trouxe um Strickland meio que surgindo do nada, sendo um policial imponente, mas que apenas está ali desativando a Área 51, mas como já vimos ele em outros filmes da Marvel até esperava que fosse dar algum tipo de conexão, o que acaba não ocorrendo, porém fez bons trejeitos, lutou bravamente e fez o que tinha de fazer na tela. Outra que surgiu do nada foi Juno Temple com sua Dra. Paine, que até vemos um pouco do seu passado com o irmão em busca de poderes, e depois suas pesquisas com os simbiontes, mas ficou meio que perdida na tela, fazendo alguns atos interessantes de pesquisa, e o sonho de regenerar seu braço, tendo para isso um bom final ao menos, porém a atriz que sempre dá show em dramas acabou ficando artificial. Então sobrou carisma ao menos para a família que dá carona para Eddie, com destaque claro para Rhys Irfan com seu Martin desesperado para ver alienígenas e o garotinho Dash McCloud com seu Folha bem emocional, e claro para os rápidos atos com Peggy Lu fazendo sua Chen. Nem vou falar de gastarem um bom quinhão do orçamento para pagar o Andy Serkis, pois seu Knull é um mero enfeite cênico aqui, e sendo um dos vilões mais fortes do Universo Marvel dos quadrinhos, a Sony quis apenas usar ele para ter de vender mais caro para a Marvel.

Visualmente a trama entrega bons momentos com a desativação da Área 51 com ácido (que ao final foi bem sacado para o desfecho da trama), tivemos boas lutas entre o simbionte que conhecemos e vários outros nos atos finais, e também vemos uns bichões feios chamados xenófagas que trituram tudo que comem, além de termos cenas num cassino de Las Vegas, alguns atos no começo no México com uma briga contra donos de rinhas, um cavalo simbionte, peixe, sapo e tudo mais que o parasita se instala, formando atos de ação bem trabalhados, mas numa bagunça que não vai muito além. E quanto do 3D, usaram apenas para vender ingressos mais caros, tendo algumas perspectivas com a conversão feita, mas nada que impactasse realmente.

Enfim, é um filme meio que bagunçado demais que usaram para dar um bom desfecho para o personagem, deixando uma leve fagulha para se quiserem continuar, mas que de um modo geral fecha o ciclo ao final, que claro quem gosta do personagem vai acabar curtindo, mas sem sair vibrando com o resultado ou com as cenas pós-créditos (que não levam nada muito além), valendo esperar apenas pela boa trilha sonora que toca durante a subida das letrinhas. Sendo assim, fui esperando ver algo fraco e vi algo ainda mais fraco, que não me empolgou em momento algum, mesmo nos atos finais cheios de explosões e lutas, então não diria que recomendo ele. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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