Kick-Ass 2
Estou pressentindo que esse canto do site será onde terá as melhores notas, já que apenas filmes bons não passam nos cinemas do interior. Bom, se minha ira quanto à Universal Pictures ontem foi sanada pelo filme ser bom mas não uma obra de arte, com o de hoje estou quase pegando meu carro e indo amarrar algum figurão da empresa até que prometa não deixar faltar mais nenhum lançamento na cidade. Digo isso sem nenhum ressentimento, pois "Kick-Ass 2" foi um dos filmes mais perfeitos que já vi fora do cinema, fazendo os longas de heróis parecerem figurinha repetida nas telas se comparado a tudo que é mostrado aqui. O longa possui emoção, carisma, e personagens perfeitos para uma aventura na medida certa cheia de frases de efeito bem colocadas que dão um show na telinha, infelizmente né, porque na telona fomos boicotados.
O filme nos mostra que o ato insano de Dave Lizewski em se vestir como o super-herói Kick-Ass e ir para as ruas combater o crime, mesmo sem ter qualquer tipo de superpoder, serviu de inspiração para dezenas de pessoas, que resolveram seguir o mesmo caminho. Mindy Macready deseja seguir como a super-heroína Hit-Girl, mas o sargento Marcus Williams, que prometeu ao pai dela que iria cuidá-la em sua ausência, não quer que ela leve uma vida perigosa. Com isso, Mindy é obrigada a levar a vida de uma garota de sua idade, deixando de lado os atos heróicos, por mais que Dave insista para que ela faça o contrário. Entretanto, a carreira heroica de Dave não será solitária por muito tempo, já que não demora muito para conhecer o Coronel Estrelas e Listras, um ex-integrante da máfia que está reunindo um grupo de super-heróis sem poderes para combater o crime. Paralelamente, Chris D'Amico prepara sua vingança contra Kick-Ass, assumindo um novo codinome: Motherfucker.
O diretor Jeff Wadlow só teve um erro no filme fazer ele com a violência nos níveis mais altos que fosse possível, colocando a censura em cima demais, mas qual o problema disso não é mesmo, se podemos ver a violência real nos telejornais, porque não podemos ver na ficção? Então com essa prerrogativa as distribuidoras, no caso desse filme a Universal Pictures novamente, erraram feio em fazer míseras cópias e com isso falar que o filme foi um fiasco, realmente nem 35 mil ingressos vendidos é um fiasco, mas pudera ficaram adiando cada vez mais, e não lançando em quase nenhum lugar, que o público teve de arranjar seus próprios super-heróis como no filme e ir atrás do longa na heroína master chamada internet, pois é válido qualquer coisa para ver esse filme que é perfeito com personagens bem encontrados, características marcantes de ação, história bem aprofundada nos quadrinhos e tudo mais que uma boa obra baseada em algo deve conter, e o escritor Mark Millar esteve presente em toda gravação opinando diretamente como um segundo diretor para que a violência não fosse contida em nenhum momento, o que fez do filme uma das maiores carnificinas em filmes teoricamente para jovens. E isso deixou a trama melhor ainda, pois o mundo é cruel, então o que o povo quer ver nas telas é a crueldade funcionando para algo, no caso aqui para o bem.
As atuações estão impagáveis de boas, com Aaron Taylor-Johnson dialogando melhor, colocando força no seu personagem e não sendo tão abobado como foi no primeiro filme, mostrando não apenas a maturidade do personagem como também dele como ator. Cloë Grace Moretz ainda vai levar um Oscar e estarei aplaudindo de pé quando isso ocorrer, pois ela transforma qualquer filme que estiver sendo considerado meia-boca como uma obra de arte com sua interpretação, aqui está perfeita com tudo que faz. Jim Carrey não fazendo necessariamente um personagem cômico caiu bem para a trama, fazendo um personagem ao mesmo tempo forte e denso, só é uma pena que tenha colaborado ao fracasso do filme com suas declarações polêmicas durante o lançamento do filme. Christopher Mintz-Plasse ficou impressionante como um vilão, muito melhor do que a tentativa de ser um super-herói e tudo que faz em cena agrada muito pelo enorme exagero que ficou demais. Vários outros caíram bem para a trama, mas falar de cada um enrolaria demais, valendo destacar então a estreia de Olga Kurkulina que faz um papel que caberia bem a The Rock, mas numa versão feminina.
O visual do longa impressiona por satirizar muitas roupas de super-heróis e vilões, além de colocar junto armas e tudo mais em cenários perfeitos para que tudo ocorra. E nos momentos normais, tudo que foi colocado para Cloë é perfeitamente encaixado para mostrar o período da adolescência pela qual está passando. A fotografia impressiona com diversas cores, dando algo deslumbrante para que tudo seja visto nos melhores ângulos de uma aventura na medida.
Enfim, um filmaço que merecia ter sido muito mais bem distribuído e com certeza se tivesse entrado na data correta, 18/10/2013 no Brasil e 16/08/2013 nos EUA, em todos os cinemas, todos veriam lá e não na pirataria como acabou ocorrendo. Recomendo que quem não conseguiu ver em alguma mísera sala que foi distribuído veja, pois é mais do que um filme de super-heróis é algo jovial e bem conectado. Aviso, possui uma pequena cena pós-créditos que adianta para caso queiram fazer um terceiro filme. Fico por aqui hoje, mas ainda nessa semana verei mais um longa que não apareceu por aqui e até vai concorrer ao Oscar como melhor filme estrangeiro. Então abraços e até breve.
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