O longa nos conta que após a trágica morte de sua esposa em um ataque terrorista em Londres, Charles Heller, um criptógrafo altamente capacitado da CIA, se vê frente a um dilema cruel: sua agência não está disposta a agir, afogada em prioridades internas conflitantes. Desesperado por justiça e com a dor da perda a consumi-lo, Heller toma uma decisão radical. Ele chantageia seus superiores para ser treinado como um agente de campo e, assim, poder perseguir os responsáveis pelo atentado por conta própria. Acompanhado por uma jornada de vingança e auto-descobrimento, Heller se infiltra em um sombrio universo de espionagem e terrorismo internacional. À medida que se aprofunda na trama de conspirações e traições, ele percebe que seus próprios aliados podem ser tão perigosos quanto seus inimigos.
Diria que o diretor James Hawes teve um estilo seguro demais para um filme que precisava de mais força, pois a trama tem uma boa pegada para que fosse mais explosiva e densa, não ficando apenas nas intenções como acabamos vendo na tela, claro que toda a sacada do rapaz em ser bom com códigos, com câmeras e outras habilidades lhe deram força para fugir e se esconder dos superiores, tendo uma ajudinha foi melhor, mas faltou para o diretor colocar realmente essas habilidades em pauta do protagonista para que o filme fluísse ao redor disso, e não ele precisando mudar, tanto que a última cena é a melhor de todas, pois não precisou de ajuda nenhuma para fazer o que sabe melhor, e talvez mais disso no filme não ficasse tão morno e dependente. Claro que o filme passa longe de ser ruim, mas isso não se deve ao estilo de direção e sim das boas atuações, mas dava para ser ainda melhor e chamar muito mais atenção na tela com poucas mudanças.
E falando das atuações, o estilo de Rami Malek é daqueles que se precisam de um nerd em especial, certamente vão olhar para ele, que claro tem seus traquejos que muitos não gostam, mas aqui fazendo seu Charles Heller soube brincar com as facetas, e se fazer bem entendido para o que precisava fazer na tela, aparentando um certo desespero cênico, mas como era algo do papel, ele acabou chamando a atenção no que fez. A cena que mostra no trailer com Laurence Fishburne com seu Henderson exigindo que o protagonista olhasse nos seus olhos e atirasse nele é o mesmo que pedir o algo inexistente em um cardápio, não tem quem não sinta a pressão que o ator causa na tela, ainda mais com um personagem imponente, ou seja, ele se joga no papel com um estilo misterioso, e acerta em tudo o que faz. Fiquei pensando em quanto gastaram com uma atriz do gabarito de Rachel Brosnahan para morrer com menos de 10 minutos no filme com sua Sarah, mas como o protagonista continua vendo ela, tendo momentos do passado refletidos, até que foi bem no que a atriz fez. Outra que foi muito bem nas cenas que participou foi Caitriona Balfe com sua Inquilina, tendo o mesmo estilão de conversa nerd cheia de facetas com o protagonista, e tendo uma grande desenvoltura acabou chamando até que bastante atenção, ao ponto que se o filme tivesse um prequel seria legal em cima de sua personagem. Quanto aos demais, vale leves destaques para Julianne Nicholson como a diretora da agência e Holt McCallany com seu Moore, mas sem grandes chamarizes, e claro foi um grande desperdício ter Jon Bernthal com apenas duas ceninhas jogadas na tela, que nem levam nada a lugar algum.
Visualmente o longa passeou por muitos países, tendo cenas bem amplas e cheias de correrias e dinâmicas dos personagens em boates, bares, cafés, esconderijos, barcos e tudo mais, mas vale um grande destaque para as cenas do início dentro de ambientes ultra-secretos de decodificações, aonde o protagonista trabalha quebrando códigos e descobrindo coisas que não deveria nem ele, nem ninguém saber, ou seja, foram ousados nesse sentido mostrando um pouco de computação de código para essa galera de hoje que precisa pedir tudo para uma inteligência artificial fazer.
Enfim, é um bom filme de ação, mas que poderia ser algo genial na telona, de modo que vendo na sala Imax funcionou um pouco mais pelas cenas de ação, mas como disse acima, o diretor não investiu tanto nesses atos, e esse estilo mais morno de muitos atos acabou deixando o filme sem a imponência que poderia ter. Claro que ainda vale a indicação, mas não vá esperando ver um grandioso filme de espionagem que vai lhe deixar impressionado com tudo, que não é bem assim, então fica a dica, e claro que fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais filmes.
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