A sinopse nos conta que após uma sangrenta luta de jiu-jitsu em Dubai, a lenda da luta Mickey Kelley cai para o superastro Blaine. Mas anos depois, um vídeo online prova que Blaine trapaceou, e o mundo exige uma revanche. O velho azarão pode voltar à forma a tempo de derrotar seu inimigo, se vingar e reivindicar seu prêmio?
Diria que o diretor e roteirista Alex Ranarivelo junto do protagonista Sean Patrick Flanery que é um adepto do jiu-jitsu compuseram uma trama tão bem dimensionada de uma lenda do esporte, sua vida de pais omissos e toda a dinâmica entre trabalhos e bicos sem lutar, que acabaram desenvolvendo um personagem quase tão real quanto muitos outros que vimos em biografias, e ele teve uma sensibilidade para conectar tanto a personalidade do protagonista como um grandioso lutador, quanto uma pessoa com um carisma para criar uma boa família na tela. Ou seja, sem usar um arco muito apelativo, e bebendo claro da fonte de muitos outros filmes do estilo, o resultado da direção foi sincera e comovente para que envolvêssemos e torcêssemos pelo personagem.
Quanto das atuações, Sean Patrick Flanery trabalhou seu Mickey Kelley com muita desenvoltura, tendo uma personalidade centrada bem encaixada na tela, e como um bom lutador também uma concentração nos movimentos para que o personagem fosse bem realista nos combates, além claro da paixão a primeira vista com uma pegada romantizada bem desenvolvida que não soou falsa na tela. Agora Maurice Compte literalmente brincou como um bom entrevistado, trabalhando o jeito de contar toda a história para a moça do jornal com detalhes íntegros e bem marcados, além de ser um grandioso amigo do protagonista com seu Rosco, ou melhor Taco, sempre disposto a receber ele para as diversas conversas pós-discussão com a esposa, sendo interessante de trejeitos e agradável dentro da proposta. Katrina Bowden caiu bem na tela como Layla, sendo sincera nos atos mais violentos, e mostrando uma paixão sem limites para com o protagonista, tendo carisma e personalidade para dar as devidas broncas e na sequência ir se reconciliar, ou seja, agradou com o que fez. Ainda tivemos bons atos de Costas Mandylor como um empresário grego que vivia em Dubai, Reno Wilson bem trabalhado como Pitt, um treinador de uma grande academia, e até o lutador brasileiro Edson Barboza caiu bem como um lutador desleal, e principal algoz do protagonista, ou seja, fez caronas e não jogou a toalha para nada.
Visualmente o longa trabalhou um pouco a casa dos Kelley, um casamento simples em uma oficina, e algumas academias, sendo uma de karatê e outras artes orientais, e outra de Pitt mais cheia de equipamentos para lutas de combate, algumas cenas no meio do deserto de Dubai com tendas para abrigar as devidas lutas fora dos grandes chamarizes, como algo que ficou muito bem sacado com a frase final de Rosco pelo motivo que nada disso foi contado mundo afora, que deu um bom fechamento para o longa. Quanto das lutas, muito sangue e boas pegadas no melhor estilo do MMA que conhecemos.
Enfim, é um longa interessante, com uma boa pegada e que entretém quem gosta de filmes de lutas com histórias, pois alguns é apenas a pancadaria sem ter algo para desenvolver, mas aqui tudo flui, e como disse, nos engana ao ponto de acharmos que realmente existiu um Mickey Kelley lutador. Sendo assim fica a boa dica para dar play nele no canal Adrenalina Pura já nessa segunda 13/01 que entra em cartaz por lá, ou locar ele em alguma plataforma de locação. Fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria, da California Filmes e do canal Adrenalina Pura pela cabine, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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