A sinopse também é bem simples e nos conta que a história de um oficial da Marinha que é julgado por motim após assumir o comando de um capitão de navio que, segundo ele, estava agindo de forma instável, colocando o navio e sua tripulação em perigo.
A maioria conheceu o diretor William Friedkin pelo longa "O Exorcista" de 1973, e claro seus diversos outros longas de terror bem imponentes e também algumas outras boas obras de ação, de tal forma que me surpreendi ao ver nos créditos que esse filme mais fechado era dele, e mais ainda que foi seu último longa filmado antes de sua morte em Outubro/2023, ou seja, ele soube trabalhar toda a densidade dos personagens nessa que foi sua adaptação no roteiro da peça de Herman Wouk, aonde já não tendo mais toda sua mobilidade conseguiu desenvolver bem o estilo de julgamento e preparar cada ator para que ampliasse aquele pequeno espaço com todas as histórias e questionamentos, mostrando que advogados atuam muito e sabendo como se portar para as testemunhas e para o júri, o resultado tende a mudar.
Quanto das atuações, Kiefer Sutherland deu seu nome para a produção, pois mesmo não sendo o protagonista do longa, conseguiu se sobressair de uma maneira tão primorosa, com trejeitos, traquejos e até TOCs para que seu Queeg fosse intenso e controverso, que num primeiro momento você até chega a acreditar nele, mas quando retorna como testemunha da defesa e o advogado o pressiona, o ator joga todas as câmeras para si, e explode. Jason Clarke também soube entregar um advogado de defesa primoroso para seu Greenwald, sabendo exatamente aonde desejava chegar e sem forçar as dinâmicas, sendo preciso e direto seja nas cenas dentro do tribunal, quanto na única cena fora do ambiente, aonde executa uma manobra muito melhor do que certamente qualquer piloto de sua patente. Monica Raymund trabalhou sua promotora Challee com muita direção e explosão, mas sentiu a tacada do advogado com muita força ao ponto de perder o controle, e isso é algo que não se deve demonstrar e a maioria desse ramo engana bem, então faltou um pouco de traquejo nesse sentido. Ainda tivemos muitos outros bons personagens em cena, mas o destaque fica claro para Lewis Pullman com seu Keefer pela desenvoltura da entrega nos atos finais, e claro pelo também Lance Reddick, que nos deixou em 2023, mas que aqui entregou um juiz de imponência e muita postura para receber tudo o que jogaram para ele.
Visualmente é um filme bem básico, afinal a trama se passa em um tribunal da corte marcial da Marinha, aonde só temos a bancada aonde estão os juízes e assistentes, de um lado o réu com seu advogado, do outro lado a promotoria, e no centro um tablado com uma poltrona aonde as testemunhas vão para falar, tendo até um fundo bonito e chamativo, todos com os devidos uniformes de patentes e tudo mais, e apenas no final uma festa simples com um bolo e vários soldados junto, ou seja, mais básico que isso só uma peça sem nada apenas com os personagens.
Enfim, não sei precisar a data de lançamento do longa, e por incrível que pareça vi a indicação em algum grupo que sigo (não vou lembrar o nome infelizmente para agradecer, já que sigo vários!) aonde mostraram vários filmes escondidos nas plataformas, e esse era um dos que não tinha visto e acabou sendo uma grata surpresa com a entrega, então não esperem muitas firulas na tela, mas que sendo bem básico funciona e agrada bastante quem curte o estilo de longas de julgamentos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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