O longa conta sobre uma ameaça sobrenatural desconhecida que domina o mundo exterior, deixando a segurança de uma mãe, June, e seus filhos gêmeos restrita à proteção de sua casa e ao vínculo inquebrantável da família. A mãe e seus filhos se mantêm ligados por cordas dentro de sua residência para protegerem-se do mal que assola o mundo lá fora. No entanto, quando um dos meninos começa a questionar a realidade do mal que os cercam, a frágil segurança da família começa a se desintegrar. A dúvida e o ceticismo provocam uma ruptura nos laços que mantêm a unidade familiar e desencadeiam uma luta desesperada pela sobrevivência.
É interessante ver que o diretor Alexandre Aja costuma trabalhar ótimos filmes de tensão, por exemplo o seu último "Oxigênio", e aqui ele tentou brincar com o desconhecido, com o abstrato mais densos, e até mesmo com a pegada de crenças, de modo que a trama até tem uma boa fluidez e consegue causar um certo estranhamento no miolo, porém conforme tudo vai se desenvolvendo, acaba faltando a explosão realmente, ao ponto que quando tudo está prestes a ruir, faltou o diretor botar a banca e causar realmente na tela, ao invés de optar por um fechamento duplo com possibilidade de continuação. Ou seja, ele acabou não entregando tudo o que poderia na tela, nem fez com que saíssemos da sessão pensando em mil possibilidades filosóficas, e assim sendo o resultado não foi muito além.
Um ponto bacana que venho gostando ao menos desse diretor, é que ele trabalha sempre com poucos atores, e aqui ele deu para Halle Berry com sua June, a responsabilidade de ficar estranha, porém com uma pegada que beirasse a loucura e a crença exagerada, ao ponto que ela consegue explodir e trazer muita segurança ao mesmo tempo que flui na tela, ou seja, talvez um pouco mais de cenas dela antes de ficar na casa, e um pouco mais de tensão em seus atos faria uma diferença imensa no resultado. Quanto aos dois garotinhos, Percy Daggs IV com seu Nolan e Anthony B. Jenkins com seu Samuel, ambos trabalharam bem e criaram desenvolturas chamativas para envolver e fazer com que o público não tirasse os olhos deles, de modo que tendo o segundo ato quase que inteiro para se expressarem, fizeram cenas marcantes, com Anthony tendo alguns trejeitos bem maldosos, principalmente na cena com a câmera que fecha o longa, enquanto vê o irmão no telhado da casa, ou seja, foram bem no que fizeram. Quanto aos demais, vale claro o destaque para Kathryn Kirkpatrick que faz uma senhora estranha de língua dupla que dá para ficar com medo, e se os parques quiserem usar ela como atração de terror vale a pena.
Visualmente a trama fica bem dentro da floresta, com muitos atos de correria entre as árvores, com os personagens amarrados por cordas imensas, vemos eles comendo de tudo desde cascas de árvores com mel até sapos crus, além de terem uma horta externa da casa, mas fechada num mini galpão que o inverno destruiu, e dentro da casa vemos algumas armas como facões e arcos, dentro de toda uma rusticidade bem interessante.
Enfim, é um filme que dava para ter ido mais além, mas que funciona dentro da proposta entregue, que como disse não faz muito o meu estilo de terror, porém sei que para muitos o resultado vai ser diferente, então acaba valendo a dica para conferirem. E é isso meus amigos, eu fico por aqui agora, mas ainda vou conferir mais um longa nesse sábado, então abraços e até mais tarde.
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