Quando falo que comédias não precisam usar de escatologias nem de coisas pesadas para fazer rir e agradar uma sala lotada, muitos falam que estou errado. E eu repito aqui, hoje a sessão da 7ª Semana Pirelli estava com um coro alto de pessoas para ver "Imaturos" (Immaturi no original) e todos se divertiram por demais com uma comédia leve, bem feita e bem trabalhada com um tema sério e bem tratado que é os estudos entre um grupo de amigos já com uma boa idade, a sinopse diz melhor que eu, então vamos a ela.
Giorgio (Raoul Bova), Lorenzo (Ricky Memphis), Piero (Luca Bizzarri), Luisa (Barbora Bobulova), Virgilio (Paolo Kessisoglu) e Francesca (Ambra Angiolini): o que eles têm em comum? Há 20 anos eram colegas de classe. Mas, acima de tudo, eram amigos e formavam uma turma. Então, algo aconteceu e o grupo deles se desmanchou. Mas em breve voltariam a formá-lo, pelo menos por alguns dias, pois o Ministério da Educação cancelou seus exames finais e eles deverão refazê-lo. Perdendo, assim, todos os títulos alcançados sucessivamente. E, por isso, vão se reunir novamente, como nos velhos tempos, com algumas rugas a mais e cabelos a menos e com o desejo de sentir o gosto da juventude e do aprendizado, já que aquele tempo já passou. Uma comédia sentimental que mostra uma geração confrontando sua vida após 20 anos e que passou por diversas experiências, entre sonhos e decepções.
O mais interessante na história é a forma que tudo é confrontado entre os amigos, como a história flui, muitos ao lerem a sinopse e assistirem ao trailer poderiam dizer, nossa é quase o "Gente Grande" do Adam Sandler na versão italiano, eu diria mais que sim pode se assimilar bem ao filme americano, claro removendo todas as escatologias, palavrões e piadas fortes do filme do Sandler, e se pra mim foi o filme americano foi uma das grandes belezas do ano passado pegando pesado, aqui a leveza traz pra tela um filme prazeroso de assistir e ver as confusões dos amigos num encontro passado 20 anos.
O diretor soube dosar as histórias individuais e coletivas de cada personagem de modo a não cansar em cena e os conflitos são expostos em boas doses sem a preocupação com a velocidade. Ai você me pergunta, mas e como fica o ritmo do filme? Eu respondo da seguinte forma que ficou no ritmo mais agradável de se assistir, sem pressa e nem parado, tudo se encaixa e tudo flui, e o principal ponto obrigatório da comédia nos faz rir.
Os atores, não são os melhores que já vi, mas conseguem mostrar bom carisma em cena, divertir e até emocionar em certos momentos, então não posso reclamar de nada. Eles conseguem conduzir a trama com um bom senso que poucos atores mais em alta não conseguiriam nunca. Destaque para Ricky Memphis e seus pais em cena que me fez rir horrores (e também pensar se não devo fugir logo de casa!) e para Raoul Bova que já tinha gostado de sua interpretação no filme de sábado("Ninguém pode me julgar") e agora faz um psiquiatra que sabe resolver os problemas dos outros mas não os seus próprios.
Outro ponto que souberam colocar de forma agradabilíssima foram as trilhas e narrações (as quais já vi que todo filme italiano de comédia tem), pois aqui pelo menos ela está no contexto com o programa de rádio e nele além de narrar alguns acontecimentos, o personagem de Luca Bizzarri escolhe as faixas tocadas somente com grandes canções, um show além de falar o que acontecia no ano em questão, enfim um belo programa de rádio.
Com tudo o que falei, não tem como não recomendar, é uma obra de arte das comédias, agrada na medida e faz as suas quase duas horas de projeção passar que nem se nota. Recomendo que assim que sair em DVD ou se passar em algum cinema, todos vejam pois vale muito a pena. Encerro por aqui hoje, mas amanhã tem mais, não do italiano pois é um documentário então não faz muito meu gênero, mas não vou deixar vocês sem posts. Abraços e até mais pessoal.
PS: A nota até poderia ser maior caso o diretor fechasse o elo iniciado na primeira cena, mas foi uma opção deixar em aberto e não voltar nela, pelo menos acho assim.
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Giorgio (Raoul Bova), Lorenzo (Ricky Memphis), Piero (Luca Bizzarri), Luisa (Barbora Bobulova), Virgilio (Paolo Kessisoglu) e Francesca (Ambra Angiolini): o que eles têm em comum? Há 20 anos eram colegas de classe. Mas, acima de tudo, eram amigos e formavam uma turma. Então, algo aconteceu e o grupo deles se desmanchou. Mas em breve voltariam a formá-lo, pelo menos por alguns dias, pois o Ministério da Educação cancelou seus exames finais e eles deverão refazê-lo. Perdendo, assim, todos os títulos alcançados sucessivamente. E, por isso, vão se reunir novamente, como nos velhos tempos, com algumas rugas a mais e cabelos a menos e com o desejo de sentir o gosto da juventude e do aprendizado, já que aquele tempo já passou. Uma comédia sentimental que mostra uma geração confrontando sua vida após 20 anos e que passou por diversas experiências, entre sonhos e decepções.
O mais interessante na história é a forma que tudo é confrontado entre os amigos, como a história flui, muitos ao lerem a sinopse e assistirem ao trailer poderiam dizer, nossa é quase o "Gente Grande" do Adam Sandler na versão italiano, eu diria mais que sim pode se assimilar bem ao filme americano, claro removendo todas as escatologias, palavrões e piadas fortes do filme do Sandler, e se pra mim foi o filme americano foi uma das grandes belezas do ano passado pegando pesado, aqui a leveza traz pra tela um filme prazeroso de assistir e ver as confusões dos amigos num encontro passado 20 anos.
O diretor soube dosar as histórias individuais e coletivas de cada personagem de modo a não cansar em cena e os conflitos são expostos em boas doses sem a preocupação com a velocidade. Ai você me pergunta, mas e como fica o ritmo do filme? Eu respondo da seguinte forma que ficou no ritmo mais agradável de se assistir, sem pressa e nem parado, tudo se encaixa e tudo flui, e o principal ponto obrigatório da comédia nos faz rir.
Os atores, não são os melhores que já vi, mas conseguem mostrar bom carisma em cena, divertir e até emocionar em certos momentos, então não posso reclamar de nada. Eles conseguem conduzir a trama com um bom senso que poucos atores mais em alta não conseguiriam nunca. Destaque para Ricky Memphis e seus pais em cena que me fez rir horrores (e também pensar se não devo fugir logo de casa!) e para Raoul Bova que já tinha gostado de sua interpretação no filme de sábado("Ninguém pode me julgar") e agora faz um psiquiatra que sabe resolver os problemas dos outros mas não os seus próprios.
Outro ponto que souberam colocar de forma agradabilíssima foram as trilhas e narrações (as quais já vi que todo filme italiano de comédia tem), pois aqui pelo menos ela está no contexto com o programa de rádio e nele além de narrar alguns acontecimentos, o personagem de Luca Bizzarri escolhe as faixas tocadas somente com grandes canções, um show além de falar o que acontecia no ano em questão, enfim um belo programa de rádio.
Com tudo o que falei, não tem como não recomendar, é uma obra de arte das comédias, agrada na medida e faz as suas quase duas horas de projeção passar que nem se nota. Recomendo que assim que sair em DVD ou se passar em algum cinema, todos vejam pois vale muito a pena. Encerro por aqui hoje, mas amanhã tem mais, não do italiano pois é um documentário então não faz muito meu gênero, mas não vou deixar vocês sem posts. Abraços e até mais pessoal.
PS: A nota até poderia ser maior caso o diretor fechasse o elo iniciado na primeira cena, mas foi uma opção deixar em aberto e não voltar nela, pelo menos acho assim.