A sinopse é simples e nos diz que o longa conta a verdadeira história de dois lendários jogadores de Go ('baduk'), Cho Hun Hyeon, e seu protegido e futuro rival, Lee Chang Ho.
Diria que o diretor e roteirista Hyeong-ju Kim foi bem básico com a entrega que fez, pois dava para ter explorado um pouco mais do estilo de vida de ambos os protagonistas, os motivos de serem tão centrados e ir mais a fundo em tudo, mas fechou o cerco nos atos de jogos e de aprendizados em cima do tabuleiro, mostrando uma ou outra entrevista e as dinâmicas nos treinos e nos campeonatos, e nada mais, sendo simples e direto, que claro alguns vão curtir mais e outros vão esperar por atos que pudessem emocionar melhor na tela, mas sendo uma trama sul-coreana é clássica, com o tom até bem marrom para dar um estilo de época, e funciona.
Quanto das atuações, também tivemos personagens bem fechados e focados no jogo, de modo que Lee Byung-hun até trabalhou mais os trejeitos e tiques de seu Cho, de modo que fez suas dinâmicas por vezes parecerem até com um ego maior do que o mundo, mas soube segurar o protagonismo e chamou para si o resultado e o foco do longa. O personagem Lee Chang Ho se dividiu em duas partes, primeiro com o garotinho Kim Kang-hoon que se achou demais em cena, tendo um ego que quase sai da tela, mas que funciona dentro da proposta, parecendo não querer puxar o carisma para si, mas fazendo tudo bem encaixado, e no segundo momento tivemos Yoo Ah-in com um semblante meio que depressivo demais, mas que sendo um jogador quase que no estilo calculista, funcionou para o que o filme pedia, então não errou, mas poderia ser mais solto nas cenas que não estivesse jogando. Quanto aos demais, dava fácil para eliminar, pois parecem bobos e não incrementam em nada no filme.
Visualmente, o longa foi bem básico, mostrando algumas locações aonde os personagens jogam em praças, num centro de treinamento contra vários jovens, e claro nos campeonatos aonde os jogadores ficam apenas com os juízes e vão saindo as jogadas e estatísticas escritas para a imprensa, além da casa do protagonista e uma loja, além do simbólico jogo final com uma neve bem sutil para dar um charme, mas nada que impressionasse, tendo mais elo nas vestimentas clássicas, e nos aparatos do jogo com o relógio rolando, algumas comidas e bebidas, cigarros e tudo mais, além de livros e um tabuleiro simbólico que foi do mestre do mestre, ou seja, sem grandes chamarizes também.
Enfim, é um filme que funciona bem dentro do estilo esportivo, mas dava para ter ido mais além na simbologia, mostrado mais sobre os personagens fora do jogo, e claro como algo que pede nesse estilo, ter emocionado mais na tela, pois faltou aquele elo que faz o público se envolver com tudo, o que acabou não ocorrendo. Ou seja, passa longe de ser memorável, mas acaba sendo interessante por conhecer alguns jogos que nunca imaginamos existir, então fica a dica de conferida, e eu fico por aqui hoje, então abraços e até amanhã com mais dicas.
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