Drop: Ameaça Anônima (Drop)

4/12/2025 02:33:00 AM |

Muitos amigos falam que meu gênero favorito é o terror, e afirmo que não tenho isso de preferências, desde que seja um bom filme e o resultado final me surpreenda até desenho bem infantil pode entrar na lista dos longas que darei maiores notas, porém um gênero que gosto bastante é o tal do suspense, principalmente daqueles que você fica tentando descobrir quem é o assassino, quem é que está mandando as mensagens, e claro quais as motivações de toda a artimanha. E um longa que não tinha sequer visto o trailer, e sequer sabia da existência dele até aparecer na programação de terça/quarta-feira foi "Drop: Ameaça Anônima", e meus amigos, que filmão tenso e bem feito, com amarrações cheias de boas sacadas, deixando você tenso do começo ao fim, não sendo algo muito óbvio (depois de mostrarem fica meio que dava para ter pego), e que mesmo tendo atos finais explosivos e exagerados demais, o resultado acaba sendo daqueles que você mesmo morrendo de sono nem pisca na última sessão da noite. Ou seja, é daqueles que dá para indicar de olhos fechados, e que diria para que não leiam mais nada a partir daqui, pois tudo pode ser um spoiler, e olha que evito ao máximo qualquer deslize (e fuja de outros sites também!).

A sinopse nos conta que a mãe solteira e viúva Violet finalmente se arrisca e marca o primeiro encontro com o rapaz que tem conversado online, o charmoso Henry. Durante o jantar num restaurante luxuoso, os dois parecem se dar bem, até que Violet começa a receber mensagens com ameaças de um número desconhecido. Exigindo que ela jogue um jogo, caso contrário seu filho sofrerá as consequências, Violet precisa seguir as instruções exigidas sem poder mencionar o que está acontecendo para ninguém, muito menos para seu companheiro romântico. Se não fizer o que for pedido, todos que ela ama morrerão. Com diretrizes cada vez mais amedrontadoras, a situação chega em seu nível limite, com seu algoz anônimo obrigando-a a matar Henry. Nesse thriller repleto de suspense e mistério, a confiança do casal é colocada à prova e questionamentos começam a nascer: será que o autor de todo esse esquema é o encantador Henry?

Outro fato que me surpreendeu é que esse é o oitavo longa do diretor Christopher Landon e sem ter visto apenas dois, reclamei apenas da falta de ousadia em um dos filmes, e todos os demais curti cada minuto na tela, isso sem falar nos outros ótimos roteiros de terror que já fez, ou seja, é daqueles que tem seu estilo como princípio e sabe arquitetar tudo tão bem para que fique amarrado na medida certa, que o resultado acaba se descontrolando para algo genial. Claro que ele geralmente liga a chave do vamos resolver tudo agora nos últimos minutos de suas tramas, até forçando um pouco a barra, mas sabendo ousar nas sacadas e desenvolturas, ele acaba usando de coisas cotidianas, como aqui o caso dos aplicativos de proximidade (diria que uma moda meio arriscada, que nem sabia que estava na moda!) para dar ainda mais medo e tensão no ar, ou seja, ele literalmente brinca com a protagonista, e nos coloca junto para brincar de advinha quem.

Uma coisa bem interessante do longa é que o diretor usou atores não muito conhecidos (ao menos para mim) para desenvolver mais os personagens na tela do que personalidades em si, e isso acabou dando um tom mais misterioso para o resultado final, ao ponto que a protagonista Meghann Fahy soube segurar bem sua Violet, trabalhando tensões e expressões nítidas de algo ruim acontecendo, que facilmente qualquer pessoa com um senso normal conseguiria ver, mas transpareceu bem isso sempre que questionada, e funcionou (ao menos na ficção) para segurar a trama até o final mais explosivo e dinâmico na tela. Brandon Sklenar deu um tom meio que de galã para seu Henry, ao ponto que trouxe para o personagem um estilo bem cheio de trejeitos emotivos e até sedutores, criando uma química interessante para um bom primeiro encontro, e o melhor sem entregar muito o que poderia estragar o longa. Reed Diamond trabalhou seu Richard com bons traquejos, puxando por vezes um ar meio cômico, mas sendo bem sério e sarcástico quando precisou fluir, e assim foi bem no que precisava. Ainda tivemos bons atos de Gabrielle Ryan como uma barman descolada, Jeffery Self como um garçom meio que exagerado de traquejos, Jacob Robinson como um rapaz descolado que ficou trombando toda hora com a protagonista, Ed Weeks como um pianista bem colocado, mas sem dúvida quem chamou atenção nos atos finais quase como uma sobrevivente nata foi Violett Beane com sua Jen que levou uma facada, uns dois tiros, foi arremessada e ainda apareceu no final para perguntar para a irmã como foi o encontro!

Visualmente o longa tem a base em dois locais apenas, a casa da protagonista com a sala e o quarto apenas, tendo alguns atos bem pequenos na tela do celular com a câmera de segurança, e um restaurante bem chique no último andar de um arranha-céu, tendo pratos chiques, piano, muitas câmeras e vários elementos cênicos para serem usados, como o relógio da protagonista, uma nota de dinheiro, um frasco de veneno, entre outros detalhes de um bom jantar, fora uma boa corrida de carro no ato final e cenas de tirar o fôlego com a explosão de vidros, ou seja, a equipe de arte trabalhou muito bem na amarração cênica.

Enfim, volto na minha reflexão de sempre, que sem saber nada do longa, minha expectativa era a mais básica ou até nula possível para o que veria hoje, e saí extremamente satisfeito com o resultado entregue, querendo até rever alguns atos para me atentar a alguns detalhes, mas vou preferir ficar com o que acabei vendo na primeira e única vez que foi muito intenso e gratificante pelas surpresas e intensidades, que claro vou recomendar para todos. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


0 comentários:

Postar um comentário

Obrigado por comentar em meu site... desde já agradeço por ler minhas críticas...