O longa conta a história de um arquiteto que quer reconstruir a cidade de Nova York como uma utopia após um desastre devastador. Cesar Catilina é esse inventor megalomaníaco e egocêntrico que imagina uma metrópole autossustentável que cresce organicamente com seus habitantes. Para dar prosseguimento a seus planos, porém, Cesar precisa navegar pelos interesses de figuras ricas, ambiciosas e corruptas, além de precisar convencer o prefeito de Nova Roma – nome da cidade em evidência – Franklyn Cicero de suas ideias.
Sei que o Francis Ford Coppola que todos amaram um dia já inexiste, pois não trabalha mais com a mesma vitalidade, nem tem mais o brilhantismo em seus textos, porém segundo ele mesmo disse, começou rascunhar o roteiro logo após as filmagens de "O Poderoso Chefão II", ou seja, estava com a cabeça fervendo de boas ideias, então o mínimo que esperávamos era uma história interessante que claro precisava de muita lapidação e ele sabendo que seu filme necessitava de muita tecnologia, esperou até poder ter tudo para fazer. Porém a ideia em si é absurda e maluca demais, de tal forma que em certos momentos do longa cheguei a pensar que o diretor estava querendo brincar com o cinema abstrato, algo que anda bem presente na mente de alguns diretores mais novos, mas não, a essência é tentar mostrar uma Nova Roma, cheia de imperadores malucos querendo o trono e/ou chamar mais atenção, mas que nada leva a lugar algum numa bagunça completa e estranha de ver.
Quanto das atuações, Adam Driver se esforçou para que seu Cesar fosse imponente e bem maluco, cheio de ideias e ideais, mas sem entregar muito na tela, ao ponto que poderia ser mais surtado para chamar ainda mais atenção. Giancarlo Esposito trabalhou seu Cicero como um político corrupto deve ser, sendo xingado pela maioria dos eleitores da cidade, reclamando de tudo e todos, e tendo claro seu adversário rondando por todas as formas possíveis. Shia Labeouf está irreconhecível com seu Clodio, e ainda deve estar procurando no roteiro o que era seu personagem. Jon Voight mostrou o famoso ricaço que todas as mulheres querem se casar por "amor". E falando nas mulheres Aubrey Plaza foi bem sedutora com sua Wow, mas sem mostrar a que veio. E assim sendo só vale dar o destaque para Nathalie Emmanuel que fez sua Julia ter conexões com todos os personagens da trama, dispondo de uma simpatia bem colocada e uma curiosidade que funciona, mas sem ir também muito além.
Visualmente o longa tenta parecer imponente, com um estilo de material criado e controlado pelo protagonista, que serviria para todo tipo de construção, inclusive sendo usado para refazer seu rosto após um incidente, vemos uma cidade meio que jogada às traças, suja, e conflituosa, meio como a Gothan do último filme do Batman, e muitas festas e ambientes políticos, de forma que a equipe de arte gastou bastante, porém sem ter efeitos chamativos que valesse a pena, ou seja, foi apenas gasto de orçamento mesmo.
Enfim, fico triste por ser uma obra jogada fora de um diretor renomado, que ainda por cima vendeu sua vinícola para investir o dinheiro na gravação, já que ninguém queria produzir essa loucura completa, e só ele não enxergou assim, ou seja, é melhor quem estiver afim de conferir o longa procurar algo melhor, pois vai ser apenas gasto de tempo e dinheiro. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
PS: como já disse outras vezes nem fiz a imagem de 0 coelhos, e dar 0 seria só para algo que não funcionasse nada na tela, e aqui a grandiosidade até tem um pouco de valia, então vamos de 1 e só.
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