Antes não conhecia muitos longas filipinos, vendo um ou outro em festivais, mas com a Netflix, "Testemunha Fantasma" já é o segundo ou terceiro que aparece como sugestão na plataforma para conferir, e posso dizer que eles gostam mesmo de longas de terror com um certo misticismo, mas que raramente conseguem dar um bom fechamento para empolgar ou até mesmo causar medo no público. E dessa forma o filme fica tão frouxo de história, que me peguei bocejando diversas vezes durante os 100 minutos do longa, ou seja, a ideia em si até pode parecer interessante quando nos é contada ao final, mas o desenvolvimento acaba sendo tão jogado que parece que fizeram o filme apenas por fazer como um exemplar isolado de alguma série, sem trabalhar nada além do que acaba acontecendo, e assim sendo, o filme não flui, e cansa demais.
A sinopse nos conta que a inesperada e horrível morte de uma estudante ameaça a existência de uma antiga escola católica para meninas. Pat Consolacion, conselheira de orientação escolar, envolve-se com as estudantes na esperança de ajudá-las a lidar e, ao mesmo tempo, descobrir os mistérios da morte da aluna. A maioria das estudantes suspeita da Madre Alice, que também ameaçou o mandato de Pat na escola por causa de sua contínua interferência no caso. Mas os talentos incomuns de Pat a levam a conhecer Eri, uma ex-aluna que está assistindo a escola inteira há anos. Pouco a pouco, Pat descobre o segredo da escola e do monstro que alimentou durante o século passado.
De certa forma o diretor e roteirista Mikhail Red se perdeu um pouco, pois sua história começa com tensão, depois fica morna demais, e acaba meio que sem eixo, e isso não é algo comum de ver em filmes de terror, pois usualmente ocorre o inverso, e sendo assim vemos que ele tentou criar algo que fosse intenso de situações, com algo emblemático só de mulheres, colocando os homens apenas nos fechamentos de cada ato, e não conseguiu chamar tanta atenção como poderia. Ou seja, com uma história que não pega o público, e acaba desanimando um pouco durante o miolo, o resultado final acaba sendo uma trama simples e cansativa demais para envolver, mostrando falhas demais e criações de menos. Diria que o longa entregaria até algo que poderia assustar bem e causar boas tensões, mas o desenvolvimento do diretor foi exageradamente falho, o que resultou em uma simplicidade, e necessitou de muitos momentos clichês para não destoar tanto.
Quanto das atuações, é interessante ver o estilo que Bea Alonzo entrega para a protagonista Pat, mas com um olhar quase que inexpressivo de emoções, ficamos sempre na dúvida de se ela está captando a mensagem do filme ou não, e isso acaba soando estranho demais de ver. Charo Santos-Concio entrega algumas boas cenas como a Madre Alice, trabalhando olhares, mas nada que impressione muito, sendo uma personagem secundária bem feita, e talvez pudesse até ser mais usada para que o filme chamasse alguma atenção. A jovem Gillian Vicencio até teve cenas bem tensas com sua Erika, e trabalhou olhares bem marcados, mas como a história não flui tanto para seu lado, exagerando na puxada para Pat, ela fica mais marcada no segundo ato, aonde o filme já não flui tão bem, e assim seu resultado acaba não aparecendo. Quanto os demais, melhor nem se aprofundar, pois não chamam nada para si, e isso é ruim de ver em longas de terror.
Quanto do visual do longa, conseguiram trabalhar bem os ambientes escuros para criar momentos tensos, trabalharam com cenários estranhos bem montados, e deram um conceito meio que de época para que o filme tivesse um ar mais fechado, porém usaram demais o recurso de chuva, parecendo que na escola em todos os momentos que estavam dentro do cenário do lado de fora chovia horrores para dar o clima, e isso não é algo interessante, surgindo como um recurso forçado demais para envolver, ou seja, precisaram abusar de clichês visuais para causar tensão, e nem precisariam de tanto, pois só a escola do jeito que foi feita ali já era algo para causar, e envolvendo ainda religião o resultado fluiria tranquilamente sem precisar desses momentos. Além disso, a fotografia usou muito da funcionalidade dos ambientes escuros demais, para que em viradas de câmera rápida causasse algum susto no público, mas como tudo ali já marcava os momentos, o resultado desse artifício acaba não acontecendo.
Enfim, é um filme que não chega a ser uma bomba imensa, mas que não passa de algo mediano bem fraco que talvez melhorado em alguns elos acabaria chamando mais atenção, e sendo assim não recomendo ele, deixando claro que na plataforma da Netflix certamente encontraremos algo muito melhor para passar um tempo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.
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A sinopse nos conta que a inesperada e horrível morte de uma estudante ameaça a existência de uma antiga escola católica para meninas. Pat Consolacion, conselheira de orientação escolar, envolve-se com as estudantes na esperança de ajudá-las a lidar e, ao mesmo tempo, descobrir os mistérios da morte da aluna. A maioria das estudantes suspeita da Madre Alice, que também ameaçou o mandato de Pat na escola por causa de sua contínua interferência no caso. Mas os talentos incomuns de Pat a levam a conhecer Eri, uma ex-aluna que está assistindo a escola inteira há anos. Pouco a pouco, Pat descobre o segredo da escola e do monstro que alimentou durante o século passado.
De certa forma o diretor e roteirista Mikhail Red se perdeu um pouco, pois sua história começa com tensão, depois fica morna demais, e acaba meio que sem eixo, e isso não é algo comum de ver em filmes de terror, pois usualmente ocorre o inverso, e sendo assim vemos que ele tentou criar algo que fosse intenso de situações, com algo emblemático só de mulheres, colocando os homens apenas nos fechamentos de cada ato, e não conseguiu chamar tanta atenção como poderia. Ou seja, com uma história que não pega o público, e acaba desanimando um pouco durante o miolo, o resultado final acaba sendo uma trama simples e cansativa demais para envolver, mostrando falhas demais e criações de menos. Diria que o longa entregaria até algo que poderia assustar bem e causar boas tensões, mas o desenvolvimento do diretor foi exageradamente falho, o que resultou em uma simplicidade, e necessitou de muitos momentos clichês para não destoar tanto.
Quanto das atuações, é interessante ver o estilo que Bea Alonzo entrega para a protagonista Pat, mas com um olhar quase que inexpressivo de emoções, ficamos sempre na dúvida de se ela está captando a mensagem do filme ou não, e isso acaba soando estranho demais de ver. Charo Santos-Concio entrega algumas boas cenas como a Madre Alice, trabalhando olhares, mas nada que impressione muito, sendo uma personagem secundária bem feita, e talvez pudesse até ser mais usada para que o filme chamasse alguma atenção. A jovem Gillian Vicencio até teve cenas bem tensas com sua Erika, e trabalhou olhares bem marcados, mas como a história não flui tanto para seu lado, exagerando na puxada para Pat, ela fica mais marcada no segundo ato, aonde o filme já não flui tão bem, e assim seu resultado acaba não aparecendo. Quanto os demais, melhor nem se aprofundar, pois não chamam nada para si, e isso é ruim de ver em longas de terror.
Quanto do visual do longa, conseguiram trabalhar bem os ambientes escuros para criar momentos tensos, trabalharam com cenários estranhos bem montados, e deram um conceito meio que de época para que o filme tivesse um ar mais fechado, porém usaram demais o recurso de chuva, parecendo que na escola em todos os momentos que estavam dentro do cenário do lado de fora chovia horrores para dar o clima, e isso não é algo interessante, surgindo como um recurso forçado demais para envolver, ou seja, precisaram abusar de clichês visuais para causar tensão, e nem precisariam de tanto, pois só a escola do jeito que foi feita ali já era algo para causar, e envolvendo ainda religião o resultado fluiria tranquilamente sem precisar desses momentos. Além disso, a fotografia usou muito da funcionalidade dos ambientes escuros demais, para que em viradas de câmera rápida causasse algum susto no público, mas como tudo ali já marcava os momentos, o resultado desse artifício acaba não acontecendo.
Enfim, é um filme que não chega a ser uma bomba imensa, mas que não passa de algo mediano bem fraco que talvez melhorado em alguns elos acabaria chamando mais atenção, e sendo assim não recomendo ele, deixando claro que na plataforma da Netflix certamente encontraremos algo muito melhor para passar um tempo. Bem é isso pessoal, fico por aqui hoje, mas volto em breve com mais textos, então abraços e até logo mais.