O longa nos conta que Murtagh é um ex-gângster que, após descobrir uma doença terminal, decide tentar reconstruir sua vida longe do crime. Mas essa decisão tem um preço alto: antigos aliados e novos inimigos não estão prontos para deixá-lo ir sem um último acerto de contas. Em uma corrida contra o tempo, ele precisará enfrentar seu passado violento enquanto luta para proteger o que ainda resta de seu futuro.
O diretor norueguês Hans Petter Moland já tinha trabalhado com o ator em "Vingança a Sangue Frio" cinco anos atrás, e não foi muito feliz a entrega na tela, pois tudo acabou virando uma bagunça completa, porém aqui ele melhorou bem seu estilo e conseguiu desenvolver algo mais centrado, porém diria que ele pesou muito mais a dramaticidade do que a ação, e isso talvez não agrade tanto os fãs do ator, mas como bem sabemos o ator já está bem velho, não tendo mais tanta disposição para tramas de pancadaria, e aqui talvez o diretor quisesse mostrar uma forma de "aposentadoria" dele dos longas mais imponentes. Ou seja, o filme tem uma certa intensidade cênica, mas o diretor optou por algo mais leve e dramático, que tem seu peso na tela, porém dava para explorar um pouco mais essa passagem como nos atos mais duros da trama.
Quanto das atuações, Liam Neeson já havia dito que gostaria de fazer menos filmes de ação para que não precisasse tanto de dublês, e que trabalharia mais um ar dramático do que de pancadaria, porém essa transição no meio do caminho não é algo bacana de ver ele fazendo, principalmente como aqui no caso de seu Murtagh, que chega a ser triste de ver ele perdendo a memória e fazendo situações agressivas sem um rumo melhor, ou seja, ficou parecendo que estava lutando contra sua própria vontade, e isso pesou no resultado do filme. Yolonda Ross trabalhou bem a mulher que vai viver com o protagonista, e acredito que até o diretor teve problemas na memória e apenas a nomeou como Mulher nos créditos, ou seja, toda a intensidade dos olhares da atriz se resumiram a nem ser bem nomeada na tela. Ainda tivemos Ron Pearlman e Daniel Diemer como pai e filho comandantes das operações criminosas da cidade, mas sem grandes traquejos que fizessem eles terem algo para chamar atenção na tela, e Frankie Shaw junto de Terrence Pulliam como a filha e o neto do protagonista que valeriam ter um pouco mais de desenvolvimento na tela para ganhar mais ambientação, mas não era essa a ideia do diretor.
Visualmente o longa tem alguns bons atos em um apartamento bem vazio do protagonista, com o básico do básico, mas as cenas com efeito da água subindo em seus sonhos e ele estando a pescar com seu pai foram bem interessantes, mesmo que metaforicamente, tivemos a casa periférica da filha e do neto, e também a da mulher que ele vai passar alguns momentos, além de muitas cenas nas ruas com o carrão dele e claro o prostíbulo dos mexicanos bem organizado e totalmente disfarçado na tela, ou seja, muitos ambientes, bebidas, e símbolos para representar o conflito de memória do protagonista que vai num hospital tão chique de vidro que até parece algo fora do longa.
Enfim, é um longa com uma proposta interessante, mas que não foi tão bem desenvolvida na tela, de modo que serve como um bom passatempo, mas que poderiam ter trabalhado mais para um lado ou outro (drama versus ação policial), pois o meio do caminho é algo que nunca vai agradar quem for conferir uma trama. Sendo assim fica a dica para quem gosta desse estilo conferir o longa semana que vem, e eu fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da Imagem Filmes e da Sinny Assessoria por mais uma ótima cabine, então abraços e até logo mais.
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