Olhando como produtor o longa "Sala Escura" posso dizer que saí abismado do cinema, pois é exatamente o estilo de filme que sempre quis fazer na época da faculdade e sonhava quando ainda os Estúdios Kaiser estavam abandonados antes de virar a TV Thathi aqui, pois é o simples, barato, que causa uma certa tensão e que se bem feito impressiona, agora falando como crítico, o filme ainda é muito bom em diversos sentidos, porém tem um fechamento que não convence, que precisaria ter sido desenvolvido nem que fosse um flashback minúsculo para encaixar tudo nos eixos e chamar a atenção para o que os assassinos tinham como meta, ou então ir para o lado mais absurdo possível e ter uma reviravolta aonde os "mocinhos" ganhassem, pois isso vende melhor. Ou seja, diria que ainda é um cinema que está engatinhando no país, mas que começa a aparecer ideias bem colocadas, pois mesmo tendo falhas, é um filme que prende, que você fica tenso do assassino aparecer do nada, tem as famosas conversas com a mente para o infeliz sumir dali que o assassino ta do lado, e até ousaram com algumas cenas mais fortes, mas usaram muito do recurso de não mostrar a violência explícita na tela com um grande impacto, e sendo assim funciona, mas vamos chegar num ponto bom logo mais.
A sinopse nos conta que em uma pré-estreia exclusiva, nove espectadores são convidados para uma sessão de cinema em uma grande sala da cidade. No início, todos se preparam para aproveitar o filme, mas a tela escurece, e a expectativa logo dá lugar ao pavor. Surge a imagem perturbadora de uma jovem sendo cruelmente torturada por um homem mascarado, vestido como o folclórico personagem Bate Bola, típico do carnaval. A perplexidade toma conta dos presentes, que logo percebem estar presos na sala de cinema. À medida que o terror avança, eles descobrem que foram os únicos convidados para essa sessão mortal, levantando a suspeita de uma possível conexão entre eles. Com o tempo, uma figura mascarada começa a rondá-los, e cada espectador, um a um, se torna vítima de tortura e morte. Em um cenário de tensão e mistério, a dúvida permanece: alguém conseguirá sobreviver a essa experiência macabra?
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A sinopse nos conta que em uma pré-estreia exclusiva, nove espectadores são convidados para uma sessão de cinema em uma grande sala da cidade. No início, todos se preparam para aproveitar o filme, mas a tela escurece, e a expectativa logo dá lugar ao pavor. Surge a imagem perturbadora de uma jovem sendo cruelmente torturada por um homem mascarado, vestido como o folclórico personagem Bate Bola, típico do carnaval. A perplexidade toma conta dos presentes, que logo percebem estar presos na sala de cinema. À medida que o terror avança, eles descobrem que foram os únicos convidados para essa sessão mortal, levantando a suspeita de uma possível conexão entre eles. Com o tempo, uma figura mascarada começa a rondá-los, e cada espectador, um a um, se torna vítima de tortura e morte. Em um cenário de tensão e mistério, a dúvida permanece: alguém conseguirá sobreviver a essa experiência macabra?
Diria que o diretor e roteirista Paulo Fontenelle é daqueles que mais oscila entre estilos e erros, pois faz comédia, aí faz romance, aí resolve pegar um terror, e cada vez ele entrega situações mais diferentes possíveis, que acabam por vezes dando muito certo e em outros casos vira algo que não dá para suportar, e aqui felizmente ele acertou a mão, pois soube fazer uma trama simples, barata e com pegada, aonde o terror predomina, e cada situação nos é entregue com momentos bem encaixados e que funcionam na tela. Claro que muitos vão olhar e reclamar do estilo do diretor, que determinada cena só alguém bem besta morreria, ou então vai falar que falta atitude para alguns personagens, ou até mesmo reclamar de que daria para matar o cara se todos fossem atacar juntos, mas o terror é assim, os personagens são burros, e temos que aceitar, então não é culpa do roteiro. Agora como disse no começo, faltou para o diretor desenvolver a motivação do assassino melhor, pois se ele fosse um maníaco que estivesse matando por matar até vai da forma entregue, mas como teve toda uma situação no passado que fez aquilo chegar nisso, aí a entrega faltou.
Quanto das atuações, não vou falar absolutamente nada, e nem é por motivos de não querer, mas nos créditos não aparecem os nomes de quem faz qual personagem, e nem na internet divulgaram direito, então apenas vou dizer que o assassino é bem ninja (no final entendemos melhor suas sacadas), e tirando o pirateiro, e o senhor mais velho, os outros homens foram esquentadinhos demais, mas com atitude de menos, e as mulheres ficaram um pouco perdidas em cena, mas não desapontaram, então parabéns para Paulo Lessa, Allan Souza Lima, João Vitor Silva, Tainá Medina, Osvaldo Mil, Priscila Buiar, Luiza Valdetaro, Raissa Chaddad e Danilo de Moura pelo que fizeram.
Visualmente a trama não entrega nada demais, sendo bem básico tudo, tendo apenas o cinema como locação, com cenas nas poltronas inferiores, num mezanino também cheio de poltronas, a sala de projeção e um banheiro, aonde as mortes acabam ocorrendo, algumas mas evidentes na tela mesmo com cortes de pescoço, arrancando dentes e até uma cortada de orelha, e outras como marretadas, chutes e socos ficando a vítima fora da câmera para não gastarem tanto com bonecos e maquiagem, mas tudo é bem feito e honesto, o que acaba mostrando um bom resultado na tela.
Enfim, é o famoso filme que muitos vão criticar, que tem muitos defeitos pequenos que podem até incomodar, mas que tem muita qualidade dentro da ideia, e com isso o resultado flui. Ou seja, quem está entrando no mundo do audiovisual nacional tem de prestar atenção nisso, que com pouco dinheiro dá para fazer grandes filmes, e assim acabo recomendando o filme para todos que gostam de um terror mais simples. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.