A trama gira em torno de Bárbara, uma mãe que viaja até a Índia com seu marido Andrés, e a sua família em busca de um novo tratamento para seu filho, Lucca, seu primogênito que sofre com paralisia cerebral. Chegando no país, Bárbara coloca a vida de seu filho nas mãos de Rajah Kumar, um médico e cientista que vai transformar a vida da família. Através de uma terapia futurista e inovadora chamada Cytotron, o doutor Kumar é capaz de apoiar Lucca, seguindo assim a sua promessa que fez desde o princípio: apoiar o garoto, mesmo que isso significasse ir para o fim.
Posso dizer que a diretora e roteirista Mariana Chenillo conseguiu extrair muitas coisas do livro de Bárbara Anderson, e também aproveitou bastante os vídeos que a mãe do garoto fez durante o tratamento e a jornada evolutiva do garoto, pois vemos a presença externa funcionando demais dentro do contexto, e claro o celular está lá meio que documentando tudo, claro que por ela ser uma jornalista teve muitas ideias e conexões, e claro isso ajudou, mas o filme se aprofunda ao invés de ser raso como muitas vezes vemos, e isso ao mesmo tempo que mostra uma qualidade da diretora, também pesa no arco exageradamente dramático do filme, e como disse acima acaba parecendo um pouco apelativo. Claro que volto a frisar que pelos vídeos o garotinho sofreu muito e sua família também, mas dava para que o filme não ficasse tão denso, e ainda assim continuasse emotivo, mas faltou saber segurar a onda na tela, o que não é nenhum demérito.
Quanto das atuações, posso afirmar que Bárbara Mori se jogou dentro da verdadeira Bárbara para que conseguisse passar uma emoção realista na tela, sabendo dosar seus atos na tela e ter um carinho muito grande com o jovem Julián Tello (que não consegui descobrir se realmente tem a doença ou fez uma interpretação fora dos padrões para emocionar também), e assim a atriz foi muito bem desenvolta na tela o que agradou bastante, mesmo parecendo um pouco forçada em determinados atos. Juan Pablo Medina fez boas cenas com a protagonista, porém ficou um pai meio que apenas participativo, não tendo momentos que trouxesse algo a mais para o filme, e isso acabou fazendo com que seu Andrés apenas estivesse nas cenas com trejeitos emotivos, mas nada que pudesse ir além. Ari Brickman conseguiu fazer ao mesmo tempo que seu Dr. Jaramillo fosse chamativo na tela, mas também puxasse um ódio gigantesco quando se mostra mais um empresário do que um médico, e assim acaba virando meio que um vilão do longa. Quanto aos demais, vale apenas um bom destaque para o carismático médico Kumar que Danish Husain fez uma boa entrega, Hernán Mendoza também trabalhou bem o neurologista do garoto, e a babá/cuidadora que Paloma Almavar fez também foi bem no que precisava fazer, não sendo grandiosas atuações, mas bem encaixadas pelo menos foram na tela.
Visualmente a trama mostrou o apartamento simples de classe média da família, um pouco da revista aonde a protagonista trabalhava, várias visitas ao hospital da cidade com cenas bem fortes de epilepsias, e depois toda a viagem para a Índia tendo problemas na parada em Paris, aí vemos todo o conflituoso trânsito da Índia, e um centro de tratamento que assim como o garotinho Bruno fala, é mais parecido com uma fazendo do que com um hospital, tendo vários bichos, mas equipamentos de ponta para testes e lasers, vemos também uma espécie de culto que o garotinho frequenta ali, entre muitos outros detalhes bem alocados para que o filme tivesse um bom funcionamento na tela, mostrando que a equipe de arte pesquisou bastante a vida da família e o resultado apareceu.
Enfim, é um filme com uma pegada bem marcante, porém um pouco forçada para que ficasse mais forte na tela, mas ainda assim envolve demais e isso acaba não incomodando, principalmente quem curte tramas desse estilo, então recomendo para quem for um pouco mais emotivo que fique com algum lencinho durante a conferida, mas nada que vá fazer você lavar sua sala ou quarto de casa. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...