O longa nos conta que assombrado por traumas de infância, Nathan Williams vive preso em um ciclo de escuridão e autodestruição. Após ser preso, ele encontra uma inesperada mão estendida e disposta a ajudá-lo: seu professor de teatro, Sr. Deen, que paga sua fiança e o acolhe. Determinado a resgatar Nathan de seus próprios demônios, o Sr. Deen descobre segredos devastadores que ameaçam consumir o jovem por completo. O que começa como um ato de bondade transforma-se em uma batalha desesperada para salvar Nathan de seu passado e de si mesmo. Enquanto Nathan afunda cada vez mais no desespero, o Sr. Deen precisa enfrentar seus próprios limites, questionando até onde está disposto a ir para proteger alguém à beira de perder tudo.
É até estranho pensar que um roteiro tão simples demorou 11 anos para conseguir o devido apoio para sair do papel e ser filmado pelo diretor e roteirista Damian Harris, e mais dois anos para ser lançado oficialmente depois de ter sido apresentado em Cannes em 2023, mas é a vida de quem vive para o cinema, e felizmente ele não precisou aceitar exageros tradicionais da companhia para que seu filme fosse bem alocado na tela, pois certamente cairia para alguns vértices não tão bons. Claro que ele forçou um pouco a barra com o estilo de entrega de ambos os protagonistas, mas certamente já vimos muitas pessoas perturbadas por traumas passados em suas vidas, e as dinâmicas ao menos convencem na tela. Talvez se o longa tivesse um vértice menos comum, o resultado fluiria e chamaria mais atenção, pois já vimos muitos filmes com essa mesma história, mas é sempre bom ver boas pessoas que tentam melhorar a vida de outras, então a moral do longa sempre é bem renovada, e o diretor soube fazer a cartilha perfeita na tela.
Quanto das atuações, a base principal ficou a cargo de Nicholas Hamilton que trabalhou bem um estilo meio que badboy com seu Nathan, criou trejeitos por vezes sofridos e outros mais agitados, e até tendo momentos desligados por completo quase como se viajasse para o passado e congelasse, e sua entrega até chega a ser convincente em alguns atos, mas faltou um pouco mais de estilo para sair do comum. Já Jared Harris acabou exagerando um pouco demais no seu Sr. Deen, pois até conhecemos algumas pessoas muito boas que lutam para salvar algumas outras pessoas problemáticas, mas aqui o homem foi quase um santo ao crer em tudo o que via no jovem, e foi doce demais com toda a entrega, de modo que até pode ser que o verdadeiro Stan tenha sido assim, mas forçaram um pouco na homenagem. Quanto aos demais, não temos tanto o que destacar nas devidas entregas cênicas, parecendo que não quiseram desenvolver ninguém além dos protagonistas, e isso é um grandioso risco que resolveram correr.
Visualmente a trama é bem tradicional, com um colégio aonde vemos mais as aulas de teatro, a casa do Sr. Deen bem antiga e também bem casual, o carro aonde o jovem morava, as plantações beirando as estradas, e claro o passado do jovem com sua mãe em uma casa também bem simples e do campo, não tendo grandes elos e elementos para ir além na tela.
Enfim, como disse é o tradicional filme simples que assistimos sem esperar muito e que acaba sendo leve e bem feito, aonde talvez pudessem ter ido mais além, mas que sairia da essência que o diretor desejava mostrar da vida real do rapaz e do seu professor, então acaba sendo uma dica bem casual para uma tarde descontraída na TV, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até logo mais.
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