Alguns filmes da Netflix ficam meses aparecendo no em breve, porém outros surgem simplesmente do nada, de modo que certamente "O Clube do Crime das Quintas-Feiras" estaria na minha lista de desesperadamente serem conferidos, afinal com um elenco básico de lendas do cinema não teria a menor chance de dar errado na tela, e felizmente não deu, pois eles conseguiram mesmo trabalhando um estilo batido, aonde as nuances precisam encaixar muito bem para amarrar a história e o espectador, ousar em algo bem passatempo de domingo, mas também com nuances criminais e investigativas que tanto agrada o povo do streaming. Ou seja, é um filme que deu um jeito meio que safado de fechamento, mas que agrada dentro da dinâmica toda, e facilmente uma continuação chamaria o público para as telas novamente, afinal o elenco é bom, a ideia em si funciona para muitos casos, e sendo um livro que foi muito vendido, já tem sua leva de fãs, então veremos como a Netflix irá se posicionar, afinal estreou em primeiro lugar em muitos países e se manteve o final de semana inteiro na posição, algo que é raro na companhia ultimamente, tirando séries e coisas orientais.
No longa vemos que um grupo de amigos aposentados se reúnem toda quinta-feira para resolver casos de assassinatos arquivados por diversão. O que não esperavam era que o passatempo tomaria um rumo inesperado, envolvendo-os, agora, na investigação de um verdadeiro mistério. Uma morte acontece bem debaixo do nariz dos quatro amigos, transformando o que antes eram apenas casuais reuniões em uma jornada criminal emocionante e cheia de reviravoltas. Liderados pela ex-espiã Elizabeth, o ex-sindicalista Ron, o ex-psiquiatra Ibrahim e a ex-enfermeira Joyce confrontam as pistas e colocam suas expertises em jogo para encontrar o culpado pela morte do empreiteiro imobiliário da região.
Leia Mais
No longa vemos que um grupo de amigos aposentados se reúnem toda quinta-feira para resolver casos de assassinatos arquivados por diversão. O que não esperavam era que o passatempo tomaria um rumo inesperado, envolvendo-os, agora, na investigação de um verdadeiro mistério. Uma morte acontece bem debaixo do nariz dos quatro amigos, transformando o que antes eram apenas casuais reuniões em uma jornada criminal emocionante e cheia de reviravoltas. Liderados pela ex-espiã Elizabeth, o ex-sindicalista Ron, o ex-psiquiatra Ibrahim e a ex-enfermeira Joyce confrontam as pistas e colocam suas expertises em jogo para encontrar o culpado pela morte do empreiteiro imobiliário da região.
O estilo do diretor Chris Columbus já é muito conhecido, pois esteve a frente de grandes produções nas telonas, e mesmo em tramas simples ele gosta de imprimir um ritmo mais acelerado quase no batimento de uma aventura, e isso é bem bacana, pois não deixa o espectador cansado e muito menos desinteressado no que vai estar sendo mostrado, porém em filmes de mistério com mortes e tudo mais, a entrega de pistas precisa ter um caimento mais pegado, dando espaços para os personagens se desenvolverem, pensarem e também o público criar suas ideias e caminhos, o que acabou não acontecendo aqui, principalmente por talvez ter a necessidade de mais do que um crime na trama, porém, ainda assim o resultado felizmente não desanda, mas dava para ser algo ainda mais chamativo e imponente, pois certamente os atores saberiam segurar a densidade, e o resultado impactaria muito mais. Ou seja, a história do livro de Richard Osman teve um bom exemplar desenvolvido na tela, ao ponto de nem ter a necessidade capitular, nem precisar ser uma trama cheia de amarrações confusas, aonde os personagens foram bem rapidamente colocados na tela, e o resultado final acontece fácil.
Quanto das atuações, chega até ser engraçado o momento em que Jonathan Pryce fala que Helen Mirren está parecendo a rainha Elizabeth, seu nome também no longa, pois a atriz já fez tantas rainhas na telona que está acostumada com esses floreios, e também já fez outras pegadas de agente, de senhorinha, e tudo mais, aliás nem sei o que ela ainda não fez na tela, e aqui sua protagonista tem boas dinâmicas e chama para si quase todos os atos que está presente, o que até pode ser um pouco exagerado, mas funciona bem, e assim acaba valendo a entrega. Estava com um pouco de receio da parceira cênica de Celia Imrie com sua Joyce para com a protagonista, pois ela sim tem o costume de fazer papeis mais fechadinhos, sem grandes explosões cênicas, mas a pegada escolhida para a personagem funcionou tão bem que até mesmo aonde ela precisou se jogar a frente de Mirren, ela fez bem, e isso acabou dando uma nuance diferente para o ambiente em si. Pierce Brosnan é sempre o mesmo em tudo o que faz, mas aqui com seu Ron ele foi ator demais no ato que o policial vai até o seu quarto e depois quando se veem na cena seguinte sem toda a maquiagem preparada para a cena, sendo cômico sem precisar forçar na maioria dos momentos e chamando a dinâmica com a cautela necessária para agradar. Confesso que gosto dos papeis mais ágeis de Ben Kingsley, mas seu Ibrahim tocará muito no coração dos psiquiatras de plantão que querem tudo acelerado, principalmente o modo de seu estudo do tempo, e o ator soube brincar com as facetas expressivas sem precisar sair do papel, o que é bacana de ver. Ainda tivemos bons atos com Naomie Ackie com sua Donna de Freitas como uma policial que cai nas graças do grupo e Daniel Mays que entrega um investigador mais bobão com seu Hudson, além de Tom Ellis fazendo um Jason com performance demais e Henry Lloyd-Hughes trabalhando seu Bogdan com trejeitos clássicos demais para um personagem "não-europeu", entre muitos outros que tiveram rápidas participações.
Visualmente vou dizer um negócio pra vocês, com um lar de idosos desse porte, eu desejaria ficar velhinho bem rápido, pois tem de tudo praticamente como uma grandiosa cidade, fora os quartos parecendo casas luxuosas do estilo que o idoso necessita, ou seja, a equipe de arte gastou bastante para representar tudo na tela, brincou com os momentos cênicos dos crimes, só faltou trabalhar um pouco mais com as pistas, pois faltou essa alegoria tão clássica em filmes de mistérios, deixando mais para as alegações verbais do que para as visuais. Ou seja, acabou toda a grana fazendo o lar dos idosos, e não sobrou nada para os crimes.
Enfim, é daqueles longas que você se afeiçoa tanto aos personagens, que sem precisar de longas apresentações ou dinâmicas tudo o que vê na tela acaba funcionando facilmente, que você não vai desejar que vire uma série ou franquia de milhares de capítulos, mas que ao menos uma continuação com um novo crime para eles desvendarem vai acabar torcendo. Ou seja, é um ótimo passatempo bem feito, que funciona e agrada na tela, que dava para ir mais longe com o que tinham em mãos, mas talvez não ficasse tão fácil, leve e gostoso de ver, que com certeza era a proposta do diretor, então vale a recomendação dessa forma. E é isso meus amigos, fico por aqui hoje, mas volto amanhã com mais dicas, então abraços e até logo mais.