Lobisomem (Wolf Man)

1/21/2025 01:26:00 AM |

Já tivemos tantos filmes com lobisomens que perdi as contas dos realmente bons que vi, mas dos que foram muito ruins o de hoje certamente ficará na minha memória, pois é lastimável o que tentaram fazer com o longa que estreou na última quinta-feira, de modo que essa versão de "Lobisomem" acaba sendo daquelas que você fica se perguntando o que realmente o diretor desejava fazer com a trama, pois fica a dúvida se ele queria humanizar o personagem, se ele queria colocar alguma lenda indígena do território de Ontário em pauta, ou se simplesmente nem ele aguenta mais tantos filmes dos homens-lobos que resolveu avacalhar de vez com tudo para ver se não fazem mais nenhum (e detalhe, ainda teremos nesse ano o novo "Invocação do Mal" que utilizará o tema!!). Ou seja, só não vou falar que será o pior filme do ano, pois ainda estamos só no vigésimo dia dele, e também por algumas ceninhas de ação serem bem colocadas, mas é até difícil pensar no que vou escrever aqui.

No longa conhecemos Blake, um marido e pai de São Francisco, que herda sua remota casa de infância na zona rural de Oregon depois que seu próprio pai desaparece e é dado como morto. Com seu casamento com sua poderosa esposa, Charlotte em ruínas, Blake convence Charlotte a fazer uma pausa na cidade e visitar a propriedade com sua filha, Ginger. Mas quando a família se aproxima da casa da fazenda na calada da noite, eles são atacados por um animal invisível e, em uma fuga desesperada, se escondem dentro de casa enquanto a criatura ronda o perímetro. À medida que a noite avança, porém, Blake começa a se comportar de maneira estranha, transformando-se em algo irreconhecível, e Charlotte será forçada a decidir se o terror dentro de sua casa é mais letal do que o perigo lá fora.

O diretor e roteirista Leigh Whannell gosta tanto de fazer longas de terror quanto de atuar nos dele e em vários outros, mas ao mesmo tempo que ele é esforçado para que suas obras tenham algum conteúdo extra na tela, ele acaba se primando da base mínima para que um filme de terror funcione, que é assustar ou causar algo no público que está conferindo, principalmente gerando uma tensão durante toda a exibição para que o longa não vire apenas algo jogado ali na tela, e aqui ele se perdeu em tantas coisas, como por exemplo uma relação familiar quebrada, porém fraquíssima que não convence na tela de forma alguma, personagens sem vontade de atuar em cena, cenários simples que não causam impacto na tela, e uma maquiagem que é mais nojenta do que assustadora, ou seja, uma bagunça que o diretor, como falei no começo, queria realmente destruir esse estilo de filme, pois não tem outra explicação.

Quanto das atuações, Christopher Abbott até tentou fazer um Blake interessante com o carinho que tinha com a filha, trabalhou alguns trejeitos bem duvidosos e intrigantes, porém assim que começa sua transformação, dá vontade de falar para o ator voltar para casa que beira algo que nem dá para dizer aqui, de tão ruim e fora de sentido, ou seja, foi bizarro. Julia Garner deveria ter outras propostas melhores que acabou recusando para fazer sua Charlotte, mas quando viu que seu empresário assinou o contrato foi trabalhar a contragosto, pois só assim para uma vencedora de tantos prêmios fazer tantos trejeitos sem vontade (ou melhor, ser inexpressiva) em um único papel, ou seja, nem dá para falar que ela atuou aqui. A jovem Matilda Firth tentou chamar atenção para sua Ginger, sendo expressiva e apavorada em algumas situações, mas não conseguiu sobrepor os personagens principais, e assim ficou bem em segundo plano. Quanto aos demais, nem dá para dizer que tentaram aparecer, então Benedict Hardie com seu Derek e Sam Jaeger como Grady no começo apenas deram trejeitos mais durões e não foram além.

Visualmente a trama começa com o jovem Blake ainda com seu pai em uma das primeiras caçadas na floresta, mostrando uma habilidade até que bem ousada com a espingarda, mas sem grandes nuances de ambiente, apenas uma casinha de fuga de caça, logo depois já vamos para o casal em um apartamento até que bem requintado, uma carta, e logo lá vão eles para a mesma floresta, com um caminhão gigante, que não dura nem 10 minutos em cena, uma destruição e lá vão eles correndo a pé para a casa toda escura, pouquíssimos detalhes de ambiente, um velho rádio que ninguém responde, um celeiro e uma tenda de plástico que aguenta, pasmem 3 pessoas em cima, um carro com uns 20 anos desligado, e uma maquiagem horrorosa, ou seja, o básico bem mal feito, com o lobo enxergando tudo em visões brilhantes, que ninguém saberá de onde o diretor tirou essa ideia!

Enfim, um longa bizarro, muito ruim, fraquinho demais de sustos, com uma cena bem mais ou menos que nos pega desprevenidos, e que não vale a pena gastar o ingresso, então guarde que esse mês ainda temos outras boas estreias para ver. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje bem desapontado de ter saído de casa para ver isso, enquanto poderia ter dado play em outro longa, mas não dá para deixar de ajudar os amigos a fugirem de bombas assim, então abraços e até logo mais.


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