O Macaco (The Monkey)

3/05/2025 02:21:00 AM |

Existem filmes de terror que dá para levar a sério, que você acaba se arrepiando e/ou assustando com algo, tem aqueles que é a pura matança sem nexo algum que até incomodam, e tem daqueles que você tem de se desligar por completo e apenas curtir as ironias e dinâmicas cheias de sacadas de humor negro que o diretor resolveu entregar para seu público, aonde claro vemos acidentes e mortes violentíssimas e bizarras, mas é isso o que o público que vai conferir quer ver, então acaba sendo um acerto imenso. E claro que comecei o texto do filme "O Macaco" dessa forma pelo simples motivo que mesmo sendo imensamente bizarro, se você não tentar levar a sério o que a trama entrega, o resultado acaba sendo tão bom de ver, que você irá rir aos montes com cada morte mais sem noção que a outra, e com toda a ideia mostrada na tela, pois não vemos uma entidade, não temos um serial killer, nem um assassino premeditando seus crimes, apenas o que está escrito no pôster, que todo mundo morre, e isso é uma merda de um acidente. Ou seja, é daqueles filmes tão malucos que você acaba curtindo o que vê, e quando se dá conta já acaba com algo ainda mais bizarro passando na sua frente, e isso funciona demais para a proposta do longa, que facilmente devem vir com uma continuação.

A trama acompanha os gêmeos Bill e Hal, que descobrem um antigo macaco de brinquedo no sótão de seu pai. A partir desse momento, uma série de mortes terríveis começa a acontecer. Tentando se livrar do brinquedo e seguir em frente, os irmãos decidem descartá-lo e, com o tempo, distanciam-se desse passado sombrio. No entanto, o terror parece não os abandonar.

Diria que o diretor e roteirista Osgood Perkins (ou Oz Perkins como assinava antes) saiu da água para o vinho após o estranhíssimo filme do ano passado "Longlegs - Vínculo Mortal", pois ao pegar o conto de Stephen King muitos sequer imaginavam como ele faria um macaco de brinquedo virar um tremendo vilão, e a sacada escolhida foi muito bem coesa, afinal não deixando se levar como algo crível, a brincadeira com as mortes, acidentes e tudo mais virou algo muito maior e cheio de desenvoltura, ao ponto de termos até um cavaleiro do Apocalipse na trama, ou seja, absurdos insanos que acabam mostrando o fator descrença como algo perigosíssimo, mas que aqui soou como uma vingança que não pode ser ao seu favor. Ou seja, o diretor pegou um conto minúsculo de trinta e poucas páginas e brincou com as facetas simples aonde o terror acaba sendo pego pela violência das mortes, mas que também pode ser observado através do ódio da vingança e claro do poder causar, e assim o resultado funcionou demais na tela.

Quanto das atuações, o longa foi bem econômico, afinal são dois atores para fazer quatro papéis, afinal são gêmeos e apenas deram algumas mudanças de cabelo e nos óculos de Theo James quando adulto e Christian Covery na infância dos personagens Bill e Hal, de modo que os atores souberam contrapor muito nas personalidades, atitudes e trejeitos, criando quase que realmente quatro personagens bem diferentes, e essa desenvoltura bem solta meio que medrosa de Bill e já explosiva por parte de Hal consegue nos encantar com cada momento cênico da trama, sendo um belo acerto de todos. Dentre os demais personagens do filme, tivemos bons atos com Elijah Wood quase que irreconhecível com uma franja imensa bem estranha para seu Ted, Colin O'Brien como o filho irritante do protagonista, Tatiana Maslany como a mãe dos garotos, Sarah Levy como a tia Ida, Tess Degenstein como a corretora Barbara, Danica Dreyer como a babá, e pasmem o próprio diretor Osgood Perkins como o tio Chip, aonde praticamente todos tiveram mortes bem icônicas na tela.

Visualmente uma grande sacada da equipe de arte foi fazer o macaco diabólico de um tamanho bem maior do que casualmente vemos esse brinquedo em outros filmes, sendo algo bem chamativo e feio, que ao abrir o sorrisão já era, tivemos casas bem rústicas e antigas para criar aspectos estranhos na tela, mas que funcionaram muito bem com todos os detalhes, um galpão quase no estilo 'Esqueceram de Mim' cheio de armadilhas de tudo quanto estilo, mortes bem impactantes de todos os jeitos possíveis e bizarramente inimagináveis, e um final destrutivo para a cidade no melhor estilo possível com muito fogo, quedas de aviões, e até um caminhão da morte, e como dei o spoiler em cima um cavaleiro do Apocalipse passeando pelas ruas em caos, ou seja, capricharam na direção de arte.

Enfim, não é um filme que você vai ficar com medo, temor ou tomar grandes sustos, pois não é essa a proposta da trama, mas tudo é tão bem colocado e impactante com as mortes, que você se chocará com o que verá ou irá rir aos montes, o que também vale como uma forma de causar algo no público, e assim sendo vale a recomendação de conferida para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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