O longa nos situa na Inglaterra, em 1941, aonde as irmãs Thomasina e Martha criaram uma máquina que pode interceptar transmissões do futuro. Esse aparelho encantador permite que elas explorem seu punk interior uma geração antes de o movimento começar a existir. Mas, com a escalada da Segunda Guerra Mundial, as irmãs decidem usar a máquina como uma arma de inteligência, com consequências que alteram o mundo.
Diria que o diretor e roteirista Andrew Legge foi bem conciso na ideia que desejava mostrar em sua estreia com longas metragens, de modo que fez algo não muito alongado, mas que coubesse toda a dinâmica da proposta de futuro e passado se misturarem na tela e mudar coisas com uma proporção gigantesca. Ou seja, ele quis brincar com o tempo, e mais do que isso quis fazer um famoso found-footage (ou filme que é encontrado para leigos) mas não apenas pintando de preto e branco as imagens e/ou colocando grãos de saturação, mas sim filmando com uma câmera do pós-guerra, ou seja, fico até com dó do editor no final de tudo, pois certamente devem ter chego cinco toneladas de pequenos rolos para ele editar, colorir e trabalhar, mas visualmente o resultado impressiona pela técnica e pelo resultado final, que encaixa bem a história toda no tempo, e principalmente funciona com a ideia de final bem alocada, mostrando que o diretor tem futuro com suas loucuras.
Um fator bem marcante aqui, é que a história e a execução dela é muito maior do que as atuações, tanto que se tivessem colocado qualquer ator desconhecido do meio não mudaria absolutamente nada na tela, mas Emma Appleton com sua Thomasina e Stefanie Martini com sua Martha foram bem dinâmicas, fizeram bons trejeitos nos atos mais marcantes, e principalmente desenvolveram um carisma acima da época, brincaram com canções que ainda não existiam e conseguiram passar uma crença correta no que estavam fazendo que é o básico em filmes desse estilo, ou seja, agradaram com o que fizeram. Quanto aos demais, vale apenas um leve destaque para Rory Fleck Byrne com seu Sebastian Holloway pela interação bem conectada com as garotas, e Aaron Monaghan com seu Henry Cobcroft, mas sem grandes chamarizes também.
Visualmente, vou pesar um pouco o diretor, pois ao escolher trabalhar com uma câmera muito antiga, tudo o que fizeram de cenografia foi em vão, pois não aparece quase que detalhe algum na tela, ficando aparecendo apenas a máquina criada pelas garotas, e elas ao redor, tendo muitas imagens de arquivos bem pesquisadas para aparecer na telinha da máquina, e alguns acontecimentos de guerra em alguns atos mais abertos, mas sem muito o que destacar, ou seja, o orçamento inteiro foi para a revelação e coloração do filme antigo, aonde deu uma textura bacana, mas dava para fazer isso melhor com computação para valorizar mais o ambiente.
Enfim, é um bom filme, com uma sacada interessante que funciona muito bem dentro da proposta, mas que torçam para que ele entre em boas salas dos cinemas, pois o filme é bem escuro, e se a projeção não tiver um bom brilho é capaz de não conseguir ver muitos detalhes, mas crendo na ideia completa o resultado vai agradar bastante, valendo a recomendação. E é isso meus amigos, fico por aqui agora agradecendo os amigos da Pandora Filmes e da Sinny Assessoria pela cabine de imprensa, e volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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