O longa apresenta a trama que se passa em 1983, onde uma série de crimes violentos, incluindo assaltos a bancos, operações de falsificação e roubos de carros blindados, aterrorizou o noroeste do Pacífico. Enquanto os agentes da lei buscavam respostas, um agente do FBI em Coeur d'Alene, Idaho, suspeitou que os crimes eram obra de um grupo de terroristas domésticos, não de criminosos comuns, aonde o grupo supremacista branco liderado por um líder carismático, planejando uma guerra contra o governo federal dos EUA.
Diria que o diretor Justin Kurzel soube desenvolver bem a história do livro de Kevin Flynn e Gary Gerhardt, usando o estilo policial sem se aprofundar tanto nos personagens, o que talvez valesse um pouco mais, pois algumas situações acabam ficando jogadas (como por exemplo o que rolou com a família do policial, ou a história da babá que ele conta seria a da família?), mas tirando esse detalhe, a entrega cênica foi bem precisa por parte da direção, mostrando o que algumas seitas são capazes, e que quando mais carismático o líder, mais pessoas tendem a seguí-lo, e isso é um perigo gigantesco, pois ideologias podem não estar presentes logo de cara, e tudo desandar para rumos sem limites. Claro que o diretor apenas demonstrou no final que o mesmo livrinho "infantil" foi usado nas últimas invasões e crimes nos EUA, mas a pegada fica muito clara em ser lançada agora que estamos vendo algo muito semelhante acontecer com um líder global, e sendo assim não quiseram atacar tanto, deixando apenas subjetivo.
Quanto das atuações, Jude Law é daqueles atores que entregam muito em seus papeis, fazendo trejeitos e jogando os diálogos para bem longe deles, ao ponto que você acaba se conectando demais com tudo o que vê na tela ao seu redor, e aqui seu Terry é amplo no sentido de saber conduzir uma investigação, mas explosivo demais para se controlar, de tal forma que ficamos esperando algo muito maior do que ele apenas está mostrando, e talvez isso tenha sido algo falho de ver na tela, ou seja, ele fez seu papel ficar muito maior do que deveria, e isso fez com que o filme não fosse muito além, o que é uma pena, pois sabemos do potencial do ator, e ele faria muito mais se lhe deixassem. Já Tye Sheridan meio que na primeira cena mostrou que seu Jamie seria importante em cena, quase que pulando da mesa dos policiais para falar para o protagonista: "eu estou aqui, vamos lá!", e o mais engraçado de ver no ator é que sua personalidade é muito limpa para um policial ousado que foi colocado na tela, parecendo sempre estar tão calmo que até seu ato explosivo acaba sendo calmo, ou seja faltou imposição e presença para chamar mais atenção. Falando do lado dos bandidos, é claro que os olhões azuis de Nicholas Hoult podem ser vistos como alguém que você deve seguir, e isso faz com que muitos tenham suas vidas mudadas pela ideologia maluca de Bob Mathews, e o ator é convincente em seus atos, tem estilo e personalidade, e sabe segurar toda a dramaticidade do papel, que claro também poderia ser melhor desenvolvido, mas faltou isso no roteiro e na direção, de forma que o ator não pode fazer nada.
Visualmente o longa tem uma boa cenografia, mostrando um pouco das pequenas cidades da época, com assaltos e explosões em cinemas e lojas para distração enquanto roubavam bancos, vemos figurinos bem colocados, casas simples e igrejas da seita supremacista, com bandeiras nazistas e americanas misturadas, muito armamento e mensagens racistas, ou seja, tudo muito elaborado para chamar atenção na tela, além de carros e tudo mais sendo bem representativo.
Enfim, é um filme bem interessante pela proposta e pelo desenvolvimento na tela, além claro da reflexão em cima do que aconteceu, e como isso pode voltar a acontecer no atual momento, então fica como sendo uma boa dica de drama em cima de um fato, mas como disse dava para ter sido melhor desenvolvido com os personagens, e assim sendo veja sem esperar muito desembaraço na tela. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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