O longa nos conta que Téo e Beca são um par de tênis de grife que vivem protegidos em sua caixa, até que Edson, um jovem humilde com o sonho de se tornar jogador de basquete, os ganha em um sorteio. Quando são roubados por um colecionador, o sonho de Edson é ameaçado e os tênis se separam. Determinado a reencontrar seu par, Téo se vê perdido nas ruas de Nova York, onde conhece Beto, um tênis de rua cheio de atitude. Juntos, embarcam em uma aventura repleta de surpresas, e Téo descobre que o mundo fora da caixa é muito maior e mais emocionante do que imaginava.
É interessante observar que os diretores Rob Edwards e Christopher Jenkins conseguiram criar um projeto bem diferente do usual, pois juntaram equipes americanas, britânicas e indianas, ou seja, as três potências de filmes mundiais para desenvolver algo que chega a ser bacana pelo mote de pensar fora da caixa, o que é meio difícil para alguns tênis, e sabendo usar de traquejos de rua como skate, basquete e até os mais clássicos como boliche e casamentos acabou brincando com fluidez e inteligência, que mesmo tendo alguns elos mais infantis, puxassem para sacadas com gírias e imposições, ou seja, não deixaram que as suas estreias sobrepusessem a ideia de algo maior, e o resultado acabou ficando leve e gostoso de ver. Claro que não é algo memorável o que eles fizeram acontecer, principalmente por estarmos acostumados com tramas mais emocionais e bonitas como acontecem com os outros grandes estúdios de animações, mas o filme não falha em erros bobos como vemos em algumas animações fora dos três grandões, e assim o resultado agrada, diverte e faz o tempo passar de uma forma interessante.
Diria que os personagens foram bem divertidos dentro das proporções cênicas, tendo os humanos com três bases diferentes, sendo o garotinho ganhador do sorteio que sonha em ser um grande jogador de basquete, o grandão colecionador que quer ter todos os tênis raros para si após um evento traumático do passado, e o maluco falsificador que tem seus meios digitais para copiar sem garantia tudo o que deseja. Do lado dos tênis, tivemos os riquíssimos Téo tentando encontrar sua irmã Beca, e a irmã tentando fugir do cofre do Colecionador, ambos usando traquejos de muita empolgação e claro tentando não ficarem com muitas marcas de guerra. Junto do rapaz vem o malandro Beto que quer as joias de Téo, levando o jovem para rodar por toda a cidade que conhece, conhecendo crias dos tênis de basquete de rua, e também as belezas dos sapatos de casamento (que ironicamente são saltos que as mulheres tiram para aliviar os pés!), além de um galpão de sapatos perdidos numa pista de boliche, ou seja, tudo muito bem colocado e divertido de ver. Das dublagens tivemos Jottapê, Christian Malheiros e até Raíssa Leal (que interpreta sua voz tanto na versão original quanto na nacional) como um tênis de skatista que serve para levar os personagens em um skate por toda a cidade.
Visualmente a trama não é muito rica de texturas, tendo um estilo tridimensional meio chapado com boas sombras e movimentos, que talvez ficassem legais com a tecnologia de óculos, mas que acabou não acontecendo, porém em quantidade de cores e personagens diferentes, a trama literalmente deu show, pois tem na tela todo tipo de tênis que imaginarmos, cores, marcas, estilos e tudo com boas sacadas para dar a devida dimensão técnica na trama. Quanto aos eventos diria que ficaram meio que jogados na tela, como o festival de tênis e o jogo dos humanos, de modo que valeria ter trabalhado um pouco mais nas coisas dos objetos, mas isso é exigir demais.
Enfim, é uma animação bacana, que não pode ser vista esperando muita coisa, que deve agradar os jovens adolescentes e alguns menorzinhos pelas cores, mas que passa longe de ser algo jogado como imaginei que fosse, sendo assim uma boa opção de passatempo para quem curte o estilo. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.
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