A sinopse nos conta que os mensageiros incas (Chasquis), eram rápidos, fortes e apenas homens... até Kayara. Uma jovem linda e atlética de 16 anos, Kayara está destinada a ser a primeira mulher a entrar na liga exclusiva dos Chasquis. Quando se depara com sua primeira oportunidade de competir na Corrida dos Mensageiros na frente do Imperador Inca, ela se veste como um homem. Quando sua verdadeira identidade é revelada e ela está prestes a ser punida, o jovem príncipe, Paullu, a aplaude. Ela tem sucesso em todas as missões para ser uma Chasqui e descobre as histórias antigas de sua terra e seu povo.
O problema da edição ficou bem claro ao dar uma pesquisada sobre os diretores e roteiristas que são estreantes na função, ao menos em longas, e o mais engraçado é que parecia que eu já tinha visto esse filme em algum outro lugar pela semelhança de personagens, mas agora vi que alguns dos roteiristas são os mesmos de "Ainbo - A Guerreira da Amazônia", ou seja, copiaram muita coisa do outro filme. Mas vamos focar somente nesse, e aí é que entra o problema, pois não diria que faltou noção de técnica, nem mesmo desenvolvimento de personagens, mas sim que chegaram neles e falaram que precisariam reduzir seu filme de duas horas ou mais para 90 minutos cravados, e assim saíram cortando sem nem pensar em nada, o que acabou ficando coisas soltas e sem fechamentos, principalmente o fechamento mesmo do longa, ou seja, espero que algum dia soltem o material original completo, pois até que a história é graciosa e bem colocada, merecendo ser mostrada por completo.
Já que falei de desenvolvimento de personagens, que é algo que ficou bem feito, de modo que a garotinha Kayara é audaciosa, tem um bom estilo e desenvoltura, foi bem dublada e envolve o público com suas facetas nem tão bobinhas, e assim agrada com o que faz em cena, claro já muito esperado pelo estilo girl power tradicional, mas faltou ir mais além para chamar ainda mais atenção no final. O imperador Paullu até foi bem colocado como um bom amigo da garota, mas faltou um pouco de atitude em muitos atos, e o que acontece com ele foi anunciado bem antes na tela, meio que sacado de ver acontecer. O conselheiro do imperador Villa Oma até entrega sua maldade com trejeitos fortes, mas diria que cortaram cenas demais do personagem, de modo que do nada coisas acontecem, e isso acaba pesando na tela. O mesmo aconteceu com o pai da garotinha, que achei até que tivesse morrido por praticamente desaparecer da tela em uma boa parte da trama, mas em compensação o porquinho da índia (aliás na época dos incas já se falava em Índia? E tinham porquinhos?) aparece o longa inteiro e acaba sendo até importante em vários momentos, ou seja, abusaram da fofura do bichinho.
Visualmente o longa é muito bonito, com paisagens bem desenhadas, mostrando um pouco da cultura inca de ter sua linguagem através de nós, mostrando uma certa hierarquia entre as pessoas e competições bem encaixadas, além claro de colocar também suas diversas regiões no mapa, com montanhas, plantações, florestas e tudo mais, com traços não tão puxados para o lado 3D, mas com formas bem encaixadas que acabam agradando na tela.
Enfim, é uma animação bem feita de técnicas e visualmente bonita, com personagens bem colocados e com uma boa dose cômica, que facilmente poderia ter ido muito mais além, mas que falhou consideravelmente na edição e o resultado final acabou mais decepcionando que agradando, não sendo algo que valha recomendar. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até breve.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...