Força Bruta: Punição (Beomjoidosi 4) (The Roundup: Punishment)

4/08/2025 12:37:00 AM |

Para ser bem sincero, não esperava que a franquia Força Bruta fosse passar do segundo longa, mas veio o terceiro no ano passado e eis que na próxima quinta 10/04 chega aos cinemas o quarto filme chamado "Força Bruta: Punição" que agora põe o grupo de policiais brigões contra os crimes cibernéticos, principalmente envolvendo jogos de azar online, o que anda muito na moda, mas como eles são do grupo de homicídios, precisarão de algumas ajudas, e basicamente vão ainda bater em muitos vilões (alguns bem imponentes). Diria que o quarto filme segue bem a base do terceiro, sendo menos explosivo, e mais voltado nas investigações e dinâmicas, de modo que ainda temos muita pancadaria, e claro as devidas sacadas cômicas, porém não se amarra tanto no ambiente policial fechado como ocorreu no segundo. Claro que é um estilo de filme que quem curte acaba não ligando para situações bagunçadas, mas dava para polir mais para que ficasse mais redondinho de situações, porém é o estilo da franquia, então que venha muitos outros, afinal o protagonista já virou o próprio personagem.

No longa vemos que o detetive Ma Seok-do é escalado para investigar a misteriosa morte de um famoso desenvolvedor de aplicativos filipinos. Em conjunto com a sua equipe, ele descobre um surpreendente envolvimento de um poderoso homem com grandes casas de jogos de azar. Desde de crimes mais leves até sequestros, eles precisam trabalhar de dentro da Coréia para transformar a grande ameaça do esquema, mas para isso será preciso criar um plano ainda maior e até mesmo sugerir uma parceria.

Diria que é bem fácil enxergar o erro do filme, que é o problema de todas as sequências que falham em algum detalhe: a troca de direção, e aqui para ficar mais complexo foi colocado um diretor quase que estreante na função, afinal Heo Myeong-haeng até teve uma grandiosa entrega em sua estreia, "Em Ruínas", por saber muito do mundo das acrobacias como diretor de dublês e até mesmo como dublê, mas aqui como o filme não necessitava tanto desse meio, ele acabou exagerando ao encher a trama de brigas com facas, e o longa quase saiu de um policial para um filme de lutas marciais, e isso pesou bastante, pois dava para trabalhar bem mais todo o desenvolvimento cibernético, os peixes-grandes envolvidos e certamente a investigação de Ma Seok-do seria melhor trabalhada, pois não digo que as lutas atrapalharam o resultado, muito pelo contrário, deram boas dinâmicas, mas acabou tendo em excesso, e isso nunca é legal de ver, ao ponto que tivemos uma cena com umas 100 pessoas brigando ao mesmo tempo, em uma loucura total que nem sabemos quem é quem ali. 

Quanto das atuações, a base ainda fica toda na responsabilidade de Ma Dong-seok como o brucutu investigador que não leva desaforo para casa e põe todos os vilões para dormir no soco, de modo que seu Ma Seok-do já é quase um mito dentro do cinema de ação coreano, aonde ele fala pouco e desenvolve muito, sendo divertido com seu jeitão, mas não sendo a alegria dos vilões, então funciona bem para o que precisa entregar. É engraçado pensar que um filme policial que já tem um grupo meio bagunçado de policiais, ainda precisa de um ser do crime ainda mais cômico para dar um vértice bobo, mas bem colocado, e isso já vem desde o segundo filme com o personagem de Park Ji-hwan com seu Jang Yi-soo, de modo que aqui ele acabou sendo ainda mais usado na trama, e brincou bastante como um agente secreto, ou seja, é bem infantil seus atos, mas agrada, então vale o que faz. O principal vilão vivido por Kim Mu-yeol é extremamente violento com suas facas, e deu um bom trabalho na briga com o protagonista, de modo que trabalhou um semblante meio sério de quase um psicopata, e soube dosar o tom nos diálogos, se é que dá para se dialogar com alguém do estilo dela, e assim o ator agradou com o que fez. Um ponto interessante dessa continuação é que praticamente os demais policiais do grupo de Ma, ficaram bem em segundo plano, quase nem tendo diálogos ou interações, e isso pesou um pouco na tela, que precisou mais dos outros policiais de crimes cibernéticos, mas sem grandes destaques para chamar atenção no filme.

Visualmente a trama teve atos em grandes galpões, muitas mesas de cassinos virtuais, todo um grupo de programadores para captar membros para os cassinos e claro viciar eles, alguns atos bem trabalhados rapidamente na delegacia, um restaurante simples, muitas lutas, sangue e desmembramentos por facas, além de uma luta inclusive dentro de um avião, ou seja, quem falar que não tem espaço dentro de uma aeronave para filmar pode usar essa referência aqui que deu para fazer tudo. Como disse no começo, foi usado muitos figurantes para as lutas, e isso aumentou em muito o tamanho dos ambientes, mas não soou falso pelo menos, e isso é o que importa.

Enfim, é um bom passatempo para quem curte longas do estilo, mas ainda assim diria que dava para melhorar muito, e se o diretor do terceiro tivesse sido mantido com certeza aqui o resultado seria outro, mas como é pedir demais, diria que diverte e mostra bem esse meio de crime que anda tanto na moda, e como é a briga por trás para mandar nos carteis. Então fica a dica para conferirem nos cinemas a partir de quinta, e eu fico por aqui agradecendo o pessoal da Sinny Assessoria e da Sato Company pela cabine, então abraços e até logo mais.


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