O longa acompanha Antoine Cerda em sua mudança da Brigada de Investigações e Intervenções para a Brigada Anti-Crime após as mortes e desaparecimento de seus colegas de trabalho. Curioso com o mistério envolvendo os crimes ocorridos em menos de 24 horas, o oficial da polícia francesa toma a decisão de averiguar sozinho todas as pistas envolvidas no caso. Com isso, ele entra em uma terrível guerra policial, sendo capaz de descobrir um conflito interno na segurança da cidade.
Diria que o diretor e roteirista Olivier Marchal soube usar bem o livro de Michel Tourscher para que sua obra ficasse dinâmica e com bons desenvolvimentos na tela, de modo que certamente tinha muito mais para colocar na trama, mas ele optou por segurar a trama sem ficar fazendo muitas apresentações e interações, o que talvez numa série policial maior acabaria tendo um resultado maior, mas com o tempo de tela contado, o que fez foi funcional e bem entregue para que cada momento focasse mais no protagonista e na sua dinâmica de ir em busca de verdades. Claro que dessa forma também o diretor acabou deixando todos os demais meio que turvos na trama, pois por vezes aparecem do nada, conversam muito e saem de cena sem nem sabermos quem é, mas aí volto a frisar que o filme acabaria virando uma série, e o que acabou faltando foi polir melhor o roteiro para que nem precisassem de tantos outros personagens na tela.
Quanto das atuações, como falei acima um feito bem colocado do diretor foi dar a Victor Belmondo a liberdade dinâmica para que seu Antoine se impusesse de uma maneira fácil nos diversos meios, pois o ator não teve um carisma ou traquejos que fizesse o público se conectar com o que entrega, mas como o filme o leva a experimentar diversos tipos de cenas, desde lutas, perseguições, tiros e investigações, o resultado dele acaba ficando maior, e agrada com a pedida da trama. Juliette Dol trabalhou sua Hanna com alguns atos mais dispersos, aparecendo e desaparecendo conforme o protagonista precisava dela, mas conseguiu ser despojada dentro do ambiente cênico e com isso agradar com o que fez. Dentre os demais, o que acabou se destacando um pouco mais foi Tewfik Jallab com seu Sami e Yvan Attal com seu Charles, mas sem grandes momentos marcantes realmente, pois faltou um desenvolvimento maior para que todos pudessem participar mais, mas com isso também precisaria de tempo, o que a equipe não tinha na tela.
Visualmente o longa tem até uma boa pegada com boas perseguições em carros e motos, mortes bem próximas com tiros para ninguém reclamar de não voar sangue pelas cabeças, boas lutas e ringues clandestinos, e até mesmo os atos policiais ficaram dentro de um padrão de detalhes bem montado, que talvez pudessem ser mais representativos, mas não incomodam com o que colocaram na tela.
Enfim, é um filme que traz um bom passatempo na tela, que funciona bem dentro da proposta e tem uma boa entrega, mas que não joga muito além para o público por precisar de muitos personagens e eles não serem desenvolvidos na tela, e sendo assim o resultado acaba sendo um mediano um pouco melhorado, que até vale uma leve recomendação. E é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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