No longa acompanhamos um grupo de militares que se encontra no meio de um fogo cruzado com tropas guerrilheiras iraquianas. Escondidos numa casa bem no centro da província ocupada pelas forças da Al Qaeda, os militares americanos vigiam as ruas em busca de seus inimigos, preparando-se para atacar a qualquer sinal de insurgência. Quando uma granada inesperada explode o esconderijo do grupo, o caos se instala e a necessidade de evacuar se torna o principal e mais difícil objetivo dos fuzileiros. Enquanto esperam resgate, uma troca de tiros intensa causa mortos e feridos, deixando um rastro de escombros e traumas.
O filme traz um retrato visceral da batalha de Ramadi, um episódio da Guerra do Iraque que revive uma série de memórias e experiências vividas pelo co-diretor Ray Mendonza, ex-fuzileiro naval do exército americano. Os diretores e roteiristas, Ray Mendonza e Alex Garland, realizaram entrevistas com diferentes ex-fuzileiros navais que estiveram presentes na Guerra do Iraque para desenhar o que queriam passar na tela, e mais do que vivenciar o momento, eles souberam aonde atacar para que seu filme não ficasse vazio, mostrando desde o estado de choque que o comandante acabou ficando, quanto os pedaços de seus companheiros que ficaram lá pelo chão, e dessa forma somos quase que inseridos no mesmo lugar, e assim o choque também fica conosco.
Quanto das atuações vale dar o destaque para D'Pharaoh Woon-A-Tai com seu Ray, afinal ele é o papel do diretor ali dentro, então o olhar da trama fica para seus atos e direcionamentos, de modo que ele em si não incorpora muito o que vai fazer, mas por estar ali consegue nos passar o seu momento da guerra. O longa está recheado de atores da nova geração e como todo bom filme de guerra precisam gritar ao máximo, se expressar ao máximo e chamar a responsabilidade nos seus devidos momentos, não valendo destacar um ou outro, mas sim mencionar mesmo Charles Melton com seu Jake bem a postos, Will Poulter com seu Erik ficando em choque após a explosão, Noah Centineo com seu Brian meio que perdido, Kit Connor com seu Tommy chamativo, Cosmo Jarvis com seu Elliott despedaçado e gritando horrores, Finn Bennett com seu John e Joseph Quinn com seu Sam também estilhaçado, ou seja, todos muito bem no que tinham de fazer.
Visualmente a trama toda se passa em uma casa aonde os soldados se posicionam para o combate, após um belo vídeo de empolgação, e ali é tiro e bomba pra todo lado, com aviões passando dando rasante, armas de todos os calibres possíveis, pedaços de corpos, muitos rádios e táticas sendo berradas, mostrando um espaço pequeno, porém muito imponente na composição cênica, o que acaba dando um resultado incrível muito bem feito.
Enfim, costumo dizer que somos felizes por não precisar lutar em guerra nenhuma e apenas acompanhar os horrores pelos jornais e filmes, mas o som da trama aqui é tão imponente que não tem como sair da sessão morno com o que vemos, e assim o resultado impacta mesmo e vale demais a indicação. Então vá conferir preferencialmente em uma sala com um ótimo som, e se empolgue como se estivesse no meio dos soldados. E é isso meus amigos, fico por aqui agora, mas como amanhã é feriado, vou pegar mais uma sessão, então abraços e até daqui a pouco.
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