No longa vemos que o renomado autor e romancista Charles Dickens encontra cada vez mais obstáculos para se conectar com seu filho Walter enquanto vive sua rotina repleta de compromissos. Um dia, esperando estabelecer uma conexão com Walter, Dickens resolve compartilhar com seu imaginativo filho a história de Jesus Cristo, uma das maiores de todos os tempos. Ao ouvir seu pai narrando, Walter mergulha numa jornada vivida ao lado do líder religioso, cativado pelos eventos da vida de Jesus de Nazaré. Caminhando com o profeta, Walter testemunha os milagres, enfrenta os desafios e vive profundamente o sacrifício de Jesus. Através dessa simples narrativa, Walter e Dickens estabelecem um laço forjado na esperança, na fé, no amor e na transformação reunidas na história de Jesus.
Depois de trabalhar por muitos anos com efeitos especiais, Seong-ho Jang faz sua estreia como diretor e roteirista aqui com algo que chega a surpreender muito de técnicas, pois claro que não criou nada muito fora do caminho, sendo a base da história algo que já vimos milhares de vezes, mas a grande sacada foi colocar como narrador Charles Dickens, e seu filho pequeno acompanhando em sua mente como se estivesse vivendo os momentos de Jesus, o que é uma tremenda ideia que muitas crianças acabam se colocando nas histórias quando os pais contam determinados livros, e o mais bonito da forma escolhida pelo diretor sul-coreano foi saber usar da fé, da palavra e da determinação dos profetas para que tudo funcionasse bem na tela. Ou seja, é ainda um filme religioso clássico, mas que acaba sobrepondo a barreira do estilo para uma animação sutil, leve e que fosse bem colocada no mundinho das crianças, ou seja, algo muito bem encaixado para todas as idades, pois não ficou bobinho como poderia, mas sim algo centrado e bem feito.
Quanto dos personagens não vou falar muito dos tradicionais Jesus, Maria, José, Caifás, Judas, Pedro e por aí vai que sabemos bem já que vimos diversos filmes do estilo religioso, e sempre entregam bem as dinâmicas, então o que posso colocar é a desenvoltura de Charles Dickens e seu filho Walter, pois a ideia ficou muito bacana de ser vista com o garotinho pegando toda a simbologia e mudando o seu rei preferido, desenvolvendo na tela dinâmicas leves e bem divertidas junto de sua gata Willa, andando pelos cenários tradicionais da jornada de Jesus, vendo a famosa multiplicação dos peixes, dos pães, o andar sobre as águas e tudo mais, e toda a pegada infantil bem colocada para ser representativa e emocional, ou seja, a narração lúdica ficou bem encaixada e bonitinha demais de ser vista, o que acaba agradando pelo estilo de traços mistos e a sacada de uma boa leitura expressivamente teatral do pai que consegue fazer o filho viajar na história.
Visualmente já falei muito bem do traço artístico da trama, mas principalmente vale destacar as belezas dos tons escolhidos, com cores mais puxadas para o pastel na história bíblica, e deixando tons um pouco mais fortes nas cenas com a família na casa deles, criando um ar lúdico e ao mesmo tempo representativo, tendo os diversos momentos marcantes da história que conhecemos de Jesus bem montadas, sem forçar a barra nem para o apelativo, e nem para a formatação bobinha demais, e assim vemos tudo como boas pinturas e sombras, dando uma tridimensionalidade coerente e bem encaixada na tela, não trabalhando tanto com texturas, mas sabendo agradar aonde poderia por algo a mais.
Enfim, não é especificamente um filme da Angel Filmes, mas sim da Heaven aonde a guilda Angel aprovou e colocou para seu público alvo, e certamente com a data da Páscoa escolhida para o lançamento nos cinemas deve encher bem as sessões com os pais religiosos levando seus filhos, e afirmo que vale bastante o resultado, sendo bem bonitinho para todas as idades, então vá conferir a partir do dia 17/04 nos cinemas de todo o país. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje agradecendo o pessoal da TZM Entretenimento, da Paris Filmes, da 360 Way UP da Heaven Content pela cabine, e volto amanhã com mais dicas.
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