O longa acompanha Franck numa missão para salvar a vida de sua esposa grávida após a mulher ser sequestrada por um grupo criminoso misterioso. Encontrar Léo e entregar o que os bandidos querem fará Franck reviver seu tempo como integrante de um grupo de elite chamado GIGN. No meio de uma trama política complexa e correndo contra o tempo, Franck precisa reunir suas habilidades para desvendar um escândalo que se conecta ao seu turbulento passado; uma conspiração que pode estar fora do seu controle e o obriga a confrontar forças que achou ter deixado para trás.
O diretor e roteirista Rodolphe Lauga já trabalhou em muitos longas de ação como diretor de fotografia e sabiamente trabalhou muito bem isso em seu longa, de modo que vemos cenas de ação intensas e câmeras com disposições bem diferentes do usual e algo até cheio de síntese para agradar, porém faltou melhorar um pouco sua história, e como disse no começo cortar um pouco da apresentação geral da trama, pois ao começar o filme já vemos tudo pronto para um desenrolar funcional, não precisando apresentar todo o quartel e afins, a não ser que o vilão fosse alguém ali de dentro (que por parecem o vilão e o ex-chefe do protagonista, pensei por alguns momentos essa possibilidade). Ou seja, algo que gosto nas tramas francesas que é deixar tudo muito subjetivo, aqui caiu em desuso, pois ele quase fez algo de tramas indianas que gostam de explicar até o motivo da cor da roupa, então faltou poder de síntese para sua obra.
Quanto das atuações, Guillaume Canet é daqueles que consegue entregar muita personalidade em diversos estilos, e o mais engraçado é que com pouca maquiagem e mudanças em seu cabelo consegue fazer papeis em épocas bem diferentes como é o caso do longa aqui, parecendo até ser dois atores nos atos, e seu Franck precisava de um ator com muita atitude, como é o seu caso, de modo que conseguiu segurar todo o envolvimento, pular e desenvolver muitas cenas de ação (que claro devem ter sido feitas por dublês, pois não é o estilo principal dele), mas que conseguiu convencer e agradar bastante com tudo na tela. Stéphane Caillard trabalhou sua Leo com um bom estilo, entregando atos bem imponentes de luta e chamando atenção nos atos com uma densidade mais calma do passado, de modo que talvez pudesse ter ido mais além em algumas entregas, mas segurou bem o que precisava para agradar. Nassim Lyes trabalhou seu Bem com imponência e desenvoltura, sendo um bom ponto de segurança para o amigo, e entregando atos chamativos para que seu personagem não ficasse tão em segundo plano, o que acabou mostrando personalidade e interação bem colocadas. O vilão Vanaken vivido por Johan Heldenbergh talvez merecesse um pouco mais de história, pois é um dos poucos que surgem do nada, meio que uma contratação sigilosa do governo que apenas vai pra luta, mas fez bons trejeitos e irritou na medida. Quanto aos demais tivemos boas conexões, mas nada que fosse tão necessário para o contexto completo do filme.
Visualmente o longa teve boas cenas em telhados, em plataformas e prédios, além de um belo voo de parapente já que o protagonista era líder de escaladas, vemos boas cenas policiais com muitos tiros e lutas, e também muita desenvoltura em algumas festas e eventos para representar bem toda a dinâmica da trama, ao ponto que o filme não teve muitas dinâmicas representativas dos ambientes em si, tendo apenas a chave como algo importante, que no final teve uma reviravolta interessante, mas poderiam ter trabalhado mais elementos para agradar mais.
Enfim, é um filme interessante, que tem pegada, mas que passa longe de ser uma obra de arte como muitos longas franceses, valendo como um passatempo bacana que agrada dentro da proposta, mas para quem não for conferir esperando muito dele, então fica a dica. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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