Amazon Prime Video - Meu Eu Do Futuro (My Old Ass)

1/07/2025 12:40:00 AM |

Muitas vezes quando saio caçando um longa para ver nos streamings me pego pensando o que esse que dei play me chamou mais atenção do que o outro que acabei deixando por lá, e que muitas vezes acabarei nem vendo ele com outros que vão chegando, tanto que o longa "Meu Eu Do Futuro" entrou em cartaz na Amazon Prime Video no dia 07 de novembro do ano passado, e desde então marquei para ficar na lista e nem pensava em dar play nele, até hoje ver que está indicado a dois prêmios no Critics Choice (Melhor Comédia e Melhor Ator Jovem) que irá acontecer no próximo domingo, e o resultado foi uma trama gostosa, leve, cheia de boas sacadas e lições, além de ter uma pegada emocionante pela essência em si, ou seja valeu muito o play. Então fica a dica, não é por ser um nome estranho que o longa vai ser estranho também, e que muitas vezes um filme perdido na lista pode salvar a noite de filmes, mas ainda assim vamos continuar aleatoriamente escolhendo sabe-se lá por quais motivos os filmes para dar play.

O longa nos conta que Elliott Labrant, uma jovem de espírito livre, está celebrando seu 18º aniversário quando uma viagem de cogumelos a coloca em uma situação surreal: ela se encontra com seu eu de 39 anos. A versão mais velha de Elliott a aconselha a não se apaixonar, alertando sobre as consequências desse sentimento no futuro. Inicialmente, Elliott acredita que pode ignorar o conselho e continuar sua vida normalmente. No entanto, ao conhecer o rapaz que sua versão mais velha mencionou, ela começa a questionar suas escolhas e o futuro que imaginava. As advertências de sua versão mais madura fazem com que ela repense tudo o que acreditava saber sobre amor, família e sua própria identidade. Em meio a um verão que se revela transformador, Elliott é forçada a reconsiderar seu caminho e as decisões que moldarão seu destino.

Se quase 3 anos atrás falei que a diretora e roteirista Megan Park iria melhorar ainda mais seu estilo, hoje vi que não estava errado e posso continuar acreditando que vai sempre escolher bons estilos para imprimir suas opiniões na tela, de modo que aqui ela foi bem ousada com um roteiro politicamente incorreto, cheio de traquejos que muitos irão julgar e reclamar, mas que no desenvolvimento geral acaba fluindo tão bem com as reviravoltas, que até acabam não incomodando, de modo que algo que parecia ir para algo mais explosivo se verte para situações romantizadas e brinca com ambas as facetas para que o longa jogue para o público a forma que deseja enxergar. Ou seja, o ar cômico não fica preso o tempo inteiro para algo cheio de esquetes como aparenta ser logo no começo, mas ao fluir de forma mais aberta, o resultado acaba divertindo com sutilezas bem encaixadas para algo a mais de se pensar, afinal se o seu eu do futuro viesse lhe dar alguns conselhos, você seguiria ou deixaria tudo rolar? E é bem isso que a diretora deixa claro na sua escolha técnica para seu filme.

Quanto das atuações, a jovem Maisy Stella fez uma brilhante estreia com sua Elliott, de modo que se jogou por completo, brincou com todas as facetas possíveis, beijou muito, se pegou e tudo mais com olhares e trejeitos tão convincentes que parecia estar ultra feliz com o que tinha de fazer em cena, tanto que está concorrendo ao Critics como Melhor Atriz Jovem, e mesmo que não ganhe, é um nome para ficarmos de olho futuramente, pois é bonita, tem talento e estilo, e isso se for bem aproveitado acaba melhorando ainda mais. Até achei que a diretora fosse utilizar mais Aubrey Plaza como a versão de 39 anos da protagonista, mas acabou aparecendo apenas em dois ou três momentos e depois utilizaram apenas sua voz ao telefone, de forma que até trabalhou alguns olhares e dinâmicas bem densas ao final que mostrou o motivo da atriz ser um dos grandes nomes da atuação atual. O jovem Percy Hynes White até foi bem gracioso com seu Chad, tendo uma conexão bem bacana com a protagonista, mas pareceu meio duro, como se tivesse tímido para a câmera, de tal forma que dá vontade de falar prele atacar, mas acredito que isso foi um ponto do personagem, senão teriam mudado o ator com toda certeza. Ainda tivemos outros personagens para dar conexão na história, porém sem grandes chamarizes, valendo apenas alguns envolvimentos de Maria Dizzia como a mãe da garota e Seth Isaac Johnson como o irmão dela, mas não tendo nada que impactasse realmente.

Visualmente a trama teve boas locações em uma cidade na beira de um rio/lago aonde as garotas ficam andando de barcos e parando em deques, indo acampar em uma ilha, usando algumas drogas e viajando com toda a loucura, tivemos atos bem encaixados, porém bem rápidos na plantação de cranberry do pai da garota, e mostrando também uma casa bem decorada, mas simples dentro do estilo, com destaque pela afixação do irmão menor por Saoirse Ronan.

Enfim, é uma trama que realmente não dei nada pelo pôster e pela sinopse, mas que ao dar uma chance de conferida acabei gostando até mais do que pensava, sendo um filme interessante, com uma proposta bem colocada e lições para refletirmos com toda a loucura do roteiro. Então fica a dica para conferirem, e eu fico por aqui hoje, mas amanhã venho com mais um longa que tem aparecido bastante nas premiações, então abraços e até logo mais.


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