A sinopse nos conta que após se encontrar com o recém-eleito presidente dos EUA, Thaddeus Ross, Sam se vê no meio de um incidente internacional. Ele deve descobrir o motivo por trás de uma conspiração global nefasta antes que o verdadeiro gênio faça o mundo inteiro ser dominado pelo vermelho.
Diria que o diretor e roteirista Julius Onah pegou uma trama que precisava de um desenvolvimento muito maior do que o entregue e fez até milagre, pois como já venho dizendo e sempre reclamo, um filme tem de funcionar 100% na sala do cinema, podendo ter referências a outros longas, séries, HQs ou qualquer outra coisa, mas deve ter um começo, um meio e um final durante sua duração seja ela qual for de 70 minutos que já é considerado longa lá nos EUA até o quanto ele quiser, afinal teremos ainda nesse ano algo com pasmem 270 minutos de tela que está concorrendo ao Oscar, então o diretor até tentou salvar o que tinha, criando alguns momentos icônicos e duas boas cenas de lutas (aliás, valeria ter mais, pois foi aonde o 3D funcionou, a história ficou boa e agradaria muito mais), mas nada do que acontece nesses 120 minutos de tela pareceram ser dali, e sim apenas algo estendido da série da Disney+. Ou seja, é um filme que você não vai se conectar com o personagem ali na tela, não vai torcer por ele, e acabará a sessão e ficará esperando quando ele voltar se algo vai ser interessante, e isso é culpa do roteiro, e claro da opção da companhia de vender mil séries dos personagens.
Quanto das atuações, Anthony Mackie até tem uma certa simpatia para com seu Sam Wilson/Capitão América, mas parecia estar sempre acelerado demais nos seus atos, não tendo um carisma próprio para que o público gostasse do que estava fazendo na tela, meio que sentindo o peso da obrigação ainda do escudo, e claro sendo político demais em suas conversas, ou seja, faltou se soltar mais para que o filme fosse realmente seu. Harrison Ford já fez de tudo nas telonas, mas faltava ainda ser colocado numa trama de heróis e vilões de HQ, ao ponto que seu presidente Thaddeus Ross até tem uma boa entrega meio que afobada por tudo o que acontece na trama, mas seu Hulk vermelho (que claro sabemos que não foi ele ali) foi bem expressivo, e as lutas imponentes no final valeriam muito mais tempo de tela, pois o personagem em si é interessante, mas não foi além. O mais engraçado de ver Tim Blake Nelson esverdeado com seu Samuel Sterns é que não usou praticamente muitas próteses faciais, ficando meio que ele apenas pintado, e o ator deu um tom bem vilanesco, com frases mais marcadas e chamativas, conseguindo segurar bem o papel nos atos que apareceu, mas volto a frisar o mesmo que estou até repetitivo, faltou desenvolver o personagem na tela, e isso acabou pecando um pouco. Quanto aos demais, acredito que tenham desenvolvido bem mais Danny Ramirez na série, pois aqui ficou um bonachão cheio de sacadinhas e até tendo uma boa entrega para seu Joaquin Torres ou novo-Falcão, e até que dentro do filme teve bons momentos para chamar a atenção, então veremos o que vai rolar mais para frente; e da mesma forma Carl Lumbly acabou meio que jogado aqui com seu Isaiah Bradley, também proveniente da série, mas fez trejeitos fortes e até chamou atenção com o que fez; agora a pequenina Shira Haas não me convenceu como um mini-projeto de Viúva Negra para com sua Ruth, sendo algo até meio estranho de impor como uma segurança de presidente.
Visualmente volto a frisar que o longa tem algumas boas cenas de lutas, já começando de forma intensa com escudo voando para todo lado acertando diversos capangas, muita luta de mãos, depois tivemos muitos atos com voos dos personagens lutando contra mísseis japoneses, e antes de tudo um bom comício de triunfo, que talvez poderia ser melhor explicado o motivo de tanto vidro sempre protegendo as declarações do presidente (talvez tenha na série!), e claro depois quando o presidente vira o Hulk vermelho lutando e destruindo a Casa Branca e todas as ruas ao seu entorno ficou bem interessante, cheio de elementos bem colocados na tela. Quanto ao 3D do longa, nos atos de luta tivemos muito do escudo saindo para fora da tela, tivemos muita perspectiva de personagem, meio com uma certa lateralidade para que alguém estivesse do nosso lado conversando, mas isso incomodou um pouco com as legendas ficando opacas e até atrapalhando, mas de um certo modo diria que usaram bem a tecnologia nas cenas, não tendo no longa inteiro, mas sendo ao menos funcional.
Enfim, fui conferir sabendo que me incomodaria demais ver algo quase que totalmente derivado da série que não assisti, mas esperava ao menos um desenvolvimento na tela e não um episódio extra de 2 horas da série, então não posso dizer que recomendo ele, mas diria que os fãs irão olhar de outra forma para o longa, e assim talvez faça alguma boa bilheteria. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
PS: A nota ainda foi mediana, pois as cenas de lutas me entreteram, e o 3D ficou legal ao menos de ver, mas a história, dispensável.
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