1874 - O Nascimento do Impressionismo (1874: La Naissance de L'Impressionnisme)

11/11/2024 08:00:00 PM |

Hoje vou falar bem pouco do filme "1874 - O Nascimento do Impressionismo", pois ele é daqueles que funciona muito mais em uma aula de História da Arte, do que como cinema, sendo algo que vai mostrar como foi a primeira exposição coletiva dos pintores impressionistas, como eram seus trabalhos e concursos que não passavam, suas opções e por aí vai, em algo narrativo e bem cansativo, aonde tentaram colocar alguns atores como os pintores para dar algumas de suas falas mais marcantes, mas sem ir para lugar algum, ou seja, fiquei no final esperando receber a prova para falar alguns nomes de quadros e citar pintores famosos da época como se fosse um vestibular realmente, então para quem for professor de arte, esse é o filme que tem de ter debaixo do braço para mostrar para seus alunos, mas os demais, não é aqui que você irá se interessar pelo tema.

A sinopse nos conta que em 1874, Monet, Renoir, Degas e seus colegas organizaram sua primeira exposição coletiva de forma independente. Este documentário de ficção revive a história desses jovens pintores que se rebelaram contra o academismo de sua época, traçando o surgimento da revolução impressionista.

Diria que os diretores Julien Johan, Hugues Nancy fizeram um bom trabalho de pesquisa, conseguiram deixar os artistas bem parecidos com os verdadeiros pintores, e montaram uma aula completa de História da Arte sobre o Impressionismo, mas esqueceram de dar o conteúdo cinematográfico, pois o público que vai ao cinema não quer ouvir por 90 minutos a falação e "slides de PowerPoint" com os quadros, e assim sendo a trama pecou bastante nesse sentido.

Claro, que dentro da proposta ele cumpriu o papel que desejava mostrar, mostrando que pesquisaram bastante, conseguiram imagens em altíssimas qualidades para o projeto, e brincaram com a representação dos pintores fazendo suas artes no campo e nos seus estúdios, tudo de uma forma bucólica e bem cheia de palavreados bonitos de ouvir, mas precisavam lembrar que cinema não é apenas isso, e assim sendo faltou aquele algo a mais que prendesse o espectador, e não o fizesse dormir, pois me senti como se estive nas minhas aulas de educação artística aonde a professora não parava de falar mostrando quadros e mais quadros, pintores e mais pintores, e ao sair da aula já nem lembrava mais o que tinha visto, e sendo assim é um formato errado de se fazer.

Enfim, é um projeto que teve sua entrega, que muitos talvez vão gostar, mas que como disse no começo recomendo para os professores de arte usarem em suas aulas, e nada mais, pois passa longe de ser um filme como deveria para ser chamado assim. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas ainda verei mais um longa hoje do Festival Varilux, então abraços e até logo mais.

PS: A nota é pelo projeto em si, pelos quadros bonitos e pela tentativa em si de fazer ficção com os atores vestidos de pintores da época, mas só.


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