Baseado no musical homônimo da Broadway, o longa é o prelúdio da famosa história de Dorothy e do Mágico de Oz, onde conhecemos a história não contada da Bruxa Boa e da Bruxa Má do Oeste. Na trama, Elphaba é uma jovem do Reino de Oz, mas incompreendida por causa de sua pele verde incomum e por ainda não ter descoberto seu verdadeiro poder. Sua rotina é tranquila e pouco interessante, mas ao iniciar seus estudos na Universidade de Shiz, seu destino encontra Glinda, uma jovem popular e ambiciosa, nascida em berço de ouro, que só quer garantir seus privilégios e ainda não conhece sua verdadeira alma. As duas iniciam uma inesperada amizade; no entanto, suas diferenças, como o desejo de Glinda pela popularidade e poder, e a determinação de Elphaba em permanecer fiel a si mesma, entram no caminho, o que pode perpetuar no futuro de cada uma e em como as pessoas de Oz as enxergam.
O diretor Jon M. Chu já havia mostrado personalidade ao dirigir outra adaptação da Broadway no longa "Em Um Bairro de Nova York", mas também já tinha mostrado capacidade em outros excelentes filmes como "Podres de Ricos" e "Truque de Mestre - O Segundo Ato", então já sabemos que a qualidade da direção era algo que nem precisaria ir esperando falhar, porém como não conferi o musical nos teatros, tinha na mente a seguinte equação 160 minutos da parte 1 mais sabe lá quantos da parte 2, o diretor praticamente entregaria uma série nos cinemas, mas como já disse no começo ao conferir é notável que tinha muito pouca coisa para cortar, e que na segunda parte o bicho vai pegar, de modo que ao começar a cena já falei vai acabar agora, e encerra o primeiro filme com uma explosão cênica tão forte que bate uma tristeza imensa em saber que só em Novembro do ano que vem que irei ver o que acontece. Ou seja, é uma direção primorosa, épica e que não fez por menos de uma produção riquíssima de detalhes, de atos musicais e de um envolvimento perfeito entre atuação e desenvoltura de câmeras e ambientes, aonde tudo vai além, e o diretor não falha nem em uma vírgula.
Quanto das atuações, o longa é basicamente só das duas protagonistas, tendo outros bons personagens, algumas boas desenvolturas dentro dos atos, mas não conseguimos tirar o olho da tela nem o ouvido com as vozes de Cynthia Erivo com sua Elphaba e Ariana Grande com sua Galinda (que depois vira Glinda), de tal forma que ambas brilharam do começo ao fim, com Cynthia mais fechada, porém se jogando com muito mais trejeitos e expressividades, colocando não só a cor verde como algo marcante, mas de respeito e que cheia de uma sonoridade ímpar acaba fluindo para algo mais pensante, já Ariana foi quase uma Barbie rosa de nível máximo, com um quarto cheio de apetrechos da cor, mas dançando sem parar, jogando o cabelo esvoaçante para todos os lados, e botando banca com um ar misto entre a vilania e a bondade secundária, ou seja, brilharam em tudo o que fizeram na tela, fora os agudos nas vozes de ambas, que quem não se arrepiar não está ouvindo direito. Ainda tivemos bons atos com a sempre imponente Michelle Yeoh com sua Madame Morrible, trabalhando trejeitos fortes e dinâmicas duplas bem marcantes; Jeff Goldblum conseguiu passar sintonia e desenvoltura nos poucos atos de seu Mágico de Oz; e até Jonathan Bailey trabalhou bem em alguns momentos chamativos com seu Fiyero, tendo destaque nos atos musicais e de dança, mas todos bem em segundo plano aparecendo um pouco mais na tela, enquanto os demais foram praticamente figurantes de luxo.
Visualmente a trama foi grandiosa demais, ao ponto de não encherem os protagonistas de pontos coloridos e colocarem eles para gravar em telas verdes do começo ao fim, criando a vila, o castelo, a escola, o trem, plantando milhões de tulipas, tingindo a pobre da protagonista, fazendo vários efeitos práticos como realmente acontecem no musical da Broadway, ao ponto que tudo faz muito sentido na tela, não sendo algo abstrato que não leve o público para Oz, além claro de que os objetos cênicos acabam sendo bem importantes em diversos atos, e com isso a síntese da trama acaba bem desenvolvida. Quanto do 3D, podem ir conferir nas salas mais caras que vale cada centavo pago a mais, pois tem profundidade para todo quanto é lado, tem imersão, tem projeção para fora da tela, ou seja, realmente um filme pensado para a tecnologia. Ou seja, no quesito artístico vai brigar bem pelas premiações com toda certeza.
Sendo um musical, ao compartilhar aqui o link da trilha sonora saiba que você estará ouvindo quase que o filme inteiro, mas como as canções são tão imponentes, com agudos tão marcantes quis colocar aqui, mas vá ouvir e ver no cinema que valerá mais a pena.
Enfim, é um tremendo filmaço, imponente, com uma produção de fazer o queixo cair, com canções de arrepiar por completo, tudo isso colocado em uma trama que não cansa e ainda envolve, ou seja, valeria a nota máxima, mas por que raios eu não darei ela, pelo simples fato de mesmo tendo um bom começo de apresentação dos personagens e um miolo bem desenvolvido, teoricamente não temos um final bem fechado, afinal apenas acontece algo que funciona como um fechamento de capítulo, mas não um fechamento de filme (e como já disse isso diversas vezes, é algo que realmente sou chato), mas facilmente tiraria só meio ponto da nota, mas como não coloco notas quebradas, vamos de 9 coelhos, mas que recomendo demais todos que forem muito fãs de musicais, pois sairão da sessão apaixonados por tudo, e até mesmo quem não for totalmente fã, acabará gostando, pois é uma história que funciona bem de forma cantada, então fica a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...