Until Dawn - Noite de Terror (Until Dawn)

4/26/2025 11:47:00 PM |

Todos sabemos bem o quanto "Resident Evil" e "Silent Hill" vem tentando ano após ano convencer os fãs das franquias tão bem sucedidas de jogos de terror virar uma trama que convença nos cinemas e decole de vez, mas sempre acabam falhando em detalhes que acabam virando até mais jogadas do que realmente algo que empolgue e chame a atenção. E quando vi o nome do filme "Until Dawn - Noite de Terror" em um primeiro momento não lembrei absolutamente nada do jogo, tanto que por um momento até pensei nunca ter jogado ele, e aí o diretor veio e colocou na tela alguns momentos tão icônicos do jogo que falei agora sim estou vendo uma adaptação bem trabalhada na tela, pois até pra mim que esqueço coisas frequentes vir memórias tão lá de trás foi realmente um orgulho. Ou seja, ainda não é daqueles filmes baseados em jogos que vamos aplaudir, aliás é dificílimo competir contra computações e dinâmicas tão bem amarradas na tela que convencesse o público com algo a mais, mas o resultado na tela aqui é satisfatório tanto em violência visual quanto em estilo "jogável", e dessa forma agradará tanto os fãs da franquia de jogos, quanto quem quiser ver apenas um bom longa de terror.

Na trama, um grupo de amigos adolescentes decide passar um fim de semana em uma estação de esqueci, onde tem uma cabana isolada em Blackwood Mountain, Canadá, um ano após o desaparecimento misterioso de duas irmãs gêmeas que faziam parte do grupo. No entanto, o que era para ser uma noite comum, em um feriado descontraído, acaba se tornando uma verdadeira cena de terror, pois um serial killer começa a rondar as proximidades por onde eles estão até começar a persegui-los, colocando a vida do grupo em risco. A história do terror slasher promete promover ao espectador uma experiência imersiva, como se tivessem no jogo, uma vez que no mesmo os jogadores assumem o controle das ações e decisões dos personagens.

Diria que o diretor David F. Sandberg ("Annabelle 2", "Quando as Luzes se Apagam", "Shazam!") soube pegar a essência do jogo e criar algo que não ficasse vazio na tela, e mostrando que sabe assustar sem precisar de exageros de sustos gratuitos, aqui ele até poderia usar isso a seu favor, afinal o jogo tem muitos atos assim e não seria ruim, mas como não é o estilo do diretor, ele criou momentos bem colocados e soube ousar nas explosões corporais e na tensão dos personagens em se perderem na ideia de tentarem se salvar o grupo por completo (diferente da maioria que se salvaria e se lascasse o resto!). Ou seja, o estilo do diretor foi bem criativo nas cenas, soube gastar o orçamento com muito sangue e próteses, e mesmo tendo um tom escuro, não forçou cenas mais fechadas, ao ponto que o filme ficou funcional na tela, e a densidade cênica conseguiu chamar muita atenção, mostrando o nome dele para tramas desse estilo, que faz tão bem, ao invés de ficar com as tramas de ação cômica que lhe deram uma leve queimada.

Quanto das atuações, diria que Ella Rubin soube ser criativa nas cenas de sua Clover, não chamando tanto para si, mas brincando com as facetas expressivas mais diretas e agradando com o estilo bem colocado ao menos. O jovem Michael Cimino deu um bom para que seu Max tivesse momentos chamativos, sempre estando bem presente e agradando na tela. Ji-young Yoo acabou sendo um pouco irritante com sua Megan, mas desenvolvendo atos mais fortes para que segurasse a onda, tanto que não ficou omissa na tela. Odessa A'zion acabou exagerando um pouco com sua Nina, tendo alguns atos meio que gritantes demais, mas não atrapalhou tanto o resultado. Já Belmont Cameli com seu Abe é o elo irritante mesmo no grupo, sendo daqueles que se deixassem teria sobrevivido e deixado o restante lá brigando. Tivemos alguns momentos mais soltos de Maia Mitchell com sua Melanie, mas não teve tanto tempo de tela para se desenvolver, ficando mais aparente com a cara deformada do que atuando realmente. Já Peter Stormare até tentou dar um algo a mais com seu Dr. Hill, mas o personagem precisaria de um desenvolvimento maior para que o ator fosse além.

Visualmente a equipe de arte gastou muito dinheiro com sangue cenográfico, próteses corporais e máscaras bem chamativas, de modo que é notável que não quiseram usar tantos elementos de computação gráfica, e isso em um bom filme de terror acaba sendo envolvente e chamativo, de modo que as explosões corporais foram o show a parte, tivemos atos bem nojentos com os vermes nas caras, e poderiam até ter trabalhado um pouco mais com os wendigo (os monstrões dos jogos), mas tivemos alguns famosos atos do jogo bem colocados, então valeu o trabalho entregue.

Enfim, é um filme que acabou acertando bastante na tela, sendo chamativo e não deixando que fosse mais uma franquia de jogos apenas jogada nos cinemas, agora é ver se vão avançar mais com continuações, ou se vai ficar apenas com essa entrega bem feita, que não é perfeito, mas que ao menos não desaponta. Então fica a dica de conferida para quem curte um terror bem trabalhado sem fazer com que você saia com medo ou chocado da sala (o que é uma pena). E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.


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