A sinopse nos conta que levada por um furacão a um mundo mágico e desconhecido, Ellie decide seguir a estrada de tijolos amarelos rumo à Cidade Esmeralda, onde acredita que o poderoso Mágico poderá ajudá-la a voltar para casa. No caminho, ela encontra grandes amigos: o Espantalho, que sonha em ter um cérebro; o Homem de Lata, que deseja um coração; e o Leão Covarde, que busca coragem. Juntos, eles enfrentam desafios em uma história encantadora que celebra a amizade, a coragem e a força dos sonhos.
O diretor Igor Voloshin foi muito esperto na dinâmica encontrada para desenvolver seu filme, pois num primeiro momento você fica se perguntando o motivo de dividir um livro em várias partes, mas mesmo tendo duas horas de duração, não se vê grandes espaços para cortes, ou seja, ele conseguiu contar bem todo o caminho que a jovem fez desde que chegou ao mundo de Oz pelo furacão (matando a feiticeira que invocou o efeito climático com seu trailer) até chegar na entrada da cidade das Esmeraldas, conhecendo seus improváveis amigos e fugindo das artimanhas criadas pela Bruxa Bastinda que deseja ter os sapatinhos que a garota está utilizando, passando com tudo bem montado, deixando lições pelo caminho e sem correrias funcionando na tela. Ou seja, vemos um filme contido que funciona, que apertando bem ficaria talvez com 100 minutos, mas que proporciona uma boa diversão e tensão, afinal o estilo russo de cinema não permite coisas muito bonitinhas, mas sim tons mais escuros, situações mais densas, e até mesmo os personagens mais bobinhos tem um quê meio aterrorizante de forma secundária (a história de como o homem de lata virou de humano para lata é bem forte, mas soou "fofa").
Para falar das atuações, já deixo a minha principal reclamação dos longas russos, que são as dublagens, pois muitas vezes são vozes que não combinam com os personagens, ou então destoam o tom na tela, mas dito isso, a jovem garotinha Ekaterina Chervova trabalhou bem sua Ellie, sabendo segurar a trama com olhares e dinâmicas bem expansivas, clássicas de uma criança realmente vivendo tudo e não sendo apenas um "robô" na tela. O trio Evgeniy Chumak como Espantalho, Artur Vakha como o Leão Covarde e Yuri Kolokolnikov como o Homem de Lata foram bem dinâmicos e entregaram muita personalidade nos papeis, contando suas histórias e desenvolturas de como ficaram assim, e junto com a garotinha tiveram uma boa química e entrega. A bruxa vivida por Svetlana Khodchenkova acabou ficando um pouco exagerada demais, mas acredito que seja do papel, então o resultado funcionou ao menos. Já os demais, é melhor deixar quieto, pois ficaram estranhos de ver na tela.
Visualmente a trama teve muita computação, mas também cenários belíssimos e uma mistura intensa e até estranha na tela, aonde vemos um ar mais sombrio do que estamos acostumados, aonde nem tudo é tão colorido e chamativo, mas os personagens acabam tendo boas dinâmicas com os vários objetos cênicos pelo caminho, e o resultado acaba tendo um estilo bem alocado para mostrar as várias partes do reino e todo o caminho que a jovem irá percorrer já no livro na tela, e assim tudo tem um bom encaixe e agrada.
Enfim, como falei no começo fui conferir o longa sem esperar nada, ou melhor esperando pelo pior, pois os filmes russos que andam aparecendo por aqui não andam sendo tão interessantes ou agradáveis, mas nesse caso a trama funcionou bem, o visual agradou, e a história convenceu na tela, então fica a recomendação dele para toda a família, embora não seja uma trama tão infantil quanto parece, mas acredito que os não tão pequeninos irão curtir, e agora é esperar as demais partes, pois a segunda aparentemente ainda nem começou a ser gravada, ou seja, vamos ter de aguardar. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria e a Imagem Filmes pela cabine online, e volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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